Analistas e a própria Agência Nacional de Águas (ANA), diante do cenário atual, avaliam que a crise hídrica que atinge o Cantareira, hoje com armazenamento de 25% em seu volume de água, vai levar ao racionamento nas cidades atendidas pelos seis reservatórios que integram o sistema.
Afirmam que o calor elevando que vai se estender até fevereiro do próximo ano, o alto consumo pela população e as chuvas insuficientes, agravaram a situação dos mananciais e represas, o que inevitavelmente leva ao rodízio em alguns casos e ao racionamento em outros.
A estiagem severa, que estimava-se tivesse fim com as chuvas de novembro, que ficaram longe do esperado, continua se prolongando e levará a mudanças no abastecimento, mesmo com a captação de água de outras fontes.
De acordo com dados da Sabesp, relativos a quinta-feira (8), o volume operacional era de apenas 25%, com 245,80 milhões de metros cúbicos. Nesse mesmo período, em 2020, embora crítico, era de 32,3% e 316,8 milhões de m³, respectivamente.
Os apelos feitos por prefeituras e pela própria Sabesp não tem surtido efeito junto aos consumidores.
Mairiporã – Dados obtidos pela reportagem do Correio, em abril deste ano, mostram que a cidade tem cerca de 23.470 mil ligações de água.
O consumo é de 170 litros/dia, acima da média nacional, de 154 litros/dia, e muito acima dos 110 litros/dia, média recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). (Lúcia Helena/CJ)