Coluna do Correio

FRASE

“Se o diabo é o mestre da mentira, os políticos são seus melhores discípulos.” (Anônima)

 

HISTÓRIAS OU ESTÓRIAS?

Gaiato, o guru político desta coluna, vez e sempre surge com histórias que mais parecem estórias. Coisas do arco da velha. Esta semana ele nos relatou que na pequena aldeia o ‘manda chuva’ do lugar reuniu seus conselheiros para pedir apoio a um novo pedido de empréstimo junto às casas bancárias, desta vez algo em torno de R$ 30 milhões. E isso bem no ano em que a aldeia vai se reunir para escolher seus mandatários. Dizem os escribas de plantão que a maior parte dos conselheiros recusou. Será verdadeira essa história?

AME (I)

Os discursos foram muitos entre os 9 vereadores asseclas do prefeito, os vídeos do burgomestre também rechearam o site oficial da Prefeitura e a promessa de se instalar o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) num prédio que nunca foi usado e custou aos cofres públicos R$ 9 milhões, ficou apenas no sonho da população carente que depende unicamente da saúde pública.

AME (II)

Tanto o Hospital Anjo Gabriel, nunca utilizado, quanto a história do AME, foram e serão instumentos de politicalha por parte do prefeito e vereadores. Mairiporã tem a mesma situação na área da saúde há 50 anos. Tem um hospital construído na década de 1940 e que ainda, com atendimento longe do ideal, é a tábua de salvação das pessoas mais pobres ou sem condições de arcar com os custos de um plano de saúde.

AME (III)

A instalação do AME em Mairiporã segue fielmente a receita política daqueles que fazem das esperanças da população um instrumento eleitoreiro, que pode resultar em votos. Aiacyda prometeu o AME em 2018, numa barganha eleitoreira com o então governador Márcio França, que foi derrotado nas urnas por João Dória. Aiacyda apunhalou o PSDB, fez a escolha política errada e quem paga por essa sandice é a população. O resumo disso tudo é que o prédio onde o AME deveria estar instalado já custa muito mais que os R$ 9 milhões, pois em nome da vinda do Ambulatório, novas reformas, em prédio nunca usado, foram feitas com o dinheiro dos mairiporanenses.

LICITAÇÃO DO LIXO

A questão do lixo em Mairiporã, que cheira mal nesta administração, tem nova licitação para escolha da empresa responsável pela coleta na manhã de hoje. A vencedora será a quarta prestadora do serviço na atual gestão de Antônio Aiacyda, um recorde histórico e com nuances de estranheza.

ANO FINAL (I)

Este 2020, para a felicidade daqueles que desejam o bem da cidade, é o último da atual administração (Prefeitura e Câmara). Claro que prefeito e vereadores vão à reeleição, pois quem não quer um salário próximo de R$ 20 mil para ser o bam-bam-bam no Palácio Tibiriçá, e mais de R$ 8 mil para ser coadjuvante na política local? Sem falar no enorme, descomunal e criminoso ‘cabide de emprego’ que banca a custos altíssimos os cabos eleitorais e correligionários, a maioria com diploma em vagabundagem.

ANO FINAL (II)

As pessoas e familias de bem de Mairiporã precisam acordar para o óbvio: a cidade não progride, os vizinhos estão em franco desenvolvimento, Mairiporã segue sem Saúde decente, sem mobilidade urbana, com segurança caótica, com mercado de trabalho restrito, fruto da falta de políticas públicas. O ano é novo e a política, assim como aqueles que nela militam, também devem ser. Chegada a hora de Mairiporã dar um salto de qualidade na forma de governar, com inteligência e vontade na busca de soluções que ofertem melhor qualidade de vida à população. Hora de mandar essa gente que ‘mama’ nas gordas tetas do erário procurar emprego.

BASTIDORES

Ao que tudo indica, a movimentação dos partidos deverá se intensificar a partir do mês que vem. Não vão esperar nem pelo Carnaval. Até o começo de abril, todos tem que ter a definição dos filiados. Em março, haverá a ‘janela’ para que, no caso de Mairiporã, os vereadores possam praticar o indecente ‘troca-troca’ partidário. E todos os que pretendem se candidatar devem ter em mente que, pelo menos uma vez na vida, a disputa pelas cadeiras da Câmara se mostra um pouco mais justa: não haverá coligação, o que significa dizer que muitos vereadores que se valeram de votos de companheiros de partido, agora estão na roça.

JEITINHO (I)

O Brasil continua a ser o País do jeitinho. Dá-se jeito pra tudo. O mais novo exemplo dessa máxima é o cadastramento biométrico. O prazo terminou no último dia 19 de dezembro, mas quem ignorou a convocação não deve se preocupar. Idiotas daqueles que atenderam dentro do prazo e fizeram o documento digital. Os que demonstraram total desprezo pelas regras, ganharam nova oportunidade. Tem até maio para efetivar o documento digital. É por isso que não se leva nada a sério quando o assunto é política. Todos sabem, de antemão, que vai haver um jeitinho de remediar a situação. Funcionários dos cartórios, que trabalharam regime de plantão, sábados e domingos, também se sentem lesados.

JEITINHO (II)

Essa história da biometria é apenas um indicativo de que o eleitor está cansado, que não tem mais inteção de votar. Como também há um jeitinho se não comparecer às urnas: é só passar depois no cartório e pagar a ‘milionária’ multa de R$ 3,45 e novamente ficar em dia com seus direitos eleitorais. É o País da esculhambação, da enganação, dos espertos.

JEITINHO (III)

Outro exemplo de jeitinho é dado pela Prefeitura de Mairiporã. Ou melhor dizendo, pelo prefeito de plantão. O refinanciamento de dívidas não pagas, ou seja, o Refis, também é um desrespeito a quem paga em dias os impostos. Mas como ente político, o prefeito refinancia as dívidas anualmente, pois enquanto finge que governa, o contribuinte finge que paga.

JEITINHO (IV)

Não é sem razão que um ditado muito popular entre os brasileiros ganha cada vez mais importância e passa a ser usado com uma frequência absurda: “Só não se dá jeito para a morte”.

NAS REDES

Vídeo que circulou com sucesso nas redes sociais no final de 2019 fala sobre a terceira passagem do prefeito (e de seus familiares) pela Prefeitura de Mairiporã. Fala especificamente dos ganhos da família Aiacyda na condução dos negócios públicos. As cifras mostradas são assustadoras, mas numa análise ainda que superficial, bem próximas da realidade, se levado em conta os salários que o clã Aiacyda recebe desde 2005. Dinheiro de respeito, digno de cidades com quatro ou cinco vezes mais o número de habitantes e com economia pujente e orçamentos bilionários.

MARAJÁS

Também circula nas redes os salários pagos aos funcionários que ocupam cargo em comissão na Câmara. Verdadeiros marajás! A maioria ganhando acima dos R$ 6 mil e gente até com vencimento acima dos ganhos dos próprios vereadores. Há assessor com ganhos diferentes a cada mês, indo de R$ 4 mil a R$ 10 mil. É algo que precisa ser investigado.

PRIORIDADES

O presidente da Câmara, Ricardo Barbosa, deve ter algumas prioridades neste 2020. Dentre elas, colocacar como fundamental a adequação sugerida, já de anos, pelo Tribunal de Contas, em relação ao número de assessores na comissão de licitação da Casa. Ou muda, ou vai estar na lista daqueles com contas rejeitadas ao final do mandato. Os seus três antecessores tiveram as contas rejeitadas. Comissão de Licitação deveria ser composta exclusivamente por funcionários concursados. Os comissionados, como prêmio por não entenderem absolutamente nada sobre licitações, é ter um ganho extra de 50% nos salários a cada trinta dias.