Crise? Que crise?

Todo o País enfrenta uma crise de proporções ainda não analisadas devidamente, pois todos os dias as notícias sobre economia surpreendem até os mais experientes. Ontem mesmo li sobre o quanto representa a dívida do governo (nossa, claro) em relação ao PIB. De espantar estátua.
Essa falta crônica de dinheiro (recursos, no jargão administrativo-político) parece não ser problema para o prefeito Antônio Aiacyda, pois mesmo com a choradeira muito conhecida de todos, segue com uma prefeitura apinhada de correligionários distribuídos por mais de uma centena de cargos em comissão.
Em meio à crise, soa estranho que os cofres municipais tenham dinheiro suficiente para bancar toda essa gente que, bem sabemos, não é qualificada para as funções as quais foi nomeada. É a paga encontrada, com o nosso dinheiro, pelos serviços prestados durante a campanha por cabos eleitorais, etc, etc.
Enquanto o setor privado se vê na condição de demitir funcionários e cortar despesas, já que não há mágica quando o assunto é dinheiro, por aqui, o prefeito não faz mágica, mas inventa meios em busca de recursos para seguir bancando a tropa que instalou no governo.
Depois do escorchante aumento na taxa de lixo, agora deu início a um levantamento aerofotogramétrico para taxar os contribuintes que ampliaram suas construções, mas deixou de lado critérios e bom senso. A taxação incide sobre canis, galinheiros, casinhas de boneca, simples coberturas para automóveis, enfim, tem telhadinho, paga!.
Assim é que se banca possíveis rombos nas contas públicas em Mairiporã e para seguir bancando o emprego de notórios cabos eleitorais cujas funções, em boa medida, são meramente decorativas. Mais um pouco e até porteiro terá direito a assessores.
De toda essa manobra arquitetada para angariar receita extra, temos que lamentar, por um lado, a postura dos senhores vereadores (mas eles também empregaram seus cupinchas nos quadros da prefeitura), e por outro aquilo que mais uma vez caberá aos contribuintes bancar mais essa conta.
Que isso sirva de lição aos senhores contribuintes, e que paguem na mesma moeda nas próximas eleições, não votando nos candidatos a deputados estaduais e federais, indicados pelos senhores vereadores e pelo prefeito.