FRASE
“O que o Congresso Nacional simula produzir é mais em função de interesses de grupos e de cobertura eleitoral do que do interesse efetivo da coletividade.” (Carlos Lacerda, político brasileiro)
COMEÇOU O BAILE
A dança das cadeiras e dos partidos políticos deu a largada nesta quinta-feira (7) e vai até 5 de abril. Nesse período, políticos com cargos eletivos (prefeitos e vereadores) podem mudar de partido sem correr o risco de perderem seus mandatos. Também é um período em que os líderes das agremiações buscam reunir filiados que pretendem disputar as eleições de outubro. Alguns partidos programaram reuniões para fazer dessa etapa eleitoral, uma festa.
FORA DO BAILE
Nenhum nome de vereadores foi divulgado ainda, sobre mais que provável mudança de sigla. Mas sabe-se que vários vão de mala e cuia para novo endereço, tudo em nome da reeleição, ou seja, diminuir os riscos de ficarem de fora do baile do próximo quadriênio. E pelo andar da carruagem, mais da metade deve perder a cadeira. É o que mostram projeções feitas nos últimos meses.
SECRETÁRIOS (I)
Do quadro atual de secretários municipais, do qual fazem parte três vereadores, apenas Valdeci América, da Pasta de Serviços Urbanos, deve buscar a reeleição para a Câmara de Vereadores. Reassume a sua cadeira no início de abril. Outros dois vereadores têm dito que desta vez vão continuar em suas secretarias, o que significa dizer que abrem espaço para os respectivos suplentes seguirem como titulares. Um deles é o secretário de Turismo e Esportes, Fernando Brandão. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece que os secretários devem afastar-se dos respectivos cargos seis meses antes do pleito. O prazo termina em abril.
SECRETÁRIOS (II)
Outros integrantes do primeiro escalão do governo Aladim já manifestaram interesse em disputar a eleição. Um deles é o secretário de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Pereira dos Santos. Neste caso, deixar o governo tem data limite de 6 de abril.
SECRETÁRIOS (III)
No caso específico do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Pereira dos Santos, ele foi nomeado, segundo publicação na Imprensa Oficial do Município, para acumular o cargo de titular da Secretaria de Desenvolvimento Social. Esse quadro momentâneo indica que o prefeito Aladim, em abril, vai ter que nomear dois secretários, um para cada pasta hoje ocupada por Eduardo dos Santos.
QUADRO
Apenas ao término da janela partidária, no dia 6 de abril, é que o quadro político-eleitoral estará definido. A partir de então, é esperar pelas convenções partidárias, que vão definir as candidaturas. No caso da Câmara Municipal, 13 cadeiras estarão em disputa, e cada partida poderá inscrever 14 candidatos, dos quais 30%, obrigatoriamente, será de mulheres.
ÚLTIMA
A movimentação no Congresso Nacional, neste momento, leva a acreditar que esta será a última eleição com direito à reeleição para cargos do Executivo (presidente da República, governadores e prefeitos). O assunto é polêmico, mas entre deputados e senadores o desejo é ampliar em um ano os mandatos (cinco anos) e encerrar a reeleição.
POLITICAGEM
O ente chamado ‘político’ não muda nem por decreto divino. Nas últimas semanas, o prefeito Aladim teve que se virar diante dos pedidos (muitos, quase uns 50) para dar nome de apadrinhados de vereadores e líderes partidários à Av. Boulevard. Uma vergonha! Cada qual sugerindo um nome. Por isso mesmo, segundo informações de bastidores, a nova via não vai ter nome de pessoas.
TERRENOS
A Prefeitura precisa apertar o cerco a proprietários de terrenos baldios por toda a cidade. São locais que acumulam todo tipo de lixo, além de oferecer condições ideais para criadouros do mosquito da dengue. A limpeza dessas áreas é fundamental neste momento crítico.
PROIBITIVOS
Quem ainda não pesquisou preços para a compra de ovos de chocolate, em comemoração à Páscoa, pode se preparar. Os valores são proibitivos. Há determinada marca que custa R$ 75,00, por míseras 250g. Ou seja, esse ovo, em particular, custa R$ 300,00 o quilo. O melhor é apelar para as caixas de bombons, que embora caras, vão pesar menos no bolso.
FOLCLORE POLÍTICO
O SECRETÁRIO
Um prefeito de uma pequena cidade das Minas Gerais, semanas antes da eleição para governador do Estado, anunciou aos quatro ventos que se o doutor Tancredo Neves fosse eleito, ele seria convidado para assumir uma das secretarias de Estado. E fez com que a informação chegasse a um maior número de cidades possível.
Terminada a eleição, Tancredo foi eleito governador e durante a comemoração da vitória, no diretório do partido, com gente saindo pelo ladrão, o prefeito não se fez de rogado e chegou até Tancredo e disse: “Governador, tá todo mundo dizendo que o senhor vai me convidar para ser titular de uma das secretarias de Estado. É voz corrente e se comenta em todas as cidades.”
Matreiro e mineiríssimo, Tancredo respondeu de bate-pronto: “meu caro amigo e prefeito, diga a todo mundo, que de fato eu o convidei para ser secretário, mas que pensando na sua cidade e região, você preferiu declinar do convite e seguir servindo a sua gente”.
O sonho de ser secretário foi enterrado antes mesmo da posse do doutor Tancredo.
