Congelada no tempo, sem presente e provavelmente sem futuro

É inesgotável o repertório de bobagens da administração Aiacyda. Fiquei perplexo com a peça inicial da ação de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público local (e já não era sem tempo) acerca do Centro Educacional. Isso comprova o que já se dizia à época: a obra foi mal feita e custou os olhos da cara. E agora, segundo o promotor, enriqueceu muita gente.
Essa questão ligada ao Centro Educacional está longe de acabar, principalmente se o Ministério Público for à fundo, buscar as raízes do problema. Fala-se agora em gastar mais recursos públicos para pôr fim à interdição do local. Quanto vai custar à cidade e ao bolso do povo esse próprio municipal?
Não erro quando classificou de ‘desastre administrativo’ não só esta gestão, mas também a do período entre 2009 e 2012, quando Aiacyda foi reeleito por absoluta falta de adversários.
Também é crível dizer que Aiacyda fez uma campanha eleitoral impecável do ponto de vista da maquiagem. Bastou tomar posse em janeiro deste ano para se ver diante de um enorme descalabro administrativo, provocado por ele próprio. Uma máquina inchada de cabos eleitorais, um Centro Educacional fechado e com todos os prejuízos inerentes a isso, um hospital ansiado pela população carente que segue fechado, e um ginásio de esportes caindo aos pedaços, mas em contrapartida uma nova sede para a Secretaria de Esportes, nas dependências do Clube de Campo, ao módico e quase simbólico valor de R$ 12 mil mensais.
Também há outros questionamentos, como o brutal aumento da taxa de lixo, que virá embrulhado para presente (de Natal) nos carnês do IPTU de 2018, servidores sem aumento real de salários e sem os reajustes legais dos índices inflacionários, uma Saúde longe do que almejam os mais carentes e uma cidade que coleciona lombadas e buracos, em um trânsito caótico e que beira a incompetência.
Não é fato desconhecido que o gerenciamento da cidade anda de mal a pior. Governada há 9 anos por Aiacyda, está com olhos no passado, congelada no tempo, cristalizada no abandono, sem presente e provavelmente sem futuro.
A esse quadro dantesco junte-se sujeira por toda parte, falta de iluminação, saneamento básico insuficiente e uma crescente criminalidade, que obriga os mairiporanenses a ficarem presos em suas casas.
Ia me esquecendo! Estenda-se essa análise fria e crua da nossa administração pública a todos os senhores vereadores, incapazes de questionar ou confrontar o Poder Executivo.