Coluna do Correio

FRASE

“A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa.” (Jô Soares, ator, entrevistador, escritor e humorista brasileiro)

EFEITO CASCATA

Sentenças em dezenas de processos onde figura como réu o prefeito Antônio Aiacyda, começam a ser proferidas e o burgomestre parece ingressar naquilo que os astrógolos classificam como ‘inferno astral’. Pelo menos mais três ações estão próximas de receber sentença, além de uma, na Justiça Federal, sobre a merenda escolar, cujo escândalo projetou Mairiporã em nível nacional diante do suposto faturamento na aquisição de alimentos. A sentença que foi tornada pública no último final de semana, sobre a horda de desocupados em cargos de comissão na Prefeitura, entre 2005 e 2009, deverá se repetir mais adiante, quando o Ministério Público investigar a ‘farra’ que foi feita com o dinheiro público na gestão de agora. Centenas de cabos eleitorais, correligionários e apadrinhados políticos ‘mamam’ desde 2017 nas tetas do erário e outros tantos na folha de pagamento do chamado terceiro setor (entidades que recebem dinheiro público).

NAS REDES (I)

Corre nas redes sociais que o prefeito já tem mais uma audiência agendada no Fórum local, para instrução e julgamento, em outro processo sobre a merenda escolar. Será no dia 24 de junho, às 16 horas. Quis o destino que os autores dessa ação, estão hoje trocando abraços e doces palavras com o alcaide. Nunca é demais repetir a célebre frase do escritor português José Saramago, que se encaixa aqui à perfeição: “Brasil não tem partido de direita, de esquerda, de nada, tem um bando se salafrários que se reúnem para roubar juntos”.

NAS REDES (II)

Também anunciado pelas redes o retorno à cidade do Promotor de Justiça, Dr. Ricardo Navarro, que teve passagem anterior na Comarca.

DESESPERO

O que tem de ‘vagabundo’ empregado em cargo de comissão na Prefeitura, desesperado com as eleições de outubro, é uma grandeza. As chances reais de levarem um ‘pé na bunda’ nunca foram tão concretas. E por isso vão às redes sociais com citações raivosas, cujos textos só confirmam que entre esses muitos vagabundos, a maioria, no mínimo, é semi-analfabeta. Ninguém quer perder a ‘boquinha’. Em eventual derrota, o que essa gente vai fazer? Que capacitação têm para procurar emprego no mercado de trabalho? Por isso esse vale tudo na lata de lixo do mundo, também conhecida por Redes Sociais.

LARGADA

A ‘janela’ eleitoral começou nesta quinta-feira, 5 de março, e vai até 3 de abril. O período é usado pelos vereadores para troca de partido, sem risco de punição, como perda de mandato. Além disso, o dia 4 de abril é o último para todas as filiações, ou seja, aos que pretendem ser candidatos. Portanto, muitas conversas estão acontecendo e já há uma corrida eleitoral entre os partidos.

DESERTO

O Cartório Eleitoral de Mairiporã, assim como outros de centenas de cidades, estão desertos. O eleitor não tem comparecido para fazer a biometria, que este ano é exigida nas eleições. Dos 13 mil eleitores que tiveram o documento cancelado, apareceram para regularizá-lo, em janeiro, mês em que foi reaberto o prazo, 1.408 pessoas, mas em fevereiro esse número caiu a menos da metade, 622. Nessa marcha, milhares vão ficar impedidos de votar na escolha de prefeito e vereadores.

‘NO JOELHO’

Depois de 20 anos de espera, isso mesmo caro leitor, duas décadas, o funcionalismo público vai ter o Plano de Cargos e Salários votado pelos vereadores, porém discutidos em apenas 15 dias. Embora alguns dos senhores parlamentares digam que entendem o que contém o calhamaço da proposta, a verdade é que apenas especialistas poderiam dar um ‘norte’ aos servidores sobre o que representará esse plano na carreira da categoria. Inacreditável o que acontece na Câmara. Entra vereador, sai vereador, e a banda sempre toca do mesmo jeito. Um documento tão importante para a vida do servidor municipal não pode ser votado em 15 dias. É uma aberração. É flagrante oportunismo eleitoral.

NÃO VAI

Um dos que se colocaram como candidatos a prefeito, cujo nome vinha sendo divulgado desde o ano passado, Marcio Lessa, desistiu da empreitada. O próprio empresário confirmou que está fora da disputa.

NA MOSCA

A coluna acertou na mosca na semana passada. A nota dizia sobre a concessão de títulos de cidadania em ano eleitoral. Esta semana, durante a sessão, dois vereadores já propuseram a honraria a um deputado que pisou neste território por não mais que 1 hora.