FRASE
“A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele.” (Aparecido Torelly, o Barão de Itararé)
INQUÉRITO
Tudo indica que o aluguel de um imóvel no Mato Dentro, para abrigar uma escola que nunca ocupou o local, vai feder e exalar mau cheiro por toda a urbe. O Ministério Público, diante de denúncia formulada pelo vereador Wilson Sorriso, mandou instaurar inquérito civil para ir fundo na questão. Mais de R$ 50 mil teriam sido gastos com o aluguel. A coisa vai mais longe: a dona do imóvel foi premiada com um carguinho comissionado na Prefeitura. Os mandos e desmandos da atual administração levam a população à perplexidade. Em boa hora vem o Ministério Público!
PIANINHO
A sessão de Câmara na terça-feira foi ‘pianinho’. Ou seja, a tropa de choque do prefeito, diante das muitas manifestações populares, em inúmeras mídias, está prestes a concluir aquilo que parece óbvio: o governo está mal avaliado por todos os segmentos da sociedade. Os quatro vereadores de oposição, dentro do que reza a liturgia do cargo, tem feito estragos. Será que os nove ‘soldados’ do prefeito vão finalmente acordar?
OFICIAL?
Artigo do nosso colaborador, Ozório Mendes, trata com muita propriedade o mau uso da Imprensa Oficial do Município. O prefeito está fazendo desse instrumento para divulgação de atos pertinentes à administração, em órgão de propaganda política em favor da sua reeleição. Diz a norma, inclusive utilizada pelo Diário Oficial do estado, que os atos administrativos publicados são impessoais. Em Mairiporã a impessoalidade é termo que inexiste no vocabulário do prefeito. E cabe a pergunta: é Imprensa Oficial ou Propaganda Política Oficial?
ESCOLINHA
Alguém com permissão para escrever a Imprensa Oficial da Prefeitura deve ter cursado a Escolinha do Professor Raimundo. Na edição 812, de 29 de maio último, a manchete trazia grafada: “Mairiporã Sedeará a abertura da Copa Cimjabu”. SEDEARÁ? É isso mesmo? Alguém explique ao autor dessa pérola que o correto é SEDIARÁ! E nem a desculpa de erro de digitação pode ser usada aqui. A distância entre as duas vogais no teclado derruba essa possibilidade. Algum abençoado pode impedir que ‘assassinos da língua pátria’ brinquem de escriba?
CONVERSAÇÕES
Apesar das poucas revelações públicas, as conversações políticas continuam em Mairiporã com vistas às eleições municipais do ano que vem. Falta pouco mais de um ano para o pleito, em outubro de 2020, e existem muitos pretendentes à Prefeitura Municipal e à Câmara de Vereadores.
BASTIDORES
Essas conversas não saíram dos bastidores nesta semana. Alguns partidos vêm fazendo levantamentos internos para concluir pela viabilidade de lançar candidatos próprios a prefeito ou, ainda que sem coligação, embarcar ao lado de outras siglas.
EXPECTATIVA
Boa parcela do eleitorado, segundo pesquisas a que a coluna teve acesso, não vê a hora de mandar para casa os eleitos em 2016, que prometeram muito e não cumpriram nada. Apenas cuidaram dos próprios interesses.
PESQUISAS (I)
Os partidos que têm condições, inclusive financeira, começaram a pesquisar o que pensa a população e ter uma visão mais próxima da realidade sobre as eleições de 2020. Mudança aparece no topo como a palavra mais pronunciada pelos pesquisados de diferentes bairros da cidade. Esse direcionamento, porém, só poderá ser confirmado em pesquisas que devem ser realizadas a partir de janeiro, prazo legal para divulgação.
PESQUISAS (II)
Alguns levantamentos apontam que a maioria dos vereadores, se as eleições fossem hoje, estaria irremediavelmente derrotada. O conceito que goza junto à população está muito aquém daquilo que precisa para a reeleição. Com o fim das coligações, a tarefa é ainda mais difícil.
ENXURRADA
Ser vereador é certamente um dos mais atrativos ‘empregos’ que se pode conseguir num País em crise econômica e com 13 milhões de desempregados. Excelente salário, jornada muito inferior aos dos trabalhadores da iniciativa privada, possibilidade de encaixar correligionários e cabos eleitorais no serviço público e outros benefícios mais. Com um cardápio desses, não será novidade se uma enxurrada de candidatos surgir nas próximas eleições. Se todos os partidos montarem chapa completa, diante da impossibilidade de coligação, a cidade certamente terá mais de 400 candidatos, considerando-se 20 por legenda. Esse quadro, se confirmado, vai transformar o pleito num ‘salve-se quem puder’.
EQUILÍBRIO
Alguns analistas políticos garantem que o fim das coligações tornou a briga pelas cadeiras da Câmara mais equilibrada. Ou seja, cada partido, se quiser eleger representantes, vai ter que alcançar o coeficiente eleitoral, tarefa inglória sem o ‘casamento’ com outras agremiações. Há ainda, o fato de que muitos candidatos vão preferir partidos que não tenham os chamados ‘caciques’, onde podem ter chances reais de vitória, e não apenas servir de escada aos já conhecidos ‘medalhões’.
A CARA (I)
PSDB saiu da convenção de 31 de maio em Brasília com a cara de João Doria. Foi ele quem passou com o trator por cima das antigas lideranças do partido ao eleger o atual presidente Bruno Araújo. Na condição de novo grão-tucano, Doria defende uma série de mudanças na legenda, que vão do ideário liberal, pró-mercado, em detrimento da socialdemocracia, a uma postura mais firme nos temas nacionais (inclusive na expulsão de membros com denúncias de corrupção e aqueles que traíram a legenda em 2018).
A CARA (II)
Uma dessas mudanças já foi sentida em Mairiporã, com o ingresso do ex-vereador Aladim, que tem tudo para ser o indicado pelo governador para disputar a Prefeitura de Mairiporã no ano que vem.
PREFEITURÁVEIS
A lista só aumenta no processo sucessório municipal. O burgomestre Aiacyda certamente será candidato á reeleição. Ainda não se sabe por qual partido. Além dele, aparecem o ex-vereador Aladim, agora integrante no ‘new tucanato’, Major Paulo, o empresário Márcio Lessa e o eterno postulante Manoelino Cordeiro. Como as coligações proibidas, é possível que mais nomes surjam com o passar dos meses.
SÓ PROMESSA
Os seis primeiros meses do ano estão indo embora e o prefeito Antônio Aiacyda não faz nenhum movimento no sentido de cumprir a promessa de promulgar, uma vez aprovado pela Câmara, o tão sonhado Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores municipais. Já se passaram dois anos e meio deste seu mais desastroso mandato, e tudo continua só na promessa, como a maior parte daquilo que divulgou durante a campanha eleitoral. Já foi dito neste espaço, que netos de atuais servidores não vão ver o tal plano.
O GENRO
Rendeu e muito a decisão do prefeito em emprestar o genro para outra cidade. Ainda mais depois de esmiuçada a engenharia que levou as duas cidades a tratar do assunto. Mais um tapa na cara da população mairiporanense.