Coluna do Correio

FRASE

“Os loucos às vezes se curam, os imbecis nunca.” (Oscar Wilde, escritor e dramaturgo irlandês)

CARNAVAL (I)

Dizem os entendidos que dependendo do grau ou do volume de vaias, ela é consagradora. Nessa linha, duas funcionárias comissionadas da Prefeitura, que fizeram uso do microfone durante as comemorações do Carnaval em Mairiporã, para com exclusividade puxar o saco do prefeito, estão na crista da onda. Ambas foram vaiadas estrepitosamente no espaço de eventos Paulo Serralvo durante apresentação dos blocos. Mas vaias ensurdecedoras, que nem Dilma Rousseff, nos seus piores dias, ouviu. Claro que diante de uma cena tão avassaladora, o burgomestre se fingiu de morto e sumiu do local.

CARNAVAL (II)

A enxurrada de críticas ao prefeito durante os dias de Carnaval, jamais foi vista com tanta intensidade em festejos populares na cidade. Fruto de seu (des)governo, da arrogância com que trata munícipes e funcionários e da falta de jogo de cintura. Se até então podia ser considerado um entendido em política, agora nem isso. O povo deu demonstração inequívoca de que cansou, que não quer mais do mesmo, que já chega do clã Aiacyda no poder.

CARNAVAL (III)

Alguns fieis escudeiros do alcaide (vereadores e funcionários comissionados) também não foram poupados das críticas e receberam insultos considerados impublicáveis, mesmo nestes tempos de redes antissociais. Aliás, é de se estranhar que nem o Ministério Público, nem o Tribunal de Contas do Estado tenham se manifestado sobre essa farra de comissionados mamando nas tetas do erário municipal.

CARNAVAL (IV)

A maioria dos parlamentos municipais que semanalmente realizam sessões às terças-feiras, mudou o dia por conta do Carnaval. Mas logo para o dia seguinte. Em Mairiporã a coisa não funciona desse jeito. A sessão da semana carnavalesca vai ser a primeira da próxima semana, que por sua vez será a segunda, no mesmo dia. E claro, em ritmo de festa.

BOMBA

Comentários nos corredores da Câmara apontam que vem mais ‘bomba’ por aí, a ser detonada pelo vereador Wilson Sorriso, em relação a alguns funcionários comissionados e, dentre eles, o motorista cuja cabeça está a prêmio. Se o prefeito ainda tiver um mínimo de discernimento, deve demiti-lo. Não só em nome da moralidade pública, mas pelo mínimo de sobrevivência política.

CONVENÇÃO

Embora ainda se discuta em nível regional a saída dos tucanos considerados ‘traidores’, por conta das eleições de 2016, em Mairiporã o ninho ainda permanece sob o comando da família Aiacyda. Convenção realizada dias atrás alçou à condição de presidente da sigla, segundo informações oficiosas, o genro do prefeito. Aquele mesmo.

MAIS GRANA

Na rádio peão da Câmara a conversa é que a construção de um telhadinho e um muro no corredor de acesso ao plenário do Legislativo, orçado em R$ 205 mil, já recebeu pedido de aditamento de R$ 30 mil. Os cofres públicos são mais que mãe para políticos. Se verdadeira a informação, isso já é caso de polícia!

TELHADINHO

Seria prudente que alguma autoridade vistoriasse não só essa obra, mas todo o processo de contratação da empresa, valores, etc e tal, pois há muito caroço nesse angu. Acaso a Câmara não tem melhor destinação para mais de R$ 200 mil. Antigamente era o ‘telhadão’, refeito mais de ‘mil vezes’. Agora é essa história do telhadinho. E de telha em telha, a conta é o povo quem paga.

DIFICULDADES

Se o governo municipal não mudar a postura e a forma de administrar a cidade, o que está ruim vai ficar ainda pior. Os próprios vereadores disseram em sessão que mais da metade da cidade não paga IPTU. Isso deve crescer este ano, mas não se pode esquecer que o próprio governo é o garoto-propaganda e grande incentivador da inadimplência.

LEMBRANÇA

Agradecemos aos anunciantes, leitores e amigos deste jornal pela lembrança do aniversário de 15 anos do Correio, comemorados no último dia 1º. Foram centenas de mensagens, muitas de incentivo, a continuar na difícil tarefa de registrar a história de Mairiporã e defender os interesses da coletividade.

NÚMERO DE PALAVRAS

Do blog de Joaquim de Paula: Mais em número de palavras. Veja só a pérola publicada no Diário Oficial da União, edição de 1º de fevereiro, página 74. A publicação divulga a nomeação de Eduardo Celino para exercer as funções de “coordenador da Coordenação-Geral de Registro Empresarial e Integração da Subsecretaria de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato da Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia”. São 42 palavras que contêm a proeza de não conseguir explicar, afinal, o que é que o abençoado Celino vai fazer.

EXEMPLO

Essa prática, tomada como exemplo, vem de cima para baixo, ou seja, também se registra em todas as esferas governamentais, inclusive prefeituras, em que há nomenclaturas de cargos também ininteligíveis. Tudo para acomodar honoráveis vagabundos.