OS CARGOS de confiança, também conhecidos como comissionados, de livre nomeação da classe política, trazem em seu bojo a pecha de cabide de emprego, trem da alegria e outros adjetivos pouco louváveis. E a realidade comprova que essa prática, abusiva, traz prejuízos ao serviço e aos cofres públicos. A Prefeitura tem hoje algo em torno de 150 cargos comissionados, a maioria sem estar qualificada para o desempenho da função.
Na Câmara, os comissionados também consomem considerável quantia do orçamento anual. Segundo dados constantes do Portal da Transparência do Legislativo, em dezembro estavam empregados nessa condição um total de 15 pessoas, classificadas como assessores de gabinete, que consumiram R$1.384.912,59, ou seja, 24,2% da folha de pagamento.
Os cargos de provimento efetivo (concursados) com 27 servidores custaram R$ 3.010.069,29, ou 53,4% do total. Já os 13 vereadores proporcionaram um gasto anual de R$ 1.274.502,11, que representa 22,4% da composição salarial legislativa.
No total, a folha de pagamento do ano passado custou aos contribuintes R$ 5.669.183,99.