Coluna do Correio 27/4/2018

FRASE
“O PT é um partido de trabalhadores que não trabalham, estudantes que não estudam e intelectuais que não pensam.” (Roberto Campos, ex-ministro da Fazenda e diplomata)

PLANOS (I)
A implantação dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores públicos municipais continua esquecida. Pelo andar da carruagem, se depender da Prefeitura e do Sindicato da categoria, assim vai continuar. Uma vergonha! O prefeito já demonstrou, por diversas vezes, que tem pouco apreço pelo funcionalismo. Mais grave é o Sindicato silenciar sobre a questão e não defender os interesses dos seus associados. Se tem feito algo, deveria dar conhecimento público.

PLANOS (II)
Com essa má vontade de Prefeitura e Sindicato, Mairiporã é hoje uma das poucas cidades que oferecem salários indignos aos seus funcionários. Quando chegada a hora da aposentadoria, depois de mais de trinta anos de serviços prestados, é que a situação se torna mais grave: o salário vira praticamente esmola, exceto para meia-dúzia de privilegiados. Sem os planos, isso parece ad aeternum.
CRÍTICAS
Todos os segmentos da sociedade, sem exceção, tecem críticas ácidas acerca da administração de Antônio Aiacyda. O mais interessante nisso tudo é que encontrar alguém que tenha votado nele nas eleições de 2016 virou raridade. E ele venceu com mais de 23 mil votos naquela oportunidade.
CRÍTICAS (II)
No caso dos vereadores, são raríssimos são os que escapam das opiniões negativas. Raros mesmos. Os treze juntos, no entanto, tem um conceito muito além de ruim. Alguns dos adjetivos proferidos são impublicáveis.
PROMESSA
Político cumprir promessa é algo que transcende a compreensão humana. No final do ano passado, com aquele gestual histriônico, o vereador Carlos Augusto Forti prometeu, em tom de ameaça, encaminhar oito perguntas ao prefeito sobre o Hospital Anjo Gabriel. O faria na primeira sessão deste ano, após o recesso. Bombardeado por críticas vindas de vários segmentos da sociedade, a promessa foi esquecida. Dentre elas, a que serviu de tema para editorial deste semanário, em que o vereador foi instado a apresentar soluções para aquele próprio municipal, ao invés de justificar o inominável comportamento do prefeito em manter o local fechado. Ao que parece, num raro lapso de sensatez, deixou as perguntas de lado.
CONTRASSENSO
Explicar a cabeça do eleitor é algo que transcende o conhecimento humano. Em Mairiporã o partido com maior número de filiados é o PMDB. A distância para os outros é grande. Na hora de escolher prefeito e vereador, no entanto, se comporta como se fosse o menor deles. Não consegue eleger um mísero representante para a Câmara.
QUIETOS
A tucanada de Mairiporã está de bico fechando quando o assunto é eleição. Não se sabe até quando ficará assim. Agora com a denúncia contra Alckmin, que ainda pretende ser presidente, difícil imaginar qual será o rumo do PSDB. Fiel escudeiro do ex-governador, o prefeito Aiacyda ainda não veio a público dizer quem apoiará para o Governo do Estado. Em relação aos candidatos a deputado, seria prudente que o prefeito permanecesse de bico fechado, depois do vexame de 2014, quando arrumou mais de 4 mil votos para Fernando Capez e o que a cidade recebeu em troca foi a nomeação do próprio Aiacyda para um cargo mixuruca na Assembleia. Vergonhoso!
ENFORCANDO
Os próximos pontos facultativos nas repartições municipais, confirmados em decretos assinados pelo chefe do Executivo são o 1º de maio, terça-feira, Dia do Trabalho, e 1º de junho, uma sexta-feira, Corpus Crhisti. Ambos serão emendados. Há quem diga que esses feriados prolongados fazem bem ao município, pois a economia de gastos do Palácio Tibiriçá (Prefeitura e Câmara) é expressiva.
UM QUINTO
O dia 21 de abril nos remeteu a um dos motivos que levaram Tiradentes à forca, de acordo com a Coroa Portuguesa: a ‘derrama’, que era a cobrança de impostos considerada abusiva. Naqueles tempos Portugal ficava com um quinto dos ganhos da população. Se vivo fosse, Tiradentes é que pediria para ser enforcado diante dos impostos cobrados hoje: cada brasileiro trabalha 157 dias por ano só para quitar tributos.