Coluna do Correio 16/2/2018

FRASE
“A democracia é apenas a substituição de alguns corruptos por muitos incompetentes.” (George Bernard Shaw, dramaturgo e jornalista irlandês)

ELEIÇÕES
Um grupo de políticos e empresários da cidade está se articulando com vistas às eleições de 2020. A ideia, segundo informações de bastidores, é agrupar várias forças políticas para lançar um nome de consenso à sucessão municipal. Nome que tenha credibilidade e que contemple os anseios da sociedade na solução de problemas considerados insolúveis, diante da inércia e incompetência dos que passaram pelo Palácio Tibiriçá. O nome, segundo ainda os comentários, não tem o perfil do político tradicional. Na tal articulação há representantes da Serra da Cantareira, Terra Preta, Jardim Fernão Dias, Núcleo Residencial da Sabesp, Rio Abaixo e Rio Acima e da região central da cidade. Mais não foi divulgado.

PROMESSAS
Muitas promessas foram feitas pelo prefeito Aiacyda durante a campanha eleitoral, mas deletadas logo após a vitória. Na área da Saúde, que continua um caos na cidade, o então candidato havia prometido construir uma UPA na área contígua ao Hospital e Maternidade Mairiporã. É evidente que não vai construir nada, até porque a cidade tem um ‘elefante branco’ no Jardim Odorico, também conhecido por Hospital Anjo Gabriel, que custou R$ 9 milhões aos cofres públicos e não foi colocado em funcionamento. Essa foi apenas uma das incontáveis promessas do tucano.
VERGONHOSO
O governo Aiacyda tem divulgado, como se tivesse descoberto a pólvora, a reforma do ‘novo’ Centro Educacional. Uma vergonha! Gastou-se uma fortuna naquele próprio e puxa sacos ainda têm a cara de pau de posar para fotos como se fosse um feito extraordinário. Por falar em Centro Educacional, em que estágio está a Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público, em que o promotor pede a devolução de R$ 800 mil do prefeito por conta de supostas irregularidades cometidas por ele e pela empresa construtora, em 2008?
ECONOMIA
A Câmara de Vereadores reabriu expediente na quinta-feira, 15, depois da paralisação em virtude dos festejos de Momo. Com o prédio fechado, a economia com gastos com água, luz, telefone, cafezinho, material de limpeza, material de consumo e combustível foi considerável.
DESCALABRO
A cidade de São José dos Campos tem uma população de 703.219 habitantes e um parque industrial entre os maiores do País. Mairiporã tem 95.601 habitantes, ou seja, sete vezes menos. Mas em se tratando do cargo de secretário municipal, a coisa, para espanto geral, é quase a mesma. Até a semana passada, um secretário em São José dos Campos recebia R$ 11.226.23. Em Mairiporã, desde janeiro, um secretário recebe R$ 12.087,95. Depois de muito alvoroço, os vereadores de São José aumentaram os vencimentos dos secretários para R$ 13.369,32. Não é uma beleza trabalhar na Prefeitura de Mairiporã? Melhor ainda é ser secretário adjunto (com menos responsabilidades) e receber R$ 10.500,00.
VISITAS
O amigo leitor, e principalmente o eleitor, se prepare. Vereadores e o prefeito devem realizar visitas aos bairros acompanhados de candidatos a deputado para pedir voto. E, mesmo diante dos descalabros que acontecem hoje no País, não vão demonstrar qualquer constrangimento. Seria o cúmulo o prefeito pedir votos a quem quer que seja, depois do apoio que deu em 2014 ao deputado Fernando Capez (denunciando no escândalo da merenda). A única coisa que o parlamentar fez pela cidade, depois de empossado, foi dar uma ‘boquinha’ a Aiacyda em seu gabinete na Assembleia.
FERRAMENTAS
O prefeito Aiacyda parece que abriu a sua ‘caixa de ferramentas’ e ingressou no Judiciário com uma ação contra um conhecido e habitual frequentador do facebook. E pediu indenização por danos morais no valor de R$ 93 mil. A ambos, o velho e sábio ditado: “quem com ferro fere, com ferro será ferido”.
PORCALHÕES
O Carnaval deste ano em Mairiporã foi marcado pelo comportamento de muitos foliões, ops!, porcalhões. Transformaram inúmeras ruas do centro em banheiro público. A cada manhã entre o sábado e a terça-feira de Carnaval, o cheiro de urina era insuportável. Além da falta de educação desses porcalhões, a Prefeitura deu a sua contribuição ao colocar, nos locais de concentração dos blocos, dois, isso mesmo, dois banheiros químicos, para centenas de pessoas. Isso é o que se pode chamar de ‘profissionalismo’ do responsável pela festa, que não usou seus amplos conhecimentos de técnico em contabilidade para solucionar a equação banheiros/foliões.
A PRÓXIMA
A cada nova composição legislativa na Câmara local uma frase do ex-deputado Ulysses Guimarães é sempre lembrada: “Você acha que a Câmara é ruim? Espere a próxima.” Por enquanto, a atual é de longe a pior de todas.