FRASE
“Nem o regime mais repressivo consegue impedir os seres humanos de encontrar formas de comunicar e obter acesso à informação.” (Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul)
NEPOTISMO
Em dezenas de cidades os juízes de Direito têm decidido com rapidez as ações contra o nepotismo, coibindo que os políticos que tomaram posse este ano nomeiem parentes para ocupar cargos públicos. Em Mairiporã o prefeito nomeou filho e esposa em janeiro, que continuam nos cargos e recebendo altos salários, mesmo com ações na Justiça cobrando a saída de ambos. Segundo o Supremo Tribunal Federal, que editou a súmula vinculante 13, há divergências se o chamado nepotismo alcança nomeações políticas, que são diferentes àquelas de caráter administrativo. Há recomendação de ministros que os casos devem ser analisados um a um. Espera-se que o Judiciário local dê decisão sobre o assunto de forma rápida.
COSTURA
O ex-vereador Aladim deve mesmo se candidatar a deputado estadual nas eleições do ano que vem. Para tanto, vem costurando apoio e tem se encontrado com deputados para uma possível dobradinha. O ex-vereador só deve se manifestar sobre as eleições no final deste ano. Assessor próximo a ele disse que a expectativa é que o eleitor deixe de votar em aventureiros e paraquedistas que tem como cabos eleitorais políticos sem compromisso com a cidade.
OPOSIÇÃO?
Quem assiste as sessões da Câmara Municipal fica com a certeza de que dificilmente o prefeito vai ter algum tipo de oposição. Chega a embrulhar o estomago o comportamento dos vereadores, que não enxergam os problemas da cidade e apenas tecem elogios ao Poder Executivo. Discursos que beiram a infantilidade e, para muitos, causam espécie. Em três meses já pode ser avaliada como a pior composição legislativa da história política da cidade. Para um experiente analista político da cidade, esse quadro ainda pode piorar muito.
BASTIDORES (I)
Muitos vereadores começam a enxergar que a embarcação na qual navegam pode fazer água a qualquer momento. Alguns já se preparam para pular fora, mesmo que isso custe alguns cargos na Prefeitura. Essa tem sido a conversa nos bastidores.
BASTIDORES (II)
“Quem quiser ter um futuro político não pode seguir com um governo descompromissado com a sociedade e que tem cometido erros inaceitáveis”, disse um dos parlamentares.
REQUERIMENTOS
O antes combativo vereador Marcinho da Serra parece ter deixado de lado esse comportamento para se transformar em mero requerente de informações à Prefeitura. Em todas as sessões se limita a apresentar requerimentos. Se alguns deles já foram respondidos, o parlamentar não trouxe a conhecimento público.
RISCO
O jornal já cobrou da Defesa Civil de Mairiporã a divulgação dos bairros cujas áreas são consideradas de risco. Até agora ninguém se mexeu e a informação continua desconhecida. Até para salvaguardar o órgão, no caso de ocorrências graves, essas localidades deveriam ser de conhecimento público. O que se pede ao governo municipal é transparência.
OSS
Em várias cidades da região as Organizações Sociais operam a área da Saúde, com excelência nos serviços. Em Mairiporã vigora o retrocesso. O prefeito insiste em não colocar o novo hospital em funcionamento e repete à exaustão que não há dinheiro. Enquanto isso a cidade sofre sem atendimento médico, sem remédios, sem equipamentos e por aí vai. Por que não entregar o novo hospital a uma OSS?
60 DIAS
Os funcionários da ativa da Prefeitura continuam sem receber o repasse da inflação de 6,29% (relativo a 2016) e os 4% restantes do repasse prometido em novembro do ano passado, com base na inflação de 2015. Amanhã, 1º de abril, completa 60 dias que o contracheque da categoria não traz o repasse.
FUNDO
O Fundo Social de Atibaia divulgou, através da imprensa daquela cidade, as doações que recebeu durante o primeiro bimestre deste ano, que englobam alimentos, roupas, brinquedos, móveis e outros itens. Em Mairiporã isso não é realizado e não é de hoje. Nada se sabe a esse respeito. Bons exemplos deveriam ser copiados.
CARAPUÇA
Uma frase do jornalista Ricardo Noblat, do jornal O Globo, ao se referir ao PT, é perfeita para muitos políticos locais: “Eles dizem o contrário do que pensam – logo, mentem. Seria grave. Ou eles de fato acreditam em tudo que dizem – o que seria muito mais grave”. Para muitos dos políticos mairiporanenses, a desconexão com a realidade é espantosa.
PROIBIDÃO
O Correio Juquery mudou de nome no interior do Palácio Tibiriçá. Agora se chama ‘Proibidão’, pois não pode circular pelas dependências do Paço por ordem expressa do prefeito Aiacyda. Coisa de ditador! Quem conhece a personalidade do chefe do Executivo nem se espanta mais. De todo modo, é bom que ele saiba que os funcionários continuam lendo o jornal logo que ele circula, e boa parte o faz através da internet. Essa atitude do alcaide é de uma burrice descomunal.
ZONA
Não é de hoje que a Zona Azul mais acarreta problemas do que soluções. E isso ocorre há mais de 15 anos. A atual gestão ainda não conseguiu retornar com a cobrança pelo estacionamento nas principais ruas da cidade. A alegação é que os talonários não foram entregues. Como foi dito tempos atrás, a Zona Azul em Mairiporã é uma verdadeira ‘zona’.
ÀS AVESSAS
A célebre frase do ex-presidente dos EUA, Thomas Jefferson, “Quando um homem assume uma função pública, deve considerar-se propriedade do público”, não vale em Mairiporã. Por aqui quem tem função pública se comporta como dono da cidade.