FRASE
“A ambição universal do homem é colher o que nunca plantou.” (Adam Smith, economista e filósofo escocês)
ELEIÇÕES (I)
Definida a Lei Eleitoral, cuja reforma tão decantada pelo Congresso Nacional não mudou muita coisa. As modificações mais importantes ficaram para as eleições de 2026, pois deveriam ser votadas até 6 de outubro para vigorar em 2024, devido ao princípio da anualidade.
ELEIÇÕES (II)
Os partidos locais estão muito lentos na movimentação para se organizar mirando 2024. Oficialmente, neste momento, apenas 8 legendas estão aptas a disputar as eleições. Além disso, há escassez de pré-candidatos a prefeito e vice. Há também especulações em torno de alguns nomes, cuja maioria já declinou de convites. O prefeito Aladim vai à reeleição e seu grupo já se movimenta conversando com lideranças populares e outros partidos.
ELEIÇÕES (III)
Em política não se desconsidera nada, nem as opções mais ridículas em termos de popularidade ou votos. Por isso, surgem nomes de pessoas, algumas conceituadas profissionalmente, que são anônimas, sem experiência e pedigree político. E aí mora o perigo. Mairiporã não pode dar passos atrás e trazer de volta grupos que se serviram do poder e colocaram a população em segundo plano. Inexperientes e politiqueiros manjados podem transformar a cidade numa catástrofe político-administrativa.
ELEIÇÕES (IV)
Alguns partidos e prováveis candidatos nas eleições do ano que vem sonharam que a Câmara Municipal, de última hora, pudesse aprovar um projeto que aumentasse o número de cadeiras, de 13 para 15. Não foi desta vez. O prazo para qualquer mudança acabou no último dia 6, ou seja, um ano antes da eleição, e quem entrar na disputa vai mesmo brigar por uma das 13 vagas. Há quem jure de mãos e pés juntos, que tem vereador, receoso de não ser reeleito, que também sonhava com a mudança.
MUITO ALTO
Estudo divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), do período entre maio/2022 e abril/2023, mostra que a Câmara de Mairiporã tem alto custo para sua manutenção. E a conta, claro, sobra para o cidadão, que já desembolsou R$ 103,23 cada um, para bancar despesas com pessoal e custeio. Na região, é o segundo município com custo per capita mais alto. No ano passado, essa despesa foi de R$ 91,49.
MUITO ALTO (II)
Analistas, diante desses números, ficaram a imaginar se a Câmara ainda dispusesse de um carro para cada vereador, com o respectivo motorista, combustível, três assessores por gabinete, um telefone celular corporativo, além de outras despesas que o próprio Tribunal de Contas cortou em 2017. Hoje, seria impagável. Ou seria dado aquele famoso jeitinho, cujo caminho os políticos conhecem como ninguém.
OPA, CHUVA?
Só quem conhece pode falar: o telhado da Câmara Municipal foi reformado mais ou menos umas dez vezes, nos últimos 15 anos, para reparar problemas com o escoamento das águas das chuvas. A cada intervenção, uma justificativa diferente. Há menos de um ano uma nova reforma foi feita. Mudou alguma coisa? Inacreditavelmente não! A chuva dos últimos dias molhou o plenário onde acontecem as sessões. E se tudo continuar como dantes, no quartel d’Abrantes, a chuva deverá ser motivo para uma nova reforma. O povo paga!
BURAQUEIRA
A rodovia Fernão Dias, no trecho entre Bragança Paulista e Guarulhos (com Atibaia e Mairiporã no meio) segue colecionando toda sorte de buracos e crateras, numa demonstração de falta de manutenção por parte da concessionária. Estrada que liga duas das principais capitais do País, São Paulo e Belo Horizonte, a Fernão Dias tem um movimento diário estimado de 200 mil veículos, que correm o risco de quebra do veículo, rodas danificadas e pneus furados. Pelo que se observa, a tendência é que a buraqueira aumente.
NOS CÉUS
Garantindo que já está refeito da cirurgia, o presidente Lula anunciou que vai viajar em novembro e dezembro. Vai estar na Arábia Saudita, para tratar de recursos para o PAC, em seguida chega a Dubai, para a COP 28 (que trata das mudanças climáticas e já em dezembro, na primeira semana, uma visita à Alemanha. Voar pelos céus do mundo parece ser a prioridade do presidente em seu terceiro mandato.
FOLCLORE POLÍTICO
OS CAFEZINHOS
Candidatos e respectivos cabos eleitorais têm que cumprir algumas regras que constam da cartilha eleitoral, principalmente quando o pleito é municipal. E devem ser seguidas à risca, custe o que custar. A mais celebrada delas é aquela em que o eleitor oferta comida ou cafezinho durante a conversa nas visitas domiciliares. E aí, ou engole, ou perde o voto.
Na eleição de 1996 em Mairiporã, um candidato a prefeito, que detestava café e até por questão de saúde deveria evitá-lo, transformou um de seus fiéis colaboradores em seu ‘representante’ na hora de consumir qualquer tipo de alimento. Numa dessas visitas, de família numerosa e importante no bairro, a conversa corria solta na sala e, na cozinha, a dona da casa preparava aquele cafezinho cujo cheiro podia ser sentido de longe. E caprichou, afinal, as visitas eram ilustres e, quem sabe, o futuro prefeito estava bem ali, no seu sofá.
Canecas fumegantes foram entregues ao candidato e seus assessores, e foi aí que se percebeu a dificuldade do prefeiturável em deglutir o cafezinho preparado com esmero. Entrou em cena a esperteza que é nata dos políticos: o candidato escalou seu colaborador para dar um jeito na situação, ou seja, engolir todos os cafés, sem dar na vista. Quando era para beber, o prefeiturável puxava conversa, desviava a atenção dos futuros eleitores e o cabo engolia rapidamente. Um outro assessor, na base da sacanagem, elogiou tanto o café, que a dona da casa voltou com mais um bule, que o colaborador se viu obrigado a tomar mais e mais.
Finda a visita, o resultado de tudo isso só poderia ser a internação do cabo eleitoral em um hospital, por intoxicação.