Comércio apela aos clientes para que usem moedas

Com uma economia em crise poupar dinheiro passou a ser ainda mais importante. Mesmo que a ‘sobra’ do mês seja pequena. E para ‘guardar’ o dinheiro a prática usada e colocar moedas em cofrinhos, gavetas e bolsas. E elas somem de circulação.
Segundo levantamento do Banco Central, o número de moedas que está fora de circulação cresceu assustadoramente nos últimos dois anos, passando 7,4 bilhões para 8 bilhões. Ainda de acordo com a instituição, isso representa um terço do total de moedas emitidas no País.
A principal vítima dessa situação é o comércio, que diariamente convive com a falta das ‘redondinhas metalizadas’ para facilitar o troco ao consumidor. O que resta é apelar para os clientes que façam uso da moeda para tentar movimentá-las.
Há inúmeros exemplos de pessoas que poupam as moedas e conseguem efetuar compras de produtos de que precisam. Segundo algumas donas de casa ouvidas pela reportagem, essa economia rende, depois de algum tempo, dinheiro para pagar festas de aniversário dos filhos e dos netos, compra de roupas e calçados, perfumes, bijuterias e até pagar despesas com o salão de beleza.
Cartazes – Passou a ser comum o consumidor ver placas no comércio estimulando a comprar com moedas. Há também quem oferte brindes para quem levar um valor mínimo para consumir ou trocar por cédulas.
É preciso estar atento, no entanto, para não aceitar a chamada venda casada, como oferecer troco com outros produtos em grandes quantidades.
Para alguns analistas financeiros, poupar sempre é bom, mesmo que na base do ‘pingadinho de moedas’. Segundo eles, as moedas não vão desaparecer e voltarão a circular um dia. “O bônus de uma família com a guarda das moedas é um benefício maior que o ônus do comércio com a falta delas”, avaliam.