Coluna do Correio

FRASE

“A maior ilusão é acreditar que somos o que pensamos ser.” (Henri Amiel, filósofo e poeta suiço)

AGENTES (I)

O prefeito Aiacyda carrega consigo dois adjetivos que fazem parte do seu modo de ser: ‘vingativo’ e ‘teimoso’. O primeiro é conhecido a sobejo e foi usado contra centenas de funcionários ao longo de sua carreira política. O segundo, não menos maléfico, vai lhe custar caro. A questão das agentes de saúde vai levá-lo sabe-se lá onde. As derrotas que tem conhecido no Judiciário não tem sido suficientes para fazê-lo acordar e a estratégia de oferecer recursos, por dever de ofício, só vai prolongar a agonia advinda de sua teimosia.

AGENTES (II)

O vereador Chinão Ruiz, um dos integrantes da tropa de choque do prefeito, ao falar sobre os agentes de saúde, disse que o prefeito não pode ser responsabilizado sobre os recursos judiciais, que devem ser impetrados por força de lei. Isso, vereador, todo mundo sabe e nem precisa cursar faculdade de Direito. O que não se pode omitir é que a decisão, com base na teimosia do burgomestre, é que resultou nas condenações e agora nos recursos.

MÉRITO

Embora não seja afeito a demonstrar gratidão a quem quer que seja, o prefeito Aiacyda tem o dever moral de apoiar o seu líder, Gusto Forti, se este for candidato á reeleição. O que o vereador faz em sua defesa é algo que nunca se viu neste município. Mesmo que para isso seja necessário beirar o histrionismo, como sempre acontece.

APELOS

Embora Aiacyda se considere um deus, seria mais proveitoso que os vereadores, ao apresentarem moções de apelo, o fizessem diretamente ao Deus verdadeiro. A enxurrada de moções de apelo nunca teve resultado prático. Quem sabe se enviadas ao endereço e ao Deus certo, a coisa não funcione?

‘NOSSOS’

Nesta legislatura, de vez em quando, o vereador Éssio Minozzi dá vez e espaço ao seu quinhão de oposicionista, adormecido desde 2017. Na terça-feira, o vereador exerecitou esse seu lado, ao comentar sobre o possível retorno da CPMF, que vai taxar os correntistas bancários nos saques e depósitos. Contra a medida, Éssio disse de forma cabal: “Temos que conversar com os nossos deputados para impedir a aprovação de tal medida”. Vereador, com todo respeito que o senhor merece, uma pergunta não quer calar: ‘QUE DEPUTADOS?’ Aqueles paraquedistas que aparecem por aqui de quatro em quatro anos?

GOZAÇÃO

Muitos vereadores, nas últimas sessões, ao discursarem, dizem com a cara mais deslavada do mundo que não estão preocupados com as próximas eleições, apenas com o mandato atual. E nem ficam vermelhos de vergonha. Gozação com a cara do povo.

NAS CASAS

O prefeito Aiacyda voltou a fazer aquelas visitas de ano pré-eleitoral. Passa de casa em casa e, desta vez, para anunciar a ‘boa nova’ do asfalto. Resta saber se fala ao cidadão que o pavimento não vai sair de graça. Vai ser pago por todos, pois o Banco do Brasil e a Caixa Econômica não emprestaram dinheiro a Aiacyda, mas a toda população. E banco não faz cortesias, faz negócios, e muito lucrativos por sinal. Portanto, prefeito, diga com todas as letras que quem tiver asfalto em sua rua, vai pagar, e bem caro.

E O AME? (I)

O mês de setembro está indo embora e outubro está às portas. E foi justamente em outubro do ano passado que o prefeito, com pompa e circustãncia, anunciou que as instalações do Hospital Anjo Gabriel seriam transformadas em um Ambulatório Médico de Especialidades (AME). O anúncio foi resultado de um conchavo entre o prefeito e o então governador Márcio França, em troca de votos. Aiacyda se lascou ao trair João Dória, o candidato Márcio França foi derrotado nas urnas e o AME, agora próximo de completar um ano, não saiu do papel.

E O AME? (II)

À população não interessa os bastidores da política. Ela quer o benefício, ou seja, atendimento digno, coisa que não há na cidade há décadas. Tudo muito nebuloso nessa história da vinda do AME. Informações desencontradas, comentários sem nexo, nada de oficial, agora dinheiro para adequar o prédio do Anjo Gabriel que já não é mais responsabilidade do município, pois foi cedido ao Estado, enfim, um imbróglio que parece longe do fim. Em meio a tudo isso, a população carente continua a se valer do velho hospital da cidade, que oficialmente pode não estar sob intervenção da Prefeitura, mas está na prática. Como repassa dinheiro ao hospital, a Prefeitura manda e desmanda na instituição.

GESTOR

Há quinze dias o IBGE divulgou a nova estimativa populacional dos municípios brasileiros. Mairiporã aparece com o maior crescimento da região e ultrapassou a marca de 100 mil habitantes. Sem dúvida, um feito para poucas cidades. Mas o que vem atrás desses números? Problemas! Aliás, muitos, pois a cidade tem um dos piores índices de saneamento básico, péssima oferta de saúde, dezenas de bairros sem água encanada e sem coleta de lixo, sem iluminação, enfim, repertório completo. E aí questiona-se: o que precisa ser feito? Simples: eleger um gestor para administrar a cidade. Simples assim. Eleger políticos é contribuir para o município ir mais fundo no buraco em que já está metido. Mairiporã patina em seu desenvolvimento há pelo menos 30 anos. Os municípios vizinhos, por sua vez, ‘crescem a olhos vistos’ como se dizia antigamente.

2020

Rodas políticas se formaram no fim de semana discutindo futuras candidaturas a prefeito e vereadores em Mairiporã. Muitos nomes apontados como novidade nas especulações – e outros já conhecidos do eleitor. Uma tendência: escolher nomes pouco afeitos a participações políticas, que estão sendo convencidos a entrar na disputa de 2020.

BATEU ASAS

Considerado ‘persona non grata’ no ninho tucano, depois de trair o então candidato João Dória, que se tornou governador, o prefeito Aiacyda bateu asas e agora está de casa nova, ou mehor, de partido novo. Ingressou no PSD, cujo presidente nacional é Gilberto Kassab, aquele mesmo, investigado numa das muitas operações em andamento no País, e já chegou com panca de dono. Desalojou da presidência o fundador da sigla em Mairiporã, o vereador da serra, que agora ocupa a vice-presidência. Também na Executiva, como primeiro tesoureiro, a irmã do genro do prefeito. De pretenso algoz de Aiacyda nas eleições de 2016, o vereador agora deslocado da presidência tornou-se mero coadjuvante. Como diz aquela antiga e sempre atual citação: “Na política não há amigos ou inimigos, apenas conspiradores que se unem”.

PRIMAVERA

A Primavera, que um dia foi a estação mais florida do ano, está chegando. Isso significa que o Inverno está de partida. Em todo esse período a Secretaria de Desenvolvimento Social, cuja titular é esposa do prefeito, não divulgou qualquer número relativo à Campanha do Agasalho. Nem quantas peças arrecadou, muito menos quantas pessoas foram beneficiadas. Mas não se deve estranhar essa omissão. Ela vem de governos anteriores do atual prefeito.

VINIL

Esta é para os saudosistas e amantes do velho e bom LP. Depois de 33 anos, os discos de vinil vão vender mais que os CDs. Esse é o resultado para 2019 segundo a RIAA (Associação Americana da Indústria de Gravações). Pesquisa lançada no último dia 5, pela associação, mostrou que o faturamento do vinil chegou a U$ 224,1 milhões (em 8,6 milhões de unidades de vinil), contra U$ 247,9 milhões (em 18,6 milhões de unidades de CDs). Como é resultado de uma pesquisa de meio de ano, os bolachões terminariam o ano na frente dos disquinhos, em função das curvas de crescimento, coisa que não acontecia desde 1986.