Da terra

Mairiporã, ao contrário de outros tantos municípios, padece do mal de não ter um deputado (estadual ou federal) a representá-la nas instâncias superiores da estrutura governamental. Essa ausência de um político da terra faz toda a diferença. Exemplos há aos montes, e não precisa ir muito longe. Atibaia e Bragança se desenvolvem com recursos conquistados por seus parlamentares.
Os candidatos a deputado que aparecem por aqui têm várias intenções, menos as de se credenciarem como defensores das causas e interesses de Mairiporã. A ajudá-los, vereadores, prefeito e ex-detentores de mandatos interessados apenas nos próprios interesses. Prática de muito tempo e que submete a cidade ao ridículo papel de visitar gabinetes em São Paulo e Brasília de pires na mão.
No ano que vem nova oportunidade surge para que Mairiporã possa ter um representante na Assembleia ou na Câmara Federal. Não importa quem, desde que seja da cidade, com raízes e laços com a sociedade mairiporanense. Nossos políticos precisam criar vergonha na cara e acabar com apoios que rendem apenas ao próprio bolso, pois uma vez pagos, não podem confrontar os espertalhões, que fogem, fingem não conhecer a cidade e, quando muito, ofertam ‘esmolas’.
É preciso uma união de forças para abraçar uma candidatura local. Isso importa em deixar de favorecer nomes de fora. Se um candidato da cidade tem ou não condições de vencer é outra história. O primordial é não dar votos aos picaretas que por aqui aparecem a cada quatro anos.
Esse alerta vale também para o prefeito Aiacyda, que em 2014 usou de seu prestigio para amealhar votos (e foram muitos) para uma dobradinha tucana que nunca pisou na cidade. O que se espera do alcaide é que reflita sobre o que fez e tenha a sensatez de ver que seus ‘dois apadrinhados’ nas últimas eleições gerais não trouxeram qualquer benefício ao município.
Além dos políticos que receberam apoio dos ‘cabos eleitorais’, também conhecidos como vereadores, prefeito, ex-vereadores, ex-prefeitos e líderes comunitários, mais de 200 nomes foram votados em Mairiporã. Isso indica a alta penetração de estrangeiros por aqui.
Quanto à quantidade de candidatos locais, mais do que competir com os chamados forasteiros, deve haver consenso em torno de um só candidato e deixar de lado o próprio ego, em nome de um projeto real de viabilidade que a cidade espera há décadas.