Coluna do Correio

FRASE

“Os grandes espíritos sempre tiveram que lutar contra a oposição feroz de mentes medíocres.” (Albert Einstein, físico alemão)

CHARIVARI (I)

Governo e oposição resolveram declarar guerra publicamente. Os embates dentro do limite do tolerável caíram por terra. Ao instalar uma CEI sobre a Saúde no município, o que antes era uma falsa cordialidade se tornou briga de lavadeira, expressão que não faz jus a essas laboriosas trabalhadoras. No final da última semana a secretária da Saúde usou as redes sociais (lata de lixo do mundo) para agredir o presidente da Câmara, chamando-o de amador, vagabundo e outros adjetivos. Na sessão legislativa de terça-feira, o presidente deu o troco. Um charivari bem ao gosto das claques de ambos os lados e de certo modo esperado em tempos eleitorais. Baixo nível.

CHARIVARI (II)

As rusgas entre o governo Aiacyda e a oposição só tendem a se agravar até o dia da eleição. Aiacyda quer se perpetuar no cargo, mesmo sendo um mau administrador. É político, de gestor não tem nem cacoete. Os vereadores, de sua parte, também contribuíram para que a cidade continuasse sem desenvolvimento e sem solucionar problemas de décadas. Nada funciona: Saúde precária (com um hospital que só foi aberto porque o Governo do Estado mandou em meio à pandemia), mobilidade urbana caótica; saneamento básico ‘zero’ (Terra Preta não tem rede coletora de esgoto); inexistência de políticas públicas em meio ambiente, geração de emprego e segurança. E cabe aqui a pergunta: o que fizeram prefeito e vereadores em meio a todos esses problemas?

CHARIVARI (III)

O confronto entre a secretária da Saúde, que foi acusada pelo vereador Wilson Sorriso de prestar serviço em dois lugares diferentes ao mesmo tempo, e o presidente Ricardo Barbosa, que durante dois anos foi assíduo frequentador do gabinete do Executivo e a quem apoiou nas eleições de 2016, é só uma fração do que se viu e ouviu nestes quase quatro anos.

CHARIVARI (IV)

Infelizmente, para a cidade, foi a pior gestão que já se viu. Uma Prefeitura que foi transformada em cabide de empregos para os cabos eleitorais e correligionários; um governo que não enfrentou os problemas acima elencados; um prefeito sem vontade de fazer o que já deveria ter sido feito desde o seu primeiro mandato e uma composição legislativa que, de longe, é a pior da história política da cidade. Enquanto os vizinhos progridem, Mairiporã patina na incompetência.

CHARIVARI (V)

E como toda boa ‘briga de lavadeira’, o caso foi parar na Delegacia de Polícia. A que ponto chegamos!

JOGO SUJO

Que os leitores e eleitores se preparem, porque os sinais já emitidos apontam para a campanha eleitoral mais suja da história. E também ter em mente que os políticos trabalham para si próprios. Se der tempo ou vontade, aí podem pensar um pouco, mas só um pouco, na população.

PREOCUPAÇÃO

Pré-candidatos, próximos de virar candidatos, demonstram preocupação. Nas andanças das últimas semanas notaram que o eleitor deixa a quase certeza de que não tem nenhuma intenção de aparecer para votar. Não todos, mas boa parcela. Os analistas fazem previsão de que até 40% dos votos (entre ausentes, brancos e nulos) estarão perdidos. Numa dessas os partidos nanicos podem até eleger vereadores.

DERRUBADAS

O prefeito, sempre ao seu estilo, não perde a oportunidade de apor vetos aos projetos, especialmente se forem da lavra de algum vereador de oposição. Devolvidos à Câmara, esses vetos são derrubados. O último, na terça-feira, em propositura do vereador Essio Minozzi Júnior, foi derrubado por 10 votos, contra apenas 2, de fiéis escudeiros do burgomestre.

ELEIÇÕES (II)

A propósito, as eleições tem dominado as conversas entre os vereadores. As definições de coligações para a disputa majoritária – prefeito e vice – seguem a todo vapor. Pesquisas eleitorais sem registro oficial, apenas para consumo interno dos partidos, estão sendo encomendadas para aferir como estaria o desempenho de cada pré-candidato.

CONVENÇÕES

Com inúmeras convenções previstas para o final da semana que vem, terá fim o mistério dos candidatos a vice-prefeito. As últimas informações apontam que o vereador Wilson Sorriso irá compor a chapa com Walid Ali Hamid (Aladim), na condição de vice-prefeito. Outro vereador, Chinão Ruiz, deve aparecer como vice do burgomestre e João Hélio, morador na Serra, vice da candidatura do Major Paulo Sérgio.

SUBIU

Após vários meses em queda em relação a 2019, o ICMS foi bom para Mairiporã em agosto – o Estado mandou na terça-feira, 25, a última parcela do mês. Houve até crescimento, o que pode demonstrar algum esboço de reação da economia. Em agosto de 2019 o ICMS rendeu R$ 2 milhões e neste ano foi de R$ 2,24 milhões.