Nas últimas semanas uma campanha publicitária do Bradesco anunciava o lançamento da BIA (Bradesco Inteligência Artificial), um novo instrumento via celular que soluciona uma série de procedimentos dos clientes.
Como nada se cria, tudo se copia, o senhor prefeito Antônio Aiacyda também criou a sua BIA, uma voz feminina, gravada, que passou, com o perdão da má palavra, a encher o saco dos cidadãos de Mairiporã para informar sobre a criação de mais um ‘novo’ reparcelamento de dívidas que os contribuintes têm para com os cofres municipais.
O telefone toca, o cidadão atende e houve um amontoado de explicações sobre como quitar os débitos ou pelo menos pedir parcelamento. E os telefonemas também chegam àqueles que nada devem. O que me vem à mente é se realmente o prefeito acredita que o contribuinte vai atender a mais esse chamado. O Refis aberto para grandes devedores, meses atrás, foi um fracasso só comparável ao desempenho do PSDB nas urnas. Agora, o Refis é para todo mundo que está inscrito na dívida ativa do município.
A população já deu demonstrações inequívocas de que, além de não ter dinheiro, não tem condições de pagar impostos. Ou come, ou paga o IPTU. Ou quita o aluguel, ou reparcela os tributos. Ambas, impossível!
Em reportagem deste jornal, que li na semana passada, fiquei sabendo que a dívida ativa já passou da casa dos R$ 300 milhões. E pelo pouco que entendo sobre o assunto, deve aumentar ainda mais.
O governo municipal, desde que assumiu, pouco ou nada fez para mudar a cidade. Quem aqui mora sabe perfeitamente que as mudanças prometidas ficaram nos planos de governo fartamente distribuídos durante a campanha eleitoral. E, sem crédito, os políticos não vão mais tirar dinheiro da população.
É o que deduzo diante de uma dívida ativa monstruosa para os padrões de Mairiporã. Mesmo com a incansável BIA a telefonar todas as horas do dia.