Coluna do Correio

FRASE

“Sorte é o argumento do vagabundo pelo esforço que não fez.” (Leandro Karnal, filósofo)

SUBSTITUIÇÃO
Fosse um jogo de futebol, e o alto-falante do estádio diria: “Sai Semáforo, entra Hospital”. Isso mesmo. Depois da CEI do Semáforo, que concluiu ter Aiacyda cometido crime de improbidade administrativa, chegou a vez de se investigar a existência de mal feitos com o dinheiro público no Hospital e Maternidade Mairiporã. Segundo consta do pedido de abertura do novo processo, ele se baseou, entre outros fatores, no não recolhimento das obrigações trabalhistas dos funcionários, o que impediu a instituição de receber uma verba de R$ 150 mil para a compra de um aparelho de ultrassonografia, pois o hospital não possue a CND (Certidão Negativa de Débito). A entidade também teve suas contas de 2019 rejeitadas pela Comissão Municipal de Saúde. A CEI tem prazo de 90 dias para concluir os trabalhos.

CONVENÇÕES
O silêncio dos partidos dá margem a inúmeras especulações com relação aos candidatos que devem ser inscritos para a eleição em novembro. As convenções devem ser realizadas entre os dias 31 de agosto e 16 de setembro, quando serão confirmados os nomes que estarão nas urnas para escolha dos eleitores. Embora nomes tenham sido colocados, ainda não há confirmação de chapas para os pleitos majoritário (prefeito e vice) e proporcional (vereadores). Os editais de chamamento deverão ser publicados dias antes das datas avençadas. Até lá, reina o silêncio.
PRÉ-CANDIDATOS
A disputa pelo Palácio Tibiriçá tem três nomes muito especulados: o ex-vereador Aladim (PSDB), o atual prefeito, que tenta a reeleição, Antônio Aiacyda (PSB) e Major Paulo Sérgio (PATRIOTAS). Outros nomes não são ventilados, embora existam rumores. Também não se sabe (e tudo por conta do silêncio) quantos partidos pretendem entrar na disputa para as 13 cadeiras do Legislativo, embora a correria para inscrever ‘futuros’ candidatos tenha sido intensa lá atrás, no final de março.
DIFERENTES
Algumas mudanças na Lei Eleitoral vão marcar as eleições deste ano como no mínimo, ‘diferentes’. Estão proibidas as coligações, que muitos dizem vão ‘matar’ os partidos pequenos, e outros que os grandes vão rebolar para conquistar mais de uma cadeira, e também a possibilidade de agremiações que não atingirem o quociente eleitoral eleger pelo menos um vereador. Vão pegar uma ‘boquinha’ na Câmara apenas os bons de voto.
GARIMPAGEM
Embora tenham filiado um sem-número de pessoas, os partidos estão tendo que garimpar nomes para formar a chapa de 20 candidatos a vereador. A missão não é nada fácil, e fica mais complicada porque a lei impõe que desse total, seis sejam mulheres. E pior, para cada cota não preenchida do sexo feminino, um candidato masculino tem que ser riscado do time. É o chamado ‘pesadelo partidário’.
JUDICIALIZAÇÃO
Pelo tom empregado até o momento na lata de lixo do mundo, também conhecida como ‘rede social’, a judicialização do pleito parece que vai fazer parte de todo o processo eleitoral. E nenhum partido pode alegar inocência, desde já. Fake news na cidade é uma prática comum e de muito tempo. Resta saber com que intensidade vão ser usadas e a disposição do Judiciário em punir os(ir)responsáveis.
INELEGÍVEIS
Esta coluna já elencou recentemente vários nomes de políticos que estão proibidos de participar da ‘festa’. Muitos insistem, em conversas para boi dormir, que pretendem se candidatar. Mas são carta fora do baralho e, pelo tempo que se encontram no ostracismo, dificilmente voltarão à vida pública. E nesse pacote tem de tudo, de ex-vereadores a ex-presidentes de Câmara e ex-prefeitos. Ou seja, cardápio para todos os gostos.
SEM CLIMA
A classe política precisa trabalhar com afinco, pois não há clima entre o eleitorado em relação ao pleito de novembro. Se em eleições anteriores a abstenção (ausência do eleitor) foi grande, agora as previsões são de que podem ir além do que se imagina. Em 2016, na soma de eleitores que faltaram, votos em branco e nulos, a perda foi de 32%. Se esse percentual se repetir agora, dos 63 mil eleitores aguardados, 20 mil votos não entrarão na soma dos ‘votos válidos’. Mas analistas trabalham com 40% de votos perdidos. Nessa história toda, além da falta de entusiasmo, o eleitor terá uma mãozinha da pandemia para fugir das urnas. À boca pequena, corre a estória de que os políticos locais não convencem nem a parentada.
BARBAS
DE MOLHO
Os vereadores que pretendem disputar a reeleição devem colocar ‘as barbas de molho’. A tarefa, ainda que menos espinhosa que para os demais candidatos, não vai ser fácil. O eleitor, para usar uma expressão bem popular, ‘está de saco cheio’ deles.
MILAGRES
Um vereador que pediu para não ser identificado, disse alto e bom som, numa roda de amigos, que este período de final de mandato é conhecido como “semestre das promessas e milagres”. Segundo ele, prefeito e vereadores, em suas andanças, mesmo com a pandemia reinante, prometem tudo aos eleitores. Quando eleitos, passam a sofrer de amnésia.