Coluna do Correio

FRASE

“Aquele que sabe mandar encontra sempre quem deva obedecer.” (Friedrich Nietzsche, filósofo, filólogo, poeta e compositor prussiano)

 

UBER OFICIAL

Não são poucas as pessoas indignadas com a prática abusiva da Prefeitura e da Câmara de Vereadores de transportar pessoas até hospitais. Inclusive para o Amha, que é um hospital particular, para exames e consultas. Um dia sim, no outro também, carro chapa branca é visto nas dependências daquela unidade médico-hospitalar, enquanto a maioria da população não tem saúde digna nem regalias no atendimento. Tem que ir e voltar de ônibus. E os veículos não são ambulâncias, que também não justificaria o transporte a um hospital particular. E não se vê nenhum movimento para conter esse gasto do dinheiro público.

BRAÇAIS

Em sua fala na sessão de terça-feira, 21, o vereador Gusto Forti cobrou da Municipalidade o envio de mais trabalhadores para o distrito de Terra Preta. No caso, trabalhadores braçais. Essa reivindicação, claro, esbarra na falta de mão de obra (contingente), pois não há no quadro de servidores número suficiente desse segmento. Dentre as causas que contribuem para isso, estão salários baixíssimos (que fazem dos concursos realizados um vexame) e excesso de ‘cabos eleitorais’ travestidos de funcionários comissionados. Isso tudo aliado a receitas em queda e um cabide de emprego descomunal que infla a folha de pagamento.

AULINHA

Com um jeito de poeta do apocalipse, o vereador Doriedson Freitas, na base da fala mansa, cobrou do governo municipal, também na sessão legislativa de terça-feira, que haja planejamento naquilo que se pretende fazer ou solucionar no município. O vereador, no entanto, precisa ter em mente que, antes de pedir planejamento, precisa explicar o que isso significa ao prefeito, pois sem uma aulinha não há como planejar absolutamente nada. Quando se dispuser a explicar o significado do termo, pode e deve fazê-lo também à maioria de seus pares, que tampouco sabe o que venha ser.

ATESTADO

Não é de agora que os vereadores passam a quase certeza, à população, que a função legislativa é um mero apêndice na vida de todos eles. Se assim não é, por que a insistência (de anos) de pedir a suspensão dos trabalhos para melhor ‘entender’ os projetos colocados em votação. Ora, não leram antes de pautá-los? Se não leram, como entendê-los em cinco, dez ou quinze minutos? Essa prática nociva precisa acabar. Ou os vereadores se dedicam à função para a qual foram eleitos, ou o que temos é um Legislativo fraco, sempre à mercê dos interesses do Poder Executivo. Os projetos precisam ser lidos com antecedência e debatidos nas comissões permanentes antes de chegarem a plenário. Essa história de suspensão por cinco minutinhos ou é atestado de incompetência ou estão todos a gozar com a cara do povo.

DESCONHECIMENTO

Quem tem o hábito de frequentar as sessões da Câmara, ou assisti-la pela internet, não tem a mínima noção do conteúdo dos projetos que são lidos e votados. Simplesmente porque o teor deles não é dado a conhecimento público. O vereador lê apenas a chamada ‘ementa’, que tenta resumir o que vai ser votado em uma simples frase. Fica ainda pior quando a propositura é de alteração de artigos ou a supressão. Ou seja, o método utilizado é para complicar e não explicar. Não ler os projetos também é prática de anos. Quando os atuais vereadores prometeram ao eleitor mudar o status quo, era só conversa fiada de campanha eleitoral. Não mudam e não vão mudar nada.

ENQUETE

Na cidade de Araraquara foi feita uma enquete com a seguinte pergunta: Como você classifica o trabalho dos vereadores? Resultado: Eles cumprem o seu papel (1,84%), Não sei opinar, não acompanho a política (5,93%) e Ruim, não me representam (92,23%). Qualquer semelhança com centenas de outros municípios, inclusive Mairiporã, não é mera coincidência.

SEM FAIXA

Já foi escrito por esta coluna, em várias oportunidades, que o prefeito certamente não anda de carro pela cidade (a pé não anda mesmo). Se andasse, veria que as faixas de pedestre praticamente sumiram das vias, o que coloca em risco a vida das pessoas e também dos motoristas. As demais sinalizações (horizontais e verticais) também beiram o caos. Se nem esse mínimo é feito, para que serve a Secretaria de Mobilidade Urbana?

ILUMINAÇÃO

O contribuinte de Mairiporã poderá ser pego de surpresa (nem tanto assim) quando receber o carnê do IPTU no ano que vem. Além do tributo extra, que já está sendo cobrado agora, terá novo aumento na taxa de lixo e poderá ser ‘presenteado’ com aumento na taxa de iluminação. Com mais da metade da população sem pagar tributos, o prefeito ainda arruma jeito de ampliar o leque tributário.

FACILIDADE

Nos últimos tempos não se teve notícia de nenhum candidato com tanta facilidade para prometer o que sabe que não vai cumprir se estiver no poder, quanto João Dória, que pleiteia o Governo do Estado. Em várias cidades fez das mais simples às mais complexas, tudo em nome dos votos. Fez o mesmo quando se candidatou a prefeito de São Paulo, não cumpriu 20% e ainda deixou o mandato pela metade. Isso no Brasil se chama ‘política’. Em outros países…

NÃO DECOLA

Se verdadeiros os resultados das pesquisas anunciadas semanalmente pelos órgãos de imprensa, os tucanos paulistas estão longe da zona de conforto que imaginavam. O ex-governador Geraldo Alckmin patina feio em todo o território nacional e o ex-prefeito João Dória, candidato a governador, trava batalha duríssima com o emedebista Paulo Skaff. No caso de Alckmin, o avião não consegue decolar.

VALE TUDO

A busca pelo poder através do voto é um vale tudo desmedido. Setenta e quatro candidatos já assinaram Termo de Compromisso com os Direitos LGBTI+. As informações foram divulgadas na Plataforma LGBTI+ Eleições 2018. Até dois presidenciáveis se disseram aliados: Ciro Gomes e Guilherme Boulos. Não seria surpresa de Bolsonaro também aderisse. Uma vez no poder, os eleitos fazem cara de paisagem e uso do bom e velho ditado: ‘em política é preciso ter estômago forte e memória fraca’.

LUCRO

Antes, durante e depois do governo ‘social’ de Lula, os bancos continuam sendo os negócios mais lucrativos do País. O lucro líquido dos maiores bancos atingiu R$ 21,27 bilhões de abril a junho deste ano, cifra 15,3% maior que o mesmo período do ano passado. Os resultados incluem Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Santander Brasil e Caixa. As instituições financeiras, embora tenham apresentado melhora na oferta de crédito, estão debruçadas em aumentar as receitas com tarifas e serviços, uma vez que a demanda por empréstimo ainda não voltou com tanto vigor.