Coluna do Correio

FRASE

“Não mexa no meu silêncio se não puder lidar com o meu barulho.” (Dito Popular).

ATUAÇÃO

Desde que assumiu o cargo de vereador e levou pelo menos um ano para saber como a coisa funcionava, Doriedson de Freitas decidiu que o correto era defender os interesses não só daqueles que o elegeram, mas de toda a cidade. E assim tem feito desde janeiro deste ano. Na terça-feira, pediu que o prefeito envie cópia do contrato sobre o empréstimo que a Prefeitura tomou junto ao Banco do Brasil, de R$ 10 milhões. Até então, nenhum outro vereador se interessou em mostrar à cidade em que condições esse empréstimo foi feito. E não há que se elogiar o vereador. Ele apenas faz o que recomenda a liturgia do cargo, coisa que os demais ignoram, pelos mais inconfessáveis motivos.

DESPERDÍCIO

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) divulgou esta semana um estudo sobre obras em todas as cidades que estão paradas ou atrasadas. Mairiporã, claro, figura na lista, com um montante de R$ 3 milhões até aqui desperdiçados, em três obras. O TCE vai pra cima de todos os gestores e trará, a reboque, órgãos do Judiciário para acabar com essa bandalheira. São bilhões de reais na soma de todos os municípios.

ABRIR O BICO

O vereador Wilson Sorriso, em todas as sessões legislativas, fala alto e grosso, inclusive em tom de ameaça, que vai explodir algumas bombas contra o governo Aiacyda. Todas as terças-feiras, religiosamente. Só que até agora, excetuando-se o caso da nora do prefeito, nada mais foi ‘explodido’. Ou a coisa  ‘implodiu’? Por enquanto, muita conversa e nada de abrir o bico.

 

FIM DA MAMATA (I)

Os partidos de aluguel, que trocam suas comissões provisórias ao sabor do dinheiro que seus dirigentes recebem, acabam definitivamente em 29 de junho deste ano. Decisão do TSE, em consonância com a Constituição Federal, definiu essa data para que todos eles passem a ter Diretório (Nacional, Estadual e Municipal), cuja direção será eleita por seus filiados.

FIM DA MAMATA (II)

Em Mairiporã muitas siglas funcionam com comissões provisórias, que na última década tiveram um troca-troca indecente de dirigentes, por decisão das instâncias superiores. Não gostava de fulano e cicrano, destituía-se. O partido não ajudou determinados candidatos a deputado, troca sumária de comando. Em português bem castiço: quem oferecia mais dinheiro ficava com o partido.

FIM DA MAMATA (III)

Com a nova decisão, todas as agremiações, obrigatoriamente, vão ter que eleger Diretórios, principalmente nos municípios, o que inviabiliza o troca-troca de oportunistas e o aluguel de siglas durante campanhas eleitorais.

IRREGULARES

Dois dos principais partidos na cidade não aparecem como regulares no Tribunal Regional Eleitoral: o PSDB (do prefeito e dos vereadores Ricardo Barbosa, Marco Antônio e Tonhé) e o PSD (dos vereadores M. da Serra e Chinão Ruiz). O tucano está inativo (pelo menos na cidade) desde fevereiro deste ano. O PSD ainda não prestou contas da campanha de 2016 ou teria feito isso nos últimos dias.

BURAQUEIRA

A julgar pelo tema das indicações apresentadas todas as sessões pelos senhores edis, é de se acreditar que um sinônimo apropriado para Mairiporã seria ‘buraco’. Os pedidos são aos montes, acompanhados de outros para cascalhar as vias. E aí os problemas são dois: primeiro, a cidade vai ficar conhecida, além de ‘cemitério de automóveis’, como ‘município da buraqueira’. E segundo, fica evidenciado que o prefeito não dá a menor importância a esses pedidos. Tem rua com buraco esperando por solução há mais de duas décadas. Mas todos os anos têm direito há pelo menos uma indicação.

CHAMPIONS

A Prefeitura vai realizar pregão presencial no dia 12 de abril para contratar empresa especializada em prestação de serviços de arbitragem para apitar jogos de campeonatos que serão realizados este ano e também em 2020. Fica a expectativa para que o secretário da pasta, que coordenou os dois últimos certames há mais de seis anos (a competição está paralisada desde então), não repita o ‘modus operandi’ da UEFA, que inicia a Champions League num ano e termina no outro, usado pelo secretário. A torcida é para que o campeonato, ou campeonatos, tenham um mínimo de organização.

ANIVERSÁRIO

Mairiporã comemorou, no último dia 27 de março, 130 anos de emancipação política. Muito pouco a comemorar. A cidade não se desenvolve, a economia patina, os governantes são só políticos e não gestores, políticas públicas que não saem do papel e problemas que remontam décadas, em especial nas áreas da Saúde, Segurança, Mobilidade Urbana e emprego e renda. Aí é inevitável a pergunta: comemorar o quê? Para quem está no governo a cidade está às mil maravilhas. Pergunte ao povo se ele acha isso mesmo?

IMPOSTOS (I)

O peso dos impostos sobre a economia e o bolso do brasileiro subiu no ano passado. Em 2018 a carga tributária equivaleu a 33,58% do Produto Interno Bruto (PIB), que vem a ser a soma dos bens e serviços produzidos no País, segundo estimativa divulgada no último final de semana pelo Tesouro Nacional. Em 2017 a carga tributária, conforme a metodologia usada, tinha ficado em 32,62%. O indicador é o maior desde 2010, quando o órgão começou a calcular a estimativa. O número oficial da carga tributária só será calculado pela Receita Federal em outubro e divulgado próximo do fim do ano. No entanto, o Tesouro precisa fazer um cálculo preliminar em março para repassar os dados à Controladoria-Geral da União (CGU), que usa a carga tributária para avaliar as contas do presidente da República.

IMPOSTOS (II)

A carga tributária subiu nos três níveis de governo. No Governo Central passou de 22,13% para 22,66%. Nos estados, subiu de 8,42% para 8,65%. Nos municípios, aumentou de 2,06% para 2,27%. Na esfera federal os principais tributos que impulsionaram a carga tributária foram o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), com acréscimo de 0,23 ponto percentual; o Imposto de Renda Retido na Fonte, com impacto de 0,13 ponto percentual; e o Imposto sobre Importação, com efeito de 0,1 ponto percentual.

IMPOSTOS (III)

Nos estados a carga tributária foi influenciada pelo aumento das receitas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com 0,24 ponto percentual. Nos municípios, os principais responsáveis foram o Imposto sobre Serviços (ISS), 0,11 ponto; e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), com 0,08 ponto.