Construído em 2016, Hospital Anjo Gabriel segue fechado

Aguardado pela população mais carente como uma solução para os problemas de atendimento na saúde pública, o Hospital Anjo Gabriel foi construído entre 2015 e dezembro de 2016, quando foi entregue.

A obra custou R$ 9 milhões aos cofres públicos do Estado, mas com a troca de prefeito se transformou inicialmente em depósito, cuja denúncia foi feita por este jornal e depois abandonado por completo. Desde então é considerado um ‘elefante branco’, porque a atual administração insiste em dizer que não há dinheiro para colocá-lo em funcionamento.

Se a Municipalidade segue sem interesse em utilizar aquele próprio em benefício da população, a Promotoria de Justiça também não tomou nenhuma providência a respeito, pois trata-se de um prédio construído com dinheiro público e que deveria beneficiar os mais carentes.

Problemas – O atual governo afirma que o prédio tem inúmeros problemas e também faltam algumas licenças ambientais que impedem o seu funcionamento. E fica nisso. O prédio se deteriora, milhões vão para o ralo e a Prefeitura, em vez de solucionar os problemas, se de fato eles existem, prefere mantê-lo fechado e reclamar da falta de recursos.

A questão do dinheiro para fazer a instituição funcionar não é o problema. Embora o chefe do Executivo insista nesse mantra, se se dispusesse a demitir o excessivo quadro de funcionários comissionados e ficasse apenas com aquilo que é, de fato, essencial à administração, os recursos economizados seriam suficientes para a contratação de uma OSS (Organização Social de Saúde), como ocorre em milhares de cidades brasileiras.

Promessa – Durante as três campanhas eleitorais que o elegeram, o prefeito Aiacyda prometeu cuidar da área mais sensível do governo, a Saúde, mas nunca fez nada por ela. Se o fez, foi tão insignificante que não chamou a atenção de ninguém.

Enquanto cidades por todo o País reclamam da falta de instalações adequadas para dar atendimento digno de saúde às suas populações, Mairiporã se dá ao luxo de ter um prédio que custou R$ 9 milhões aos contribuintes fechado, e sem nenhuma autoridade a questionar esse desperdício absurdo.