Coluna do Correio

FRASE

“Escolher o adversário às vezes é muito mais importante que escolher o aliado.” (Tancredo Neves, ex-presidente da República)

BASTIDORES (I)

É intensa a movimentação nos bastidores da política local, visando as eleições de outubro deste ano. Com a janela partidária aberta, também conhecida como ‘livre troca-troca’ de vereadores, as legendas buscam alterar a composição legislativa que vigora desde 2021 e reforçar o quadro de candidatos. O MDB ressurgiu das cinzas e agora tem dois parlamentares, que desfalcaram o União Brasil e o PL. Outras trocas estão previstas para os próximos dias, lembrando que a mudança de sigla, sem o risco de perder o mandato, se encerra no dia 5 de abril. Até lá, reuniões, almoços, jantares e muitas promessas.

BASTIDORES (II)

Os partidos também precisam considerar que a montagem da chapa de candidatos a vereador e prefeito só será possível se, aqueles que vão se submeter às urnas, estiverem filiados também até 5 de abril. Portanto, não é só o troca-troca de vereadores que deve ser pautado.

MUDANÇA (I)

Ainda nos bastidores político-eleitoral, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) alinhou-se ao prefeito Aladim, e vai apoiá-lo nas eleições. Até outro dia, era a legenda comandada pelos correligionários do ex-prefeito Aiacyda.

MUDANÇA (II)

O PSB pode ter mudado de mãos, porém o filho do ex-prefeito, que anuncia aos quatro cantos que será candidato a vereador, disse a interlocutores que não vai deixar a agremiação. Se confirmado como postulante à Câmara, garante manter a neutralidade. Difícil imaginar como isso seria possível, inclusive garantir seu nome entre os 14 candidatos, mas em política…

CANDIDATO?

O único vereador do partido Rede na Câmara, Dori, estaria comentando aqui e ali que avalia seriamente a possibilidade de ser candidato a prefeito. Se confirmada a informação, a pergunta é: está havendo debandada do barco do pré-candidato do PL? A conferir!

BACIADA (I)

Ano eleitoral é um repetir de ações que chega a dar náuseas. E como cooptar votos é a tarefa que se impõe, o vereador Pastor Cícero não economizou na oferta de títulos de cidadania. A coisa foi de baciada. Na sessão da semana passada, entrou com três proposituras, concedendo a ‘honraria’ a um pastor, à mulher do pastor e a uma deputada estadual que no máximo pode ter ligeira impressão sobre onde se localiza Mairiporã.

BACIADA (II)

Dezenas de vezes já escrevemos que a concessão de título de cidadão, além de banalizada, se tornou uma esculhambação. O que deveria ser o reconhecimento da meritocracia do homenageado, por relevantes serviços prestados ao município, virou arma para conquistar votos. Tem político que foi agraciado com a cidadania mairiporanense e nunca veio buscá-lo; alguns até já morreram. De resto, tem de tudo, de líderes religiosos a amigos próximos, de correligionários a políticos das mais diferentes instâncias.

ACREDITE SE QUISER

Não se trata de perseguir quem quer que seja. Mas um vereador propor projeto de lei criando no município o “Dia do Corredor de Rua” ou é falta do que fazer ou é gozação com a cara do povo. A propositura constou do Expediente da 6ª sessão ordinária, realizada na terça-feira (12). Como tantas outras bobagens, se aprovada, vai fazer parte do Calendário Oficial do Município, onde já estão inscritas datas as mais absurdas e estapafúrdias.

VIGILÂNCIA

Fiscais da vigilância sanitária precisam intensificar as ações em vários estabelecimentos que comercializam alimentos, inclusive os açougues. Reclamações sobre produtos estragados ou vencidos nas prateleiras e balcões já começaram chegar na redação do Correio. Vamos prestar mais atenção e denunciar. Ninguém merece suportar os altos preços e levar produtos impróprios para consumo.

FOLCLORE POLÍTICO

A BOEMIA

O jornalista Cláudio Humberto, em seu livro “Poder Sem Pudor”, tem histórias sobre políticos e política aos borbotões. E relata uma sobre o presidente Lula e seu conhecimento dos amigos de boemia.

Conta a história que certo dia, Lula presidente, ouviu do deputado Luiz Antonio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo, que a sua candidatura a presidente da Câmara Federal era mesmo para valer. E disse isso com a garantia de que na noite anterior, havia fechado um acordo com o deputado Virgílio Guimarães, colega de partido do presidente.  Rápido no gatilho, Lula o interrompeu: “A que horas vocês fecharam esse acordo?” Fleury respondeu na bucha: “Uma e meia da manhã”. Com um sorriso maroto, Lula disse: “Ah, então foi mesmo o Virgílio!” Fleury nunca foi presidente da Câmara Federal.