Coluna do Correio

FRASE

“Os aduladores são a pior espécie de inimigos.” (Tácito, historiador romano)

CASSAÇÃO (I)

Cada vez mais com sua administração ladeira abaixo, o governo Aiacyda quer agora cassar o mandato do vereador Doriedson de Freitas, que tem sido o principal porta-voz da sociedade mairiporanense na Câmara. Enquanto a maioria prefere barganhar cargos na Prefeitura por obediência no legislativo, Doriedson e mais três edis fizeram a opção de trabalhar em favor da população. A novidade, escancarada na sessão desta semana, é que três escudeiros do prefeito, em cargos de comissão, pedem a cassação do parlamentar do REDE, por suposto erro na convocação de agentes da saúde para uma reunião na Câmara. Piada de mau gosto.

CASSAÇÃO (II)

Como era esperado, o líder do prefeito, Gusto Forti, não decepcionou o alcaide ao esbravejar porque alguns documentos enviados pela Prefeitura (um deles assinado pelo Procurador Geral do Município, Adriano Gonçalves, que dá expediente em Santana de Parnaíba), não foram lidos em sessão. Mais um pouco e Gusto vai pedir ele a cassação, como quis fazer no ano passado, em relação ao vereador Wilson Sorriso. O desespero e a falta de bom senso dominam a base do chefe do Executivo.

CASSAÇÃO (III)

Esse tipo de comportamento serve para fortalecer cada vez mais a oposição e, de quebra, afunda a administração de Aiacyda e piora a situação dos nove vereadores que rezam direitinho a cartilha do prefeito. O que se tem visto na Câmara é de um ridículo jamais visto.

CUMPRIR TABELA

O prefeito Aiacyda tem engessado tanto a sua tropa de choque na Câmara, inclusive as prerrogativas, que tem se a impressão que parlamento municipal foi eleito só para cumprir tabela.

EXTINÇÃO

O ingresso do ex-vereador Aladim no PSDB, por obra do governador João Dória e seus assessores, para formar no ‘Novo PSDB’, fez com dos tucanos da velha-guarda (leia-se trupe de Aiacyda) espécie em extinção.

CALENDÁRIO

Levantamento feito pela coluna indica que em Mairiporã pelo menos 2/3 do Legislativo pode ganhar o título de ‘Vereador Calendário’, tamanha a inclusão de datas no calendário oficial de eventos do município. A iniciativa é legítima, mas o conteúdo faz parte do besteirol produzido há muitas décadas. No pacote também deve ser incluído a concessão de títulos de cidadania. A meritocracia, nesse caso, antes exigência para a honraria, deu lugar à politicagem.

MAIS DE MIL

Perda total! Assim os políticos de Mairiporã podem considerar o cancelamento de mais de 1.300 títulos eleitorais. Esse contingente daria para eleger um vereador com folga, e até quem sabe o mais votado deles. A recusa dos eleitores em regularizar o documento possibilita muitas interpretações, mas sem dúvida a principal, em português claro, significa ‘saco cheio dos políticos’. E saco quase explodindo quando esses políticos são os que ocupam cargos em Mairiporã.

DORMIR

Os candidatos em Mairiporã no ano que vem não devem considerar surpresa se o número de abstenções alcançar patamares inimagináveis. Se prefeito e vereadores acham que nada mudou, é pagar para ver. Vão ser muitos milhares que vão dormir até mais tarde no domingo de eleição.

ESTRATÉGIA

O eleitor já concluiu que depende muito pouco do título em sua vida cotidiana. Daí que não se interessa mais em eleger políticos voltados exclusivamente para si e suas famílias. No dia em que precisar do documento eleitoral vai até o cartório, paga a multa e fica em dia, sem precisar ir às urnas.

PELA METADE

As dificuldades das prefeituras, que mal conseguem pagar suas folhas, segundo a Confederação Nacional dos Municípios, em recente levantamento sobre a situação financeira das cidades, parecem não se aplicar a Mairiporã, pois o inchaço da máquina com cabos eleitorais e correligionários, dependurados em cargos de comissão, segue firme e forte. Podem faltar recursos para todas as outras áreas, menos para bancar os ocupantes das ‘boquinhas’ no Palácio Tibiriçá.

PONTO

Muitas pessoas tem visto o ex-prefeito de Bragança, Jango, que conseguiu uma ‘boquinha’ em Mairiporã, passar boa parte do tempo lá na cidade dele, onde pretende ser candidato a prefeito. Ele não bate ponto em Mairiporã?

BASTIDORES

Corre à boca pequena que o empresário Márcio Lessa, pré-candidato a prefeito em 2020, estaria mexendo os pauzinhos para deixar o partido, o PTB, em ordem para as eleições do ano que vem. São informações de bastidores.

NEPOTISMO

O projeto de lei que pretende pôr fim à farra de parentes mamando nas gordas tetas (hoje em dia nem tão gordas assim) do erário municipal, de autoria do vereador Wilson Sorriso, foi lido durante a sessão desta semana. Deve ir à pauta de votação na semana que vem. Mas é bom o amigo leitor e (e)leitor não nutrir muitas esperanças, pois os 9 da tropa de choque do prefeito devem barrar a iniciativa.

DOSSIÊ

Informações de bastidores dão conta que a oposição em Mairiporã, quando da proximidade do pleito do ano que vem, vai distribuir por toda a cidade um dossiê com aquilo que fizeram os 9 vereadores que cegamente apoiam o prefeito. O documento objetiva lembrar ao eleitor aquilo que fizeram esses servis parlamentares durante o atual governo.

CONCEITO

Não são poucos os segmentos da sociedade que tem dito, até com frequência, que os vereadores eleitos para um primeiro mandato, em 2016, salvo exceções, fracassaram e trocaram os interesses coletivos pelos privados. Se era para fazer o que estão fazendo, poderiam dar lugar a outros, fato que pode ocorrer nas eleições do ano que vem.

DE MATAR

A Agência Nacional de Saúde Suplementar é coisa de outro mundo. Quando é inevitável atender o cliente de plano de saúde, a infame “agência reguladora” (ANS) dá um jeito de agradar as grandes do setor. O “direito à portabilidade”, que entrou em vigor esta semana, só pode ser exercido para a mesma faixa de preço, jamais para reduzi-lo.