Como piorar o que já está ruim

Dentre as muitas definições para ‘políticas públicas’, estão: “o que o governo escolhe fazer ou não fazer”, ou ainda “decisões e ações frente a situações socialmente problemáticas e que buscam as soluções”.
Pois bem, as políticas públicas em Mairiporã, especialmente em segurança e mobilidade urbana, simplesmente são ignoradas pelo prefeito, e não é de agora. Em seus dois mandatos anteriores também não deu prioridade a essas áreas, que impactam diretamente a vida da população. A mobilidade urbana no município foi tema utilizado pelo menos nas últimas seis eleições municipais e ficou só no papel. Colocada em vários planos de governo dos candidatos, certamente serviu apenas de isca para os incautos eleitores.
Mairiporã tem uma mobilidade caótica, um trânsito infernal que escoa por apenas três ruas estreitas (apelidadas pelas pessoas de ruas de Cima, de Baixo e do Meio) e uma quantidade de veículos que ultrapassa o bom senso, e forte componente capaz de enlouquecer qualquer engenharia de tráfego.
Se o prefeito tivesse o hábito (saudável, é bom dizer) de circular nos horários de pico pela avenida Tabelião Passarella e ruas XV de Novembro e Dom José Maurício da Rocha, que fazem a ligação dos dois extremos da cidade (rodovias Luiz Chamma e Fernão Dias), se sentiria impelido a fazer algo para minorar o sofrimento das pessoas. Como passa longe, o problema só faz agravar.
Vários estudos sobre a mobilidade foram anunciados, alguns até discutidos e rapidamente engavetados. No governo Márcio Pampuri criou-se o Departamento de Mobilidade Urbana, que Aiacyda, logo ao assumir, transformou em Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana. Coincidência ou não, os dois problemas mais graves enfrentados pela cidade. Cuidam de muitas questões, menos de mobilidade e segurança.
São muitos os fatores que deveriam ser levados em consideração, como os prejuízos que essa situação gera ao comércio, de modo geral, e a partir daí oferecer respostas as demandas para melhorar o escoamento dos veículos, com a criação de alternativas viárias para minorar a concentração absurda de tráfego no centro.
Para contribuir de forma efetiva nos prejuízos a motoristas e pedestres, Aiacyda, com sua visão estreita de administrar, decidiu voltar com a feira livre dos sábados ao Parque Linear, no centro da cidade, demonstração clara e inequívoca que não entende nada sobre mobilidade. Um verdadeiro manual sobre ‘como piorar o que já está ruim’.