Coluna do Correio

FRASE

“Este povo (o povo brasileiro) é o povo mais covarde, imbecil e subserviente do universo.” (Olavo de Carvalho, jornalista e ensaísta brasileiro)

 

BATE-BOCA (I)

Com a aproximação do ano eleitoral era esperado que os vereadores dessem início a bate-bocas durante as sessões. E a expectativa se confirmou terça-feira, entre o líder do prefeito, Gusto, e o vereador Doriedson. O que continua rendendo foi a votação do projeto, sem nenhuma informação detalhada, que autorizou o prefeito e emprestar R$ 10 milhões junto ao Banco do Brasil. Lá pelas tantas, o vereador Chinão Ruiz disse que votou com muita consciência, pois sabia de todos os detalhes. Acaso a população também não deveria saber antes de se decidir pela dívida que foi contratada? Nem ao menos os eleitores do vereador?

 

BATE-BOCA (II)

Se na hora do voto 9 contra 4 representa maioria, em plenário e nas denúncias parece que a matemática se inverte: 4 fazem mais barulho que 9. E isso deve ser recorrente de agora em diante, tudo em nome, pelo menos dos 13, da reeleição em 2020. Poucos vão voltar, é verdade, mas brigar até o último instante é imperioso.

 

RADICAL

A 11 meses do período de janela partidária, vereadores estudam com calma eventuais mudanças de sigla. A coluna apura que as baixas podem ser expressivas, com total esvaziamento de algumas delas, diminuição de outras e o surgimento de novas em plenário, com expectativa de que o PSL possa ter assento na Câmara.

 

CALCULADORA

Os vereadores que pretendem mudar de partido devem deixar de lado a arrogância de que sabem tudo, e procurar estrategistas que conhecem bem o que vem a ser coeficiente eleitoral. Na eleição de 2016 vários parlamentares mudaram de partido para ir às urnas e acabaram perdendo as cadeiras. Amadorismo nesse caso pode custar caro.

 

CONTRAFLUXO

A oposição com ampla maioria, que se principiou na segunda metade do ano passado, ficou restrita a quatro vereadores, e percebeu que a base do prefeito não está interessada em fiscalizar nada, muito menos problemas que deveriam ser expostos à população. Rever a estratégia é uma recomendação, assim como fazer barulho na imprensa e nas mídias sociais, junto ao Ministério Público e Tribunal de Contas.

 

E O MEU?

Numa pequena cidade deste mundão de meu Deus, vereadores são os responsáveis por fiscalizar o repasse de recursos municipais (dinheiro público) a instituições de caridade, sociais e filantrópicas, etc e tal. Claro que não fiscalizam nada. Chegaram ao absurdo de exigir um ‘mensalinho’ de quase R$ 5 mil cada, de uma delas. Essa é a gente que diz cuidar dos interesses públicos daquela pequena e pobre cidade.

 

DICIONÁRIO

Algum abençoado na Câmara pode, em nome da língua pátria, dar um dicionário de presente ao vereador Gusto, para que definitivamente saiba qual a diferença entre Câmara e Câmera. Embora ambos sejam substantivos femininos, Câmara é um recinto onde são realizadas reuniões ou atividades deliberativas, especialmente as relacionadas a funções legislativas ou judiciais. Câmera é máquina fotográfica, aparelho, geralmente portátil, usado para tirar fotografias. Câmera Municipal, vereador, é alguma máquina fotográfica que pode ser usada por todos os cidadãos?

 

FAKE

O líder do prefeito na Câmara, vereador Gusto, adquiriu o hábito de usar a tribuna para fazer ameaças a quem usa as redes sociais com fake News contra ele, e que já sabe quem são os autores. Pergunta: o que isso interessa à cidade. Se o vereador se sente agredido por fakes, que busque a Justiça. Tribuna na Câmara é para debater problemas do povo, do município, não fofocas de redes sociais.

 

PLANTÃO

O Cartório Eleitoral de Mairiporã, a exemplo de todos os demais do Estado de São Paulo, realiza plantão neste sábado, 13, para cadastrar biometricamente os eleitores, pois as eleições do ano que vem na cidade vão identificar os eleitores pelas impressões digitais. Quem também corre o risco de perder o título, por ter faltado nos três últimos pleitos, pode aproveitar o plantão para regularizar o documento. O expediente vai das 8h às 13 horas.

 

ESMOLA

Foi publicada na edição da Imprensa Oficial do dia 3 de abril, a sanção do prefeito ao reajuste miserável nos salários do funcionalismo público e dos aposentados do Instituto de Previdência do Município de Jaú (IPMJ). Os governos do prefeito Aiacyda se especializaram em conceder os menores percentuais, se comparados a outras cidades. O aumento foi de 3,89%, a título de reparação inflacionária. Sobre ganho real, o último foi concedido há 23 anos, pelo então prefeito Sarkis Tellian, que por sinal, foi um dos raros chefes do Executivo a respeitar e prestigiar o funcionalismo municipal.

 

O TIME

Pelo andar da carruagem o prefeito seguirá com os mesmos integrantes de seu primeiro escalão até o final do governo. Escalão que, diga-se de passagem, vai mal das pernas, salvo raríssimas exceções. Parece que a mudança ficou restrita mesmo à renúncia do filho do prefeito como titular da Secretaria de Obras. E ainda assim, porque se viu em situação difícil depois de denúncias de uso indevido de carro oficial pela esposa. O assunto, trazido para o mundo do futebol, geraria comentários que com esse time, a equipe corre sérios riscos de rebaixamento.

 

REPRESENTAÇÃO

Municípios começam a se preparar para a convocação das eleições do Conselho Tutelar, que serão realizadas em outubro deste ano. No pleito, são escolhidos os cinco conselheiros e os suplentes. A votação é aberta a todos os eleitores, porém não é obrigatória. O cargo oferece um salário de R$ 2 mil. Se a eleição é em outubro, os candidatos terão que, no final de junho, passar primeiramente por uma prova escrita. Os aprovados é que vão seguir adiante.

 

PARA FECHAR

Coloquei a frase de Olavo de Carvalho, o suposto Guru de Bolsonaro pai, na abertura da coluna, só para discordar dele. Ele é o que ele fala, porque também é parte do povo brasileiro. Mas olhando aqui para nós, mairiporanenses, começo a ficar em dúvida sobre sua afirmação.