Coluna do Correio

FRASE

“Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem.” (Jean-Paul Sartre, filósofo e escritor francês)

FICOU MENOR

Reportagem publicada nesta edição, revela que o total de eleitores da cidade diminuiu 2% na comparação com 2020, quando foi realizada a eleição municipal. Uma diferença de 1.314 votos, que para um eleitorado de 62 mil, significa quase 2,5%, ou seja, um contingente considerado alto. De todo modo, os eleitores têm prazo até 9 de maio do próximo ano para regularizar a situação, seja ela qual for. Depois desse prazo, ficam de fora do processo de escolha de prefeito e vereadores em outubro de 2024.

REGRAS

Os vereadores, líderes partidários e os candidatos a vereador começaram a perder o sono desde já, com as novas regras eleitorais. Em Mairiporã, ao invés de 20 nomes por partido, apenas 14 poderão se inscrever em busca de uma das 13 cadeiras legislativas. E a situação fica ainda pior, quando se sabe que dos 14 nomes, 5 obrigatoriamente terão que ser de mulheres. Como não há coligação, as dificuldades ficam ainda maiores. Quem não conseguir montar uma chapa com candidatos bons de voto, pode ficar, como se diz na gíria política, ‘fora do baile’.

A DEDO

Essas alterações nas regras vão fazer com que os ‘donos’ dos partidos escolham a dedo aqueles que irão compor as chapas de candidatos a vereador. Se antes nomes que eram capazes de puxar 200 a 300 votos tinham preferência, agora o ‘sarrafo’ foi colocado mais alto, entre 400 e 500. É isso ou eleger representantes vai ser tarefa difícil.

TRASEIROS

Com o ano eleitoral às portas, seria interessante e faria bem ao município, que os senhores vereadores tirassem os respectivos traseiros das cadeiras e fossem atrás de recursos em São Paulo e Brasília. A ordem é se mexer e conquistar mais verbas, e ao mesmo tempo tentar melhorar a imagem que têm junto a sociedade mairiporanense, que é muito ruim.

MAIS DOIS

Durante os trabalhos legislativos de terça-feira (17), mais duas datas foram criadas no Calendário Oficial do Município. Repetição de temas classificados como perfumaria, de eventos sem nenhum interesse social e que vão ficar apenas no papel, como tantos outros.

RECURSOS

O governador Tarcísio de Freitas anunciou na segunda-feira, que a partir de 2024 vai liberar recursos maiores para a área da saúde a todos os 645 municípios. O aumento nesses repasses chegará a 85% em relação ao que foi liberado no ano em curso.

E O PISO? (I)

Sacanagem ou não, fato é que em milhares de cidades os enfermeiros não estão recebendo o piso aprovado pelo Congresso e sancionado pela Presidência da República. Toda sorte de desculpas estão sendo dadas, desde a falta de recursos, até a conversa de pagamento de forma proporcional e, por fim, as negativas na maior cara de pau. É preciso que as entidades de classe da categoria ingressem na Justiça para fazer valer os seus direitos. Essa situação, guardadas as devidas proporções, é como se os empresários decidissem pagar o salário mínimo, cada qual à sua maneira. Se salário mínimo é lei, piso da enfermagem também é.

E O PISO? (II)

Segundo informações prestadas pela Prefeitura, enfermeiros e técnicos de enfermagem que são funcionários públicos municipais estão recebendo o piso, e o mesmo acontece com a categoria que presta serviço para a OS que administra o Hospital Anjo Gabriel.

MÃO DO GATO

Tem político que costuma operar com a “mão do gato”, ou seja, faz fotos de problemas da cidade, critica e pede para terceiros postar nas redes sociais.

PROFESSORADO

Um perfil dos docentes que atuam para o aprendizado de 3,3 milhões de alunos da rede estadual foi divulgado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), no domingo (15), data em que se comemorou o Dia do  Professor. A pesquisa indicou que a média salarial na rede estadual é de R$ 5.707,05. Mais de um terço dos professores, precisamente 61.459 deles, têm entre 41 e 50 anos, e desses, 45.294 são mulheres e 16.165 são homens. Há, ainda, 563 professores da rede com mais de 70 anos de idade.

 

FOLCLORE POLÍTICO

O PALANQUE

Em bom período, São Paulo dividiu os eleitores entre Janistas e Ademaristas. Em todos os municípios paulistas, Mairiporã incluída na lista, também tinha janistas e ademaristas que travavam acaloradas discussões que praticamente dividia a cidade. Dentre os muitos episódios folclóricos interior afora, está um que ocorreu na cidade de Mogi Guaçu, durante uma campanha eleitoral. Diz a história que num comício na referida cidade, Adhemar de Barros discursou de maneira bastante agressiva, quando se referiu ao seu oponente: “Entre as várias obras que fiz em São Paulo está o hospital de loucos. Infelizmente, não foi possível internar todos. Um desses loucos escapou e fará comício nesta praça, amanhã”. Informado por jornalistas sobre o discurso de seu desafeto, logo que chegou à cidade, Jânio Quadros deu o troco à altura: “Quando fui governador de São Paulo, construí várias penitenciárias, mas não foi possível trancafiar todos os ladrões. Um escapou e fez comício, aqui mesmo nesta praça, ontem”.