Coluna do Correio

FRASE

“Todo homem é o arquiteto de seu próprio destino”. (Salústio, filósofo romano)

‘JUDAS’ E O MESSIAS

Passados dois mil anos a história se repete, reunindo em campos opostos ‘Judas’ e o Messias. Foi de ‘Judas’ que o presidente Jair Messias Bolsonaro chamou seu ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ainda é cedo para conjecturas sobre o que esperar desse confronto. Desta vez, no entanto, a realidade é outra, depois do depoimento de Sérgio Moro à Polícia Federal no último sábado. Diferente do original, o ‘discípulo Judas’ não demonstra qualquer intenção de se suicidar, nem ao arrependimento. Se o caldo está fervendo já de algum tempo no Palácio do Planalto, tem tudo para entorar de vez.

PAGAR A CONTA

A pandemia do coronavírus e a farta distribuição de recursos via Governo Federal, que vai ter um custo impagável mais adiante, acabou sobrando na conta do funcionário público. Segundo o projeto aprovado pelo Congresso, que abriu o ‘saco de bondades’ para estados e municípios, quem quiser receber um dinheirinho para tentar salvar o que sobrou das administrações municipais vai ter que levar ao sacrifício o funcionalismo, com o congelamento de salários até 2022. É só a ponta do iceberg. A conta vai muito mais além.

FARRA TOTAL

O ‘saco de bondades’ com o dinheiro do povo vai muito além do que possa imaginar um simples mortal. Além do envio farto de dinheiro aos municípios, os que possuem empréstimos com instituições bancárias oficiais, caso de Mairiporã, vão adiar o pagamento das parcelas. A isso, some-se dispensa de licitações, Lei de Responsabilidade Fiscal ignorada, recolhimento previdenciário suspenso e outras benesses que só mesmo num País como o Brasil poderia conceder à classe política.

NA MOITA

Prefeito, vice e vereadores não falam nada sobre reduzir seus vencimentos e, no caso do burgomestre, também cortar salários de secretários e funcionários que mamam nas tetas do erário na condição de comissionados. Todos na moita quando esse é o assunto.

COMO NUVEM

Nem após as trocas partidárias que envolveram 77% dos vereadores em Mairiporã se pode afirmar que tanto situação quanto oposição tenham definidas suas posturas em plenário e até mesmo com vistas às eleições. Vereador em Mairiporã é um bom exemplo de uma frase atribuída ao ex-governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto: “Político é como nuvem. Você olha e ele está de um jeito, olha de novo e ele já mudou.” Portanto, difícil imaginar como será o comportamento dos ‘nobres’ parlamentares até a chegada das eleições.

TRÊS “S”

Os rumos previstos para a disputa eleitoral em outubro, ou novembro, foram completamente mudados por conta da pandemia do coronavírus. O céu de brigadeiro de vereadores e de alguns neófitos, ficou nublado, chuvoso. O eleitor já deixou a escolha dos seus futuros ‘representantes’ em segundo plano, pois sobreviver financeiramente é a única preocupação em tempos de pandemia. Antes dela, a luta desesperada para não perder o emprego. Esse quadro, mais a falta de recursos para jogar em uma campanha política, vai fazer com que a velha e boa tática dos três “S” seja novamente coloca em prática: “Suor, saliva e sapato”.

E OS RESULTADOS?

Faz tempo que a atual composição legislativa, invariavelmente, prorroga prazos de funcionamento da Comissão de Assuntos Relevantes. Ao que parece, nenhuma chega a ser concluída, diante de tantas prorrogações. Na última sessão legislativa, mais um requerimento nesse sentido foi aprovado.

MAS JÁ?

Vereador Chinão Ruiz, aliado de primeira hora do burgonestre Aiacyda, cobrou do Executivo providências junto à empresa que fez a pavimentação de diversas ruas na cidade, para que faça correções emergenciais no serviço realizado. Mas já? Ninguém fiscalizou a obra quando era executada ou foi entregue?

SABEM NADA

Nada como uma pandemia para escancarar a Saúde Pública no Brasil. As autoridades do setor e também médicos e cientistas não sabe absolutamente nada sobre o coronavírus. Mas o que tem de gente dando palpite é uma grandeza. Primeiro, o pico da doença seria em abril (começou em março, segundo dados oficiais). Depois falou-se que atingiria o tal pico em maio, e agora a data estipulada e 6 de junho. Ou seja, mera especulação. Nem horóscopo tem previsões tão desencontradas.

ONLINE

Cidades como a de Araraquara já definiram que as audiências públicas da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária), impedidas de serem realizadas presencialmente, vão ser feitas de forma online. Espera-se que Mairiporã adote o mesmo procedimento.