Coluna do Correio

FRASE

“Não se apresse em perdoar. A misericórdia também corrompe.” (Nelson Rodrigues, dramaturgo e escritor)

PAUTA VAZIA

A sessão de terça-feira da Câmara teve muito discurso, requerimentos e moções de sempre e nenhum projeto para ser votado. Um dos parlamentares que conversou com a coluna, quis saber para que servem as sessões. Não é para votar projetos? Se não tem, para que sessão? Ainda de acordo com o vereador, inúmeros projetos dormem na gaveta da presidência da Casa, e ninguém sabe quando chegarão a plenário. Tão logo expirou a penúltima fase da sessão, vários vereadores deixaram o recinto. Os trabalhos terminaram com apenas metade dos edis.

O SOM

Quando é que algum abençoado vai conseguir arrumar definitivamente o som das sessões. Incompetência absurda. Os poucos que ainda se dedicam a assisti-las pela internet (deve ser penitência) mal conseguem ouvir o desenrolar dos trabalhos. Esse problema não é de agora.

EM PLENÁRIO

Presidente da Câmara que liberar o plenário para o público a partir da próxima semana. Segundo ele, seriam observados todos os protocolos. A questão é que, apesar da fase amarela, que Dória decide de acordo com o seu estado de espírito, Mairiporã continua com viés de alta no número de casos confirmados da Covid-19 e também de pessoas levadas à óbito. Inoportuno esse retorno.

SEM LIVES

Ao anunciar que o tempo de votação foi ampliado em uma hora, ou seja, o eleitor pode votar no período entre 7h e 17 horas, a decisão do TSE também informou que os ‘livemícios’, que são as lives com apresentações artísticas, não poderão ocorrer, pois teriam característica parecida com os antigos showmícios, já proibidos. Essa decisão deverá ser contestada pelos partidos no STF.

CONVENÇÕES (I)

Neste final de semana 11 partidos realizam convenções para escolha de candidatos. O PSDB, cujo pré-candidato a prefeito é o ex-vereador Aladim, confirmará seu nome e outras cinco agremiações devem formalizar apoio ao tucano.

CONVENÇÕES (II)

Também no domingo reúnem os convencionais os partidos que apoiam o prefeito (PSD, PSB e REPUBLICANOS) e mais o PT e PSOL, que também terão candidato, no caso candidata, a prefeito.

NÃO PIA

Além do atual ocupante do Palácio Tibiriçá, Mairiporã só tem dois ex-prefeitos vivos: Jair Oliveira e Márcio Pampuri. Pelo que se viu até aqui, em relação ao pleito de novembro, ambos resolveram fazer uso de um antigo ditado: “Passarinho na muda não pia”. E estão quietinhos.

POLITICAGEM

Os vereadores entraram em estado de alerta esta semana. A montanha de pedidos em favor da população foi um indicativo de que o desespero está batendo à porta. O grupo que apoia o prefeito parece ter enveredado pelo caminho do ‘um por todos, todos por um”, assinando solicitações em conjunto. Nesta altura do campeonato o prefeito não pode fazer mais nada. Mesmo assim querem ter um documento em mãos e entregar aos incautos na esperança que isso resulte em votos.

ROMBO (I)

A equipe econômica do burgomestre, na contramão de outros municípios, não divulgou, ou ainda não tem, o tamanho do rombo que o governo municipal terá que administrar a partir de janeiro de 2021. Nem mesmo as cidades que integram o Consórcio Cimbaju tiveram essa iniciativa. São milhões a desfalcar os cofres públicos, cujo ano fiscal se encerrará em dezembro. No caso de Mairiporã, também o déficit consolidado do primeiro semestre não foi divulgado. Especialistas dizem que o montante deficitário estimado para cada um dos cinco municípios do Cimbaju deve ficar entre 8,5% e 10% do que foi projetado para este 2020.

ROMBO (II)

A pandemia de Covid-19, decretada oficialmente em março pela OMS (Organização Mundial da Saúde), não apenas gerou caos na saúde pública como fez emergir crise profunda na economia. As receitas municipais caíram e vão continuar caindo, pois todo o setor produtivo na cidade acabou afetado pela crise. Mairiporã, apenas no período entre março e junho, viu perto de 900 empregos formais (com carteira assinada) fazer água, ou seja, trabalhadores foram demitidos, como até então não se tinha visto; e entre abril do ano passado e o deste ano, 1.340 empresas fecharem as portas.

ORÇAMENTO

Com o adiamento das eleições, os candidatos começarão a campanha no final de setembro já sabendo o quanto terão à disposição para despesas correntes e investimentos no primeiro ano de governo. Isso porque a Lei Orçamentária Anual (LOA), que estima receitas e despesas para 2021, já estará entregue na Câmara Municipal para ser discutida e votada. E já se espera que os valores para investimento serão menores devido aos impactos na arrecadação.