Nem mesmo o cenário que se mostrava mais favorável do que em 2022, ano em que fatores climáticos e econômicos pesaram nos resultados, foi capaz de elevar as vendas de Natal no comércio deste ano. A expectativa de crescimento entre 5% e 8% ficou distante em todos os segmentos. A variação, segundo órgãos ligados ao comércio varejista, foi de apenas 2,09%.
Comerciantes de lojas físicas ouvidos pela reportagem, disseram que o crescimento foi tímido e a expectativa não se confirmou, mesmo com um momento que era mais favorável se comparado ao Natal do ano passado.
Segundo eles, fatores como clima (sem o volume de chuva de dezembro de 2022), lojas com decoração atraente e o fator econômico, apontavam para números melhores, principalmente porque no terceiro trimestre de 2023, a taxa de desemprego foi a menor depois de muito tempo.
Outro indicativo é que houve redução no volume de inclusão no sistema de devedores, o que também torna difícil explicar os motivos para vendas abaixo do esperado.
Gerentes de lojas ouvidos pela reportagem disseram que a semana do Natal não sensibilizou o consumidor e o que se viu foram lojas com pouca gente e procura por produtos mais baratos, com ticket médio abaixo de 2022. Na maioria dos estabelecimentos as vendas foram menores, em outros praticamente empataram com os resultados do ano passado e em poucos houve efetivamente aumento. (Cláudio Cipriani/CJ)