Comerciantes dizem que redução nas vendas foi de 8% com as lojas fechadas

PRÓXIMOS de completar uma semana de atividades paralisadas, os lojistas de Mairiporã dizem que o comércio não é o principal responsável pelo aumento de casos de Covid-19 na cidade e que a determinação do Governo do Estado de fechar foi injusta e abusiva.

De acordo com eles, desde o início da pandemia as lojas vêm tomando todos os cuidados necessários, seguindo os protocolos de prevenção ao contágio do vírus para preservar a saúde de colaboradores e clientes.

Segundo revelaram à reportagem, nos últimos dez dias houve redução de quase 8% (7,92%) nas vendas, comparado com o mesmo período de 2020, quando também a Covid-19 já tinha feito as primeiras vítimas.

Um outro dado importante: o número de clientes que não conseguiram quitar seus compromissos e tiveram o nome incluído no sistema de dados do SCPC cresceu 26,70%, ou seja, a inadimplência aumentou. Ao mesmo tempo, a taxa de consumidores que tinham débitos em atraso e saíram da lista de devedores subiu 24,5%, e lembram que esses números se referem à movimentação do banco de dados das lojas.

Todos são unânimes em dizer que isso se deve à fragilidade da economia do período inicial da pandemia até o momento atual, e lembram que muitas empresas fecharam, desemprego aumentou e a renda das pessoas diminuiu com a ausência do auxílio emergencial.

Na conversa que manteve com os lojistas, a reportagem resumiu o sentimento de todos: “Muito prejuízo nesses 10 dias de comércio fechado, não há faturamento, não vende e não recebe, mas precisa honrar seus compromissos com fornecedores, colaboradores, enfim, implica em todo o funcionamento da loja. Todos estamos cientes dos cuidados e do isolamento, ainda assim fomos penalizados, pois o comércio não é o maior causador do problema, porém as decisões são tomadas por pessoas que não conhecem a nossa realidade. O fechamento foi muito mais grave que o do início da pandemia. No ano passado, o empresário teve o apoio das autoridades que deram suporte para manter o quadro de colaboradores, e os fornecedores deram a sua contrapartida, e isso ajudou muito. Dessa vez, não temos a quem recorrer, é continuar trabalhando para amenizar os prejuízos.”

A princípio, assim como em todo o Estado, o comércio ficará fechado até o dia 30 de março.

Legenda: Em apenas dez dias comerciantes afirmam que as vendas caíram quase 8%

Crédito: Borges