Concorrência de preços nos postos deve diminuir com a nova gasolina

Com o início das vendas da nova gasolina a partir desta segunda-feira, 3, em todo o Brasil, cujas novas especificações foram definidas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a expectativa é que a competitividade entre os postos de combustíveis na cidade se torne mais acirrada.
Essa é a opinião de alguns gerentes de postos que conversaram com a reportagem, que no entanto ressaltam que se houver um trabalho de fiscalização sobre as determinações impostas, quem vende gasolina de pior qualidade com preço menor terá que aumentar o valor do produto para se adequar às novas mdidas.
De acordo com um dos gerentes, é fundamental levar em conta que a gasolina do Brasil é mais cara, e aquelas de baixa densidade custavam menos, ou seja, era um produto mais barato. “Agora, vai ficar restrito no mercado, e o que sempre chamamos de ‘produto de liquidação’ não vai ter mais espaço”, assinalou.
Quanto maior a densidade do combustível, maior a potência e menor o consumo. Atualmente, a ANP não estipula um valor mínimo para essa propriedade. Com isso, a gasolina chega a variar até R$ 0,30 em cada posto, gerando preços de “liquidação” em estabelecimentos que
apostam preferencialmente na importação.
Como fica – A partir desta segunda, a exigência será que o valor mínimo da densidade, ou massa específica, seja de 715 kg/m³, o que elevaria a qualidade do combustível. Com isso, há a expectativa que os preços sejam nivelados e o combustível renda mais no tanque do veículo.
Já para outro, trata-se de mais uma lei e não se pode afirmar que haverá controle. “Bonito no papel, mas não sabemos se chegará mesmo essa gasolina e quem irá fiscalizar desde a distribuidora até os postos”, enfatizou.
O prazo para as distribuidoras se adequarem às novas exigências é de dois meses.