Coluna do Correio

FRASE

“Pior que o político corrupto é o puxa saco de politico na busca por uma boquinha.” (Lucas Filipe de Souza Barbosa)

 

INSUSTENTÁVEL

A tropa de choque do prefeito na Câmara, formada por 9 vereadores, dá demonstrações de que alguns podem desertar a qualquer momento. Nem o compadrio entre eles, com direito a cabos eleitorais na folha de pagamento da Prefeitura, resiste às bobagens em profusão que o Executivo tem produzido nos últimos tempos. Toda semana tem uma, e de grandes proporções. Segundo um desses ‘soldados de Aiacyda’, a situação está insustentável e muitas das acusações são indefensáveis.

CHAPA BRANCA

O vereador Wilson Sorriso, com direito a foto, denunciou que a nora do prefeito, que vem a ser esposa do secretário de Obras e, portanto, filho do alcaide, estaria se valendo de carro oficial (com motorista e combustível pagos pelo contribuinte) para uso pessoal. E destacou que o motorista em questão também é funcionário, comissionado. A que ponto chegou este governo!

CAMPANHA

O mesmo vereador está convidando todos os segmentos da sociedade a participar de uma reunião, em março, na Câmara, para consulta pública sobre projeto de lei de sua autoria, sobre nepotismo. O parlamentar é um crítico ferrenho da situação que impera no Palácio Tibiriçá, onde estão esposa e filho do prefeito em cargos no primeiro escalão.

PERSEGUIÇÃO

Que os vereadores têm cabos eleitorais e apadrinhados no quadro de servidores da Prefeitura, todo mundo sabe. Que isto custa uma fortuna ao bolso dos cidadãos, também é fato público. Mas o presidente da Câmara, Ricardo Barbosa, e o vereador C.A. Forti, líder do prefeito, numa daquelas discussões inócuas, acabaram por confirmar essa prática lesiva aos interesses da cidade. O presidente reclamou que o prefeito demitiu alguns comissionados que, segundo ele, trabalhavam. Ou seja, tem muito comissionado que além de não fazer nada, ganha bem. Foi o que se depreendeu da discussão.

SEM FOGO

A escolha do primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara, feita em razão da saída do vereador Ricardo Vieira, que voltou à suplência, deixou patente que o presidente Ricardo Barbosa não tem nenhum poder de fogo. Seu grupo de 9, em dezembro, que o elegeu, virou fumaça. Agora tem só quatro, mas há que se louvar a qualidade do quarteto.

O ESCOLHIDO

Sobre a eleição do vereador Tonhé para a primeira secretaria da Mesa, Doriedson Freitas disse que o processo foi errado, pois o escolhido saiu de dentro do gabinete do prefeito. Os votos que obteve em plenário foram apenas consequência do que foi acertado no andar de baixo do Palácio Tibiriçá, ou seja, mero referendo.

SUPLÊNCIA

Depois de dois mandatos como vereador eleito, Ricardo Vieira deixou a Câmara e voltou à suplência, motivada pelo retorno do titular Essio Minozzi Júnior, que depois de dois anos à frente da Secretaria da Educação preferiu voltar ao parlamento. Pessoas que conhecem Vieira disseram que ele deve desistir da carreira política.

EXEMPLO

Ao adotar um comportamento crítico em relação a tudo aquilo que de errado acontece no governo municipal, o vereador Doriedson de Freitas demonstra equilíbrio, sobriedade e o desejo incontestável de trabalhar pela cidade. E não se valer dela, como muitos fazem. E deixou isso claro na terça-feira desta semana, ao dizer que não tem qualquer preocupação se será ou não reeleito. Um exemplo, pena que raro num pomar com maioria de frutas podres.

BRAVATA

Durante os trabalhos legislativos desta semana, um vereador, craque em bravatas, disse que se for xingado, acusado ou adjetivado de forma que ele considere pejorativa nas redes sociais, vai processar. Bem próprio. Tem experiência em processos e Fórum.

COMO ASSIM?

Ao saudar o retorno de Essio Minozzi à Câmara, o vereador Ricardo Ruiz produziu uma das muitas pérolas que nossos intrépidos vereadores são mestres. Disse que Essio, como secretário da Educação, “deu passos pequenos, mas com grandes dimensões”. Êpa!

SUCESSÃO (I)

O burburinho político é intenso e o clima neste ano pré-eleitoral vai ficar ainda mais tenso com o passar do tempo. Nas últimas semanas muito se tem dito sobre prováveis candidaturas a prefeito e dois nomes, segundo a rádio peão instalada no Paço, aparecem com frequência: o do major Paulo Sérgio da Silva, subcomandante do 26º Batalhão da PM, e do empresário Marcio Lessa.

SUCESSÃO (II)

Não menos comentado o nome do ex-deputado (a partir de março) Celino Cardoso, que sairia pelo PSDB, de mais um, do DEM, além, claro, do ex-vereador Aladim. Com base na avaliação dos primeiros dois anos de atuação na Câmara, dificilmente vereadores irão se aventurar na disputa pelo Executivo.

FRASE

Mais uma vez a frase que abre esta coluna serve para adjetivar muitos parlamentos municipais. E tem incrível verossimilhança com um que a população conhece a sobejo.