Coluna do Correio

FRASE

“Pessoas que realmente querem mudar algo não têm tempo pra perder com eleições.” (Danilo Gentili, humorista e apresentador de TV)

OS REMOS

Quanto mais se aproxima o ano eleitoral mais se agrava a insônia dos vereadores. A maioria sabe que dificilmente vai conseguir se reeleger. Dois deles estão barrados do baile por iniciativa do Tribunal de Contas do Estado e apenas outros dois, de acordo com a voz das ruas, tem volta garantida neste momento: Wilson Sorriso e Chinão Ruiz. O resto vai ter que procurar uma loja de produtos náuticos e comprar remos, e de boa qualidade, pois vão ter que remar muito e ainda assim o barco pode fazer água.

TROCA-TROCA

Pelos comentários ouvidos nos altos do Palácio Tibiriçá vai ser intenso o troca-troca partidário em março, sem que se corra o risco de perder as cadeiras. Os dois vereadores do PV (Nill e Valdeci), por exemplo, precisam de uma engenharia matemática para saber em que sigla devem desembarcar. Se continuarem onde estão, cometem suicídio político-eleitoral. Também é grande a expectativa para saber onde estarão filiados dois tucanos (Marco Antônio e Tonhé), pois o prefeito, expurgado da sigla, foi com malas e cuias para o PSD. Se seguirem o mesmo rumo, vão deixar o novo endereço com muitos caciques e poucos índios. Sinal de que alguns vão ficar pelo caminho após a abertura das urnas. O vereador Doriedson (REDE), eleito pela força da coligação tucana, é outro que precisa procurar novo ninho.

CABEÇA

Analistas políticos e especialistas em eleições garantem que sem a presença de um candidato a prefeito no partido (cabeça), a situação dos candidatos a vereador piora muito. Portanto, para muitas agremiações, está ligado o sinal de alerta.

NO LAÇO

Dirigentes partidários estão caçando candidatos em todos os setores da cidade. Querem chapa completa, condição que pode eleger pelo menos um vereador. É a chance que os ‘nanicos’ esperavam há vinte anos. Desta vez, garantem, vão com tudo para ter assento na Câmara. Um só eleito pode ajudar outros dez ou vinte, através daqueles conchavos que brindam cabos eleitorais com cargos em comissão.

LEITURA

Os 1º e 2º secretários da Mesa da Câmara precisam com urgência de um curso de leitura. A cada sessão é constrangedor o modo como os documentos são lidos, com muitos erros e incompreensões. Uma lidinha diária nos jornais já ajuda.

SONOLENTA

A sessão de terça-feira, 15, foi sem dúvida a mais sonolenta deste semestre, sem nada de importante na ordem do dia. O Executivo (Prefeitura) nem projetos enviou. De resto, um blá-blá-blá sem fim, que durou três horas.

HONORÁVEIS

Por falar na insônia dos vereadores, mais de uma centena de ‘honoráveis vagabundos’ que mamam nas gordas tetas do erário, também conhecidos por comissionados, passaram a sofrer da mesma doença. Seria prudente que começassem, desde já, a preparar currículo para tentar vaga no serviço privado. Só que aí é preciso muito mais que ‘padrinho’, é preciso competência.

NEM SOB TORTURA

O comportamento do comando da Secretaria Municipal da Saúde é algo que precisa ser estudado a fundo. Nem sob tortura divulga os números relativos à Vigilância Epidemiológica, englobando vacinas aplicadas e número de pessoas infectadas. Um desserviço à cidade e à população. Não deixa de ser o ‘estilo Aiacyda’ de governar, em que não divulgar números parece ser um escudo contra possíveis criticas. Nem na Imprensa Oficial foi divulgado o total de pessoas com sarampo na cidade. Mostrou dados de São Paulo como um todo, mas de Mairiporã, nada. Para que o leitor não fique desinformado, são 61 casos de sarampo na aldeia.

RECEITA (I)

De acordo com o Painel da Transparência do Governo Federal, dados referentes até o dia 12 último, Mairiporã perdeu 9,19% de receita na comparação com o ano passado. No total, deixaram de entrar nos cofres R$ 7,74 milhões. Indicativo que as contas podem não fechar no final deste exercício. Esse quadro, no entanto, poderá se compensando, em parte, pelo repasse do dinheiro do pré-sal, que segundo a Confederação Nacional dos Municípios, deve ser de R$ 4,4 milhões para Mairiporã. Mas não há nenhuma garantia de que isso possa ocorrer ainda em 2019.

RECEITA (II)

O que esperar de uma administração que reserva míseros 6% para investimentos durante doze meses? Esse é o  percentual que consta do Orçamento Municipal que está na Câmara para ser votado.

PESQUISA

Pesquisa feita no Brasil pelo Instituto Ipsos mostra claramente que a corrupção grassa principalmente nas prefeituas e câmaras municipais e entre os parlamentos federais. Sobra até para a presidência. Em bom português: todo mundo rouba, mete a mão, se locupleta do dinheiro público e fica tudo por isso mesmo. Quem combate, como é o caso da Lava-Jato, sofre toda sorte de pressão, justamente da canalhada travestida de político que se ocupa, invariavelmente, de roubar a Nação.