FRASE
“A democracia muitas vezes significa o poder nas mãos de uma maioria incompetente…” (George Bernard Shaw, dramaturgo e jornalista inglês)
O PLANO
Não é novidade que o prefeito Antônio Aiacyda jamais foi, não é e nunca vai ser gestor, administrador. É político, e como tal, foi eleito três vezes para o cargo. Isso, no entanto, poderia ser compensado se ele se dispusesse a ouvir aqueles que de fato tem interesse em ajudar a cidade. Nesta edição, uma reportagem sobre a promessa feita por todos os que passaram pelo Palácio Tibiriçá, desde 1999, de implementar um plano de cargos e salários para os servidores, lembra que a promessa vai comemorar 20 anos. Desse total, Aiacyda já completou a metade na cadeira, dez anos. E vai ficar mais dois. Questões que poderiam fazer a diferença não só para a população, mas também para a sua biografia, simplesmente não vão fazer parte do seu currículo. Tivesse visão e vontade política, ficaria na história por ter implementado o primeiro plano de cargos e salários e inaugurado um hospital moderno para atender dignamente quem depende unicamente da saúde pública. Difícil entender a falta de iniciativa, mas compreensível para quem é tão somente político.
O LIXO
A Prefeitura realiza no dia 15 de outubro licitação para escolher quem será a empresa responsável pela coleta, transporte e destinação final do lixo domiciliar. Esse tipo de contratação sempre suscitou desconfianças e mais é melhor não dizer. O que se espera é que desta vez não ocorram sopapos e insultos de fazer corar estátua, verificados em recente pregão presencial, quando da escolha de empresa para o serviço de transporte escolar.
A HOMENAGEM
Lei sancionada pelo prefeito denominou a base da Guarda Civil Municipal de ‘Archangelo Spada’, ex-policial e ex-vereador, que foi o fundador da Guarda Mirim de Mairiporã, nos anos 1970. Homenagem mais que justa.
O RALO
Na sexta-feira, 14, com aquela chuvarada, quem estava no interior do prédio da Prefeitura assistiu a uma cena no mínimo inusitada. A água estava adentrando ao Paço, pois os ralos defronte à porta principal estavam entupidos, ou seja, alagamentos se formaram rapidamente, para indignação geral. Um daqueles gaiatos que não perdem a oportunidade nem mesmo nas adversidades, foi logo dizendo: “se os ralos à porta da Prefeitura estão desse jeito, imagine outros ralos por aí”. Gargalhada geral.
O CÍRCULO
Está de volta o circulo vicioso também conhecido por ‘Refis’, ou seja, o parcelamento de tributos e impostos devidos à Prefeitura. E virou febre em todo o País, inclusive no Governo Federal, que escancarou um receituário a ser seguido pelos devedores que pretendem quitar os débitos. Há casos em que o tataraneto do contribuinte ainda estará com parcelas a pagar. E de Refis em Refis os cofres públicos recebem pouco e a dívida ativa aumenta na velocidade da luz. Demonstrações de transparência no trato com a coisa pública e gastos condizentes com o que esperam os cidadãos, não fazem parte desse esquema, daí a baixa adesão, ano após ano.
O INCRÉDULO
A aprovação de envio do relatório analítico da Prefeitura relativo ao último quadrimestre, através de requerimento do vereador Wilson Sorriso (PSC), considerado opositor ao prefeito, fez com que o presidente da Câmara, Marco Antônio, demonstrasse incredulidade quanto à decisão de seus pares. Negado no ano passado, desta vez o resultado em plenário foi diferente. Sem acreditar no que via e ouvia, Marco Antônio perguntou três vezes se havia algum vereador contra a propositura. A ficha demorou a cair. Um veterano no Legislativo, o parlamentar deveria saber que em fim de mandato (o seu na presidência) é assim mesmo.
AS PESQUISAS
Com a proximidade da votação no primeiro turno, Ibope e Datafolha divulgam quase que diariamente, pesquisas sobre intenção de votos. E para todos os cargos em disputa. Conseguem tabular todos os dados, de todo o País, em questão de horas. Um ‘tour de force’ inacreditável. Como inacreditáveis também são os resultados. Isso nos remete a uma pergunta só: dá para acreditar em pesquisa?