Coluna do Correio

FRASE

“A política foi primeiro a arte de impedir as pessoas de se intrometerem naquilo que lhes diz respeito. Em época posterior, acrescentaram-lhe a arte de forçar as pessoas a decidir sobre o que não entendem.” (Paul Valéry, filósofo, escritor e poeta francês)

ESTAFETAS

Cumpridores de tarefas menos nobres que militam na oposição, também chamados de ‘estafetas’, se mostraram incomodados com a permanência do filho do ex-prefeito Aiacyda no partido que se aliou a outros três que vão dar apoio à reeleição de Aladim ao Paço Municipal. Quando a eleição de 2020 terminou, e exterminou o grupo, a ideia era caminhar juntos para 2024. Mas não foi o que ocorreu. Na hora de salvar a própria pele, não há acordo que resista. Muito menos ao tempo.

ÚTIL

Observadores atentos da cena política mairiporanense, avaliam que a permanência de um opositor dentro das hostes da situação, é o típico caso do inocente útil. Por outro lado, difícil acreditar que um dos mais ferrenhos integrantes da oposição teria a mínima condição de sonhar com a conquista de uma cadeira na Câmara, se mudasse de partido nesta altura do campeonato e continuasse na oposição.

ENXERGAR

Alguns outros integrantes, que até outro dia rezavam pela cartilha da oposição, ou o que sobrou dela, também deixaram de enxergar qualidades no principal nome da oposição ao Palácio Tibiriçá, e voltaram os olhos para as belezas da administração do prefeito Aladim. Nada como os interesses pessoais a sobrepujar os coletivos.

SONOLENTAS

As sessões do Legislativo nunca foram tão sonolentas como neste início de ano eleitoral. Atentos a possíveis eleitores, vereadores abriram as maletas de honrarias e estão distribuindo de modo farto aquela que um dia foi uma honraria meritória, ou seja, o título de Cidadão Mairiporanese. Os senhores edis resolveram homenagear aqueles que lhes podem ser úteis antes, durante e depois da eleição. Em bom português: esculhambaram com o pergaminho que torna ‘mairiporanense por adoção’ os que foram ‘agraciados’.

NA TERÇA

A sessão da Câmara de terça-feira (16) foi marcada pela votação de apenas um projeto, que denomina via pública. E só! Por outro lado, um projeto de lei instituindo o “Torneio Comércio e Indústria de Futsal” no município foi apresentado. Poder público instituindo campeonato de futsal? Por força dessa ‘lei’ será obrigatória a realização do certame? Empresas estariam sujeitas à participação? Mesmo que iniciativas da Prefeitura acerca do assunto sejam realizadas, isso nunca dependeu de lei alguma. Torneios, campeonatos e outras atividades esportivas, em qualquer lugar do mundo, são privadas, e não públicas. Mas…

LDO

Já que o assunto é Câmara, ela recebeu no decorrer desta semana o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, cuja principal finalidade é orientar a elaboração dos orçamentos fiscais e da seguridade social, e estimar investimentos. Trocando em miúdos, é um avant premiere daquilo que será a LOA (Lei Orçamentária Anual), que vai chegar ao Legislativo somente em setembro.

 

FAZ O ‘L’

De acordo com reportagem da agência Folhapress, divulgada por centenas de jornais no último final de semana, a Classe A, ou seja, os mais ricos, que somam apenas 4% dos domicílios brasileiros, abocanha 37,2% da renda. Na outra ponta, a classe D/E, que concentra a metade das famílias (49,4%), se apropria de apenas 22,1%. Segundo o texto, desta vez vão ser a classe A e, em menor grau a B, as maiores ganhadoras no governo Lula 3. Para esse resultado, soma-se uma conjuntura de taxas de juro elevadas, baixo dinamismo da economia e espaço limitado no orçamento público para a transferência de renda aos mais pobres. A estes, como se vê, restou apenas o ‘faz o L’.