Pãozinho francês e gasolina foram os itens que mais pesaram no bolso dos mairiporanenses em março, segundo levantamento feito pela reportagem do Correio Juquery. E foram os produtos que mais subiram nos últimos 30 dias.
O preço do litro da gasolina subiu de R$ 6,59 para R$ 7,19, alta de 8,4%, enquanto o pãozinho é vendido até por R$ 18,00 o quilo. O preço mais alto antes do aumento era de R$ 16,00.
Proprietários de veículos ouvidos pela reportagem dizem que o consumo foi reduzido diante dos preços praticados e isso se refletiu na venda nos postos. Há queda de até 25%, segundo alguns gerentes.
Pão – O preço do trigo vem subindo desde o ano passado, mas acelerou em meio à guerra na Ucrânia, um dos maiores produtores do grão. Desde o início das tensões, em fevereiro, o quilo do pão francês nos estabelecimentos da cidade aumentou em até 9,2%. O preço médio, considerando-se padarias e supermercados é de R$ 12,50 o quilo.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou taxa de 1,62% em março deste ano. O indicador ficou acima dos observados no mês anterior (1,01%) e em março do ano passado (0,93%). Essa é a maior taxa para um mês de março desde a implantação do Plano Real, em 1994.
O dado foi divulgado na sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA acumula taxa de 3,20% no ano. Em 12 meses, o acumulado chega a 11,30%, acima dos 10,54% de fevereiro.
Setores – O principal impacto na inflação de março veio dos transportes, que subiram 3,02% no mês. A taxa foi puxada pela alta nos combustíveis, que subiram 6,70% no período. A gasolina foi o item de maior impacto no IPCA de março (6,95%). Outros combustíveis com alta de preços foram o óleo diesel (13,65%), gás veicular (5,29%) e etanol (3,02%). Também tiveram aumento itens como transporte por aplicativo (7,98%), seguro voluntário de veículo (3,93%) e conserto de automóvel (1,47%).
Em seguida, aparecem os alimentos, com alta de 2,42%, puxada por itens como tomate (27,22%), cenoura (31,47%), leite longa vida (9,34%), óleo de soja (8,99%), frutas (6,39%) e pão francês (2,97%). A refeição fora de casa subiu 0,65%. Oito dos nove grupos tiveram alta de preços: vestuário (1,82%), habitação (1,15%), saúde e cuidados pessoais (0,88%), despesas pessoais (0,59%), artigos de residência (0,57%) e educação (0,15%). O único com queda foi comunicação, com -0,05%. (Juarez César/CJ com Agência Brasil – Foto: Divulgação)