Coluna do Correio

FRASE

“Não me subestime pelo fato de eu ser quieto. Eu sei mais do que digo, penso mais do que falo e observo mais do que você imagina.” (Dito Popular)

 CARTILHA

A votação do projeto que permuta áreas na região central da cidade, entre a Prefeitura e um Posto de combustível, transcorreu sem sustos. A tropa de choque do prefeito Aiacyda rezou a cartilha e surpresa mesmo foi o voto contrário do vereador Essio Minozzi, em acordo com a oposição minoritária.

REGRA

Por falar no vereador Essio Minozzi, ele quebrou uma regra que existia na Câmara desde que aqui chegou Pedro Álvares Cabral. Os vereadores de Mairiporã, durante a discussão de projetos do prefeito, subiam à tribuna, desciam o pau na propositura, berravam aos quatro cantos e, na hora de votar, aprovavam. Desta vez com Essio foi diferente: uma vez na tribuna, para debater a permuta de áreas de interesse do prefeito, o edil teceu comentários favoráveis, mas na hora ‘H’ votou contra. Até que enfim uma mudança nos métodos legislativos. Pelo menos é um começo.

REPRESENTATIVIDADE

Difícil ou quase impossível imaginar que os vereadores alinhados com o prefeito possam mudar o comportamento adotado, especialmente diante da ‘generosidade’ do prefeito com o dinheiro público emk dar emprego a dezenas de cabos eleitorais dos vereadores. A oposição hoje tem 4 vereadores, mas apenas 3 na hora de votar, pois o presidente, que integra o grupo, não vota. A representatividade parece ter sido deixada do lado de fora da Câmara. O eleitor que não se faça de desentendido: esse pessoal vai bater na sua porta e pedir votos para seguir ganhando muito e defendendo os interesses exclusivos do Executivo.

DENÚNCIAS

A aprovação da permuta de áreas vai ser denunciada, segundo os vereadores da oposição, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado. O vereador Doriedson de Freitas, antes da votação, insistiu que a propositura, derrotada em plenário no ano passado, estava com vícios e em detrimento aos interesses da coletividade mairiporanense. Segundo ele, o prejuízo passa dos R$ 3 milhões. Sobre a área onde está o posto de gasolina, de propriedade da Prefeitura, o aluguel pago (na verdade depositado em juízo), é de R$ 149,00 por mês. Um vizinho do posto, pelo aluguel de um imóvel com área bem menor, paga R$ 6 mil de aluguel por um imóvel menor.

A GRIPE (I)

A divulgação feita por este jornal na semana passada, sobre os números da Campanha de Vacinação contra a Gripe, é inequívoca quanto a capacidade da Prefeitura em cooptar as pessoas que devem se proteger contra doenças. Mais uma vez Mairiporã não vai alcançar a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Em 2017 foram 61% e no ano passado, 63%. Faltando uma semana para o término da imunização, 45% haviam sido vacinados até o último domingo.

A GRIPE (II)

Os motivos para a baixa adesão a um assunto tão sério quanto a gripe são muitos, e certamente boa parcela de quem deveria receber a vacina está entre eles. Mas a Prefeitura não pode se eximir de sua responsabilidade. Ou faltou empenho ou faltou comunicação. A coisa é tão esquisita, que nem mesmo a Imprensa Oficial publica o número de vacinados. Não fosse o esforço da reportagem deste jornal, e não se saberia que a metade dos mairioporanenses que deve ser vacinada, não vai fazê-lo.

A GRIPE (III)

Sonegar informações e esconder os números (sempre foi assim em todos os governos de Aiacyda), é um prejuízo não ao jornal, como consta no editorial de hoje, mas à cidade, ao povo. Foi assim com a febre amarela e o que se viu foi uma mortandade nunca antes vista. Que o prefeito não gosta de leitura, não tem o hábito de ler, ignora a boa prática de se informar, é problema exclusivo dele. Mas não há, dentre seus secretários e assessores, alguém que o chame à razão? A informação sobre saúde é um direito de todos, não privilégio do prefeito.

BOQUINHA

O ex-prefeito de Franco da Rocha e pai do atual prefeito, senhor Mário Maurici de Lima Morais, do PT, arrumou uma boquinha na Assembleia Legislativa. Ele foi eleito nas eleições do ano passado, porém teve seu registro barrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Está lotado no gabinete da Primeira Secretaria da Casa, comandada pelo deputado Ênio Ttto, como assessor parlamentar, pela ‘mixaria’ de R$ 7,6 mil por mês.

EXEMPLO

A Câmara de Atibaia aprovou projeto de lei que permite a cassação dos alvarás de funcionamento de empresas e postos estabelecidos naquele município que revenderem combustíveis adulterados. A Prefeitura não só cassará o alvará, como enviará cópias do processo administrativo e respectivos documentos ao Ministério Público Estadual para providências legais cabíveis. Um bom exemplo para todas as cidades.

COMPLETA

Integrantes de inúmeros partidos que pretendem disputar as eleições do ano que vem têm se reunido quase que semanalmente. Os bastidores estão agitados com possíveis articulações. A maioria, no entanto, sabe que o sucesso depende muito de se ter um candidato ao cargo de prefeito, e a maioria pretende entrar na disputa com chapa completa. As ideologias, nessa hora, são deixadas de lado. Vale a conquista do poder.

BLOCOS

Depois que a oposição formou um bloco parlamentar na Câmara, os integrantes da tropa de choque do prefeito usaram do mesmo expediente, tudo em nome de maior tempo na tribuna. Trocado em miúdo: mais tempo para encher os ouvidos das pessoas de bobagens.