Coluna do Correio

FRASE

“Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou.” (Magalhães Pinto, político e ex-governador de Minas Gerais)

NA CONTRAMÃO

Diferentemente do que ocorre na maioria dos legislativos municipais, o de Mairiporã segue omitindo a publicação da pauta das sessões com pelo menos um dia de antecedência. Mais um reflexo da velha prática de esperar até a última hora para incluir na Ordem do Dia indicações, requerimentos, moções e projetos. Enquanto em outras cidades a sociedade sabe de véspera o que será discutido e votado, em Mairiporã os vereadores preferem publicar a pauta no site oficial da Câmara depois da sessão já iniciada, ou mesmo depois de encerrada. É preciso rever esse modus operandi, afinal, a população deve estar bem informada, já que é ela que banca os gastos expressivos da Casa de Leis local.

GASTOS

E já que o assunto é gastos, a Câmara de Vereadores de Mairiporã, findo o período mais intenso da pandemia da Covid-19, voltou a gastar à larga no ano passado. O custo do parlamento local em 2022 foi de R$ 9,4 milhões, aumento de 16% na comparação com 2021, quando foram consumidos R$ 7,9 milhões. Cada cidadão mairiporanense dispendeu R$ 91,49 para manter o Legislativo. A lembrar que a partir de janeiro de 2025, cada vereador vai receber como subsídio (salário), mais de R$ 12 mil.

MUDANÇA

Os prefeitos paulistas, notadamente aqueles que pertencem ao PSDB, estão sendo sondados para trocar de partido. Isso tem a ver com um provável projeto do governador Tarcísio de Freitas em disputar a eleição presidencial de 2026. O maestro dessa operação seria o secretário Gilberto Kassab, do PSD, mas com caminho livre para o Republicanos, partido do governador, cujo crescimento em São Paulo tem nome: Marcos Pereira, presidente nacional da sigla. Bom lembrar que movimento semelhante aconteceu durante a gestão João Dória, quando ele sonhava em trocar o Palácio dos Bandeirantes pelo Palácio do Planalto.

COMEÇOU

O processo pedindo a cassação do vereador Sargento Rubão teve início na Câmara. Ainda muito no começo, mas começou a andar. A instalação da comissão processante foi aprovada pelos demais vereadores, em março. O primeiro passo é ouvir o ouvir o parlamentar e as testemunhas que indicou.

AS VIÚVAS

Como diz Fausto Silva, as redes sociais são o “penico do mundo”. E as ‘viúvas’ apeadas do poder, a maioria sem a boquinha do dinheiro público, também conhecido como cargo em comissão, fizeram comentários sobre o levantamento realizado por este jornal, na avaliação da sociedade mairiporanense em relação ao governo municipal, ao desempenho do prefeito Aladim. Claro que a derretida oposição se manifestou de forma a duvidar do levantamento feito, assim como fizeram quando da divulgação, também feita por este jornal, da pesquisa de intenção de voto para prefeito em 2020. Abertas as urnas, a pesquisa estava 100% correta. O que poucos ainda não entenderam, é que o jornalismo feito pelo Correio é sério, tem credibilidade, é o porta-voz das aspirações do povo. Vai demorar, mas as viúvas vão acabar dando o braço a torcer.

NOVO ENDEREÇO

No próximo dia 4 de maio será inaugurada a nova sede do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Comarca de Mairiporã. Passará a funcionar na Alameda Tibiriçá, 1.103. O ato solene está previsto para às 10 horas.

TÉCNICO

O governador Tarcísio de Freitas tem visitado cidades do interior do Estado, o que anima os prefeitos em relação a recursos que possam ser liberados. Ninguém discorda de que o governador tem perfil mais técnico do que político, o que lhe garante, num primeiro momento, certa tranquilidade. Se não faz o gênero populista, nada impede que isso mude, afinal, está no meio político e vai precisar, em algum momento, agregar mais em seu entorno. Especialmente os políticos considerados mais conservadores, notadamente maioria nas cidades interioranas.

DINHEIRO

A busca incessante por dinheiro tem levado algumas cidades a criar loterias municipais. Em algumas a coisa já está adiantada, em outras, em compasso de espera. O raciocínio da prefeitada tem até certa lógica: se a União e Estados podem ter, por que não os municípios? Agora é esperar para e conferir se, uma vez implantada, terá a receptividade esperada.