FRASE
“Pessoas que são boas em arranjar desculpas raramente são boas em qualquer outra coisa.” (Benjamin Franklin, político, jornalista e filantropo norte-americano)
SALÁRIOS
O funcionalismo público municipal não deve esperar aumento real de salário na data-base da categoria, em fevereiro, mas que o prefeito sempre dá um jeitinho de empurrar para março, abril, etc. Se repassar o índice da inflação, que se dêem por satisfeitos. Essa é a política do burgomestre com a categoria e vem desde a sua primeira passagem pelo Paço. Ainda não pagou os 4% pendentes desde o último ano de governo de Márcio Pampuri. A defasagem salarial da categoria supera fácil dois dígitos, pois há muito tempo que o termo REAL, na Prefeitura, está relacionado única e exclusivamente à forma imperial como o alcaide se comporta.
PLANO DE CARGOS (I)
Quase 20 anos depois o Executivo enviou esta semana, à Câmara, o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores públicos. Trata-se de matéria complexa, e que por isso mesmo demandaria avaliações e estudos mais prolongados, especialmente quanto ao impacto financeiro, embora a maioria dos vereadores pense o contrário em atenção aos desejos do burgomestre. De cara, já deu para ver que a coisa é complicada e que as progressões na carreira são mais penosas que as novas regras da Previdência. E apenas numa passada de olhos, nota-se que há privilégios com certas categorias.
PLANO DE CARGOS (II)
O documento precisa ser analisado e explicitado para a categoria. Em 2012, antes de deixar a Prefeitura, Aiacyda enviou um Plano de Cargos e Salários para votação da Câmara, que foi aprovado de forma acintosa pelos vereadores à época. O resultado foi que ao assumir a Prefeitura, em janeiro de 2013, o prefeito eleito Márcio Pampuri se viu obrigado a revogar a lei, pois da forma como se encontrava o Plano quebraria a Prefeitura. E o de agora?
PLANO DE CARGOS (III)
Nas redes sociais os comentários são os mais diversos. Há quem diga que o Plano de Carreira ora proposto é uma cópia fiel do Estatuto dos Servidores de Santana de Parnaíba e que a progressão é quase impossível de se atingir. Verdade ou não, o projeto precisa ser amplamente discutido com os servidores, com o sindicato, mas pelo que se viu na sessão de terça-feira, a ordem é votar e aprovar ainda este ano. Ou seja, o grupo dos 9 vai votar quer queira ou não o funcionalismo municipal. O que demandou anos para ser elaborado, vai ser aprovado na base do vapt-vupt.
QUINTO ELEMENTO
A oposição tenta mais uma vez instalar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o prefeito e suas relações com as empresas de coleta de lixo. Para cada ano da administração Aiacyda, o serviço teve uma empresa diferente. Segundo o vereador Dorieson de Freitas, há motivos suficientes para se investigar o alcaide, principalmente, segundo o parlamentar, por não ter multado em R$ 9 milhões (ou mais) a empresa Construban, que abandonou o serviço e transformou a cidade num caos. O porquê não fez a cobrança? Isso só será respondido se a CEI for instalada e os fatos investigados. O problema é convencer os vereadores que estão repletos de cabos eleitorais nomeados em cargos de comissão, a abrir mão do privilégio e fazer o que deveria ser feito. Falta uma assinatura (de um do Grupo dos 9) para que a propositura seja aceita, conforme reza a legislação. Alguém acredita nesse ‘quinto elemento’?
FRAGMENTAÇÃO
Os comentários de bastidores na Câmara Municipal indicam que o prefeito Aiacyda pode enfrentar no ano que vem, sensível divisão em sua base de apoio. Isso se deve, em parte, à avaliação ruim que o alcaide tem na cidade. Como político muda de opinião como nuvem de lugar, é esperar para conferir, afinal, em ano eleitoral, uma ajuda do Executivo, principalmente em tempos sem aquela bandalheira de coligação, é muito bem-vinda. Na verdade, os vereadores vão se debruçar sobre apoiar ou não o prefeito de acordo com a conveniência de cada um.
INSÔNIA
Já foi dito nesta coluna que pelo menos 2/3 dos vereadores passaram a sofrer de insônia crônica em relação ao pleito do ano que vem. Se a avaliação do prefeito é ruim, a dos vereadores é ainda pior. Pelo que se observa, mais de 60% dos atuais detentores de mandato podem ter que procurar emprego em janeiro de 2021. A decepção maior ficou para aqueles que foram eleitos em 2016 para um primeiro mandato. Se comportaram como seus antecessores, ou seja, nada de novo, ao contrário, muito da velha política do ‘é dando que se recebe’.
EFETIVOS
Nos corredores da Câmara corre a informação de que o presidente da Casa, Ricardo Barbosa, vai acabar com comissionados indicados para formar na Comissão de Licitação, que dá direito a 50% a mais nos salários. Por conta disso, alguns coleguinhas do presidente tiveram as contas rejeitadas e por ora estão inelegíveis. Comissão de Licitação só com servidores efetivos.
PARTIDOS
Imbróglio envolvendo o uso de meios eletrônicos para validar o apoio à criação de partidos políticos pode facilitar a conclusão dos 76 pedidos de criação de novas siglas atualmente em tramitação no Tribunal Superior Eleitoral, sem contar o Aliança pelo Brasil, lançado pelo presidente Bolsonaro semana passada. Caso seja aceito o uso de aplicativos, sites ou a biometria da própria Justiça Eleitoral, as eleições 2020 podem contar com até 109 legendas. Uma farra sem precedentes em todo o planeta. Os 77 possíveis novos partidos se somariam aos 32 registrados no TSE e criariam um problema: seus números passariam a três dígitos. Um pedido de registro chamou atenção por aliar temas polêmicos como política e futebol: o Partido Nacional Corinthiano está na lista do TSE.O último partido criado foi o Rede, de Marina Silva, em 2015. Antes, o Solidariedade em 2013 e o Patriota (ex-Ecológico Nacional) em 2012.
NAS ALTURAS
O preço das carnes (bovina, suína e aves) está nas alturas. Sobe mais que o dólar e que a gasolina. E o tema, como não poderia deixar de ser, foi abordado numa daquelas rodas que se formam em botequins da cidade. Um disse: ‘chinês tem vontade de comer carne e o brasileiro é que paga’. O outro, foi mais radical: com esses preços, nem açougueiro tá comendo carne’.
