Coluna do Correio

FRASE

“O melhor programa econômico de governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem.” (Irineu Evangelista de Sousa, o Visconde de Mauá)

CEI (I)

Depois de muitas CEIs criadas e concluídas no governo passado, que não deram em nada, uma nova foi proposta na sessão de terça-feira desta semana. A justificativa, agora, é que denúncias apontam para a existência de irregularidades no Empreendimento Canaã, em Terra Preta, com unidades vendidas, alugadas, cedidas ou desocupadas. Segundo o autor da propositura, são inúmeros os contratos de gaveta, ou seja, quem comprou através de financiamento da Caixa já repassou o apartamento para terceiros. E a pergunta que não quer calar: o que podem fazer os vereadores, através de uma CEI, sobre o problema? Que poderes tem o Legislativo para resolver a questão? A respota é simples: não podem fazer absolutamente nada, a não ser elaborar mais um documento para envio ao Ministério Público. E é bom frisar: o MP já tem uma montanha de CEIs enviadas pelos vereadores, sem nenhum resultado prático até agora. Questões de interesse de toda a colatividade mairiporanense, que as CEIs concluíram como lesivas aos cofres públicos, seguem sem solução e nenhum dos responsáveis punidos. E essa do Canaã, que diz respeito apenas a quem comprou apartamento e quem financiou (a Caixa), vai pelo mesmo caminho.

CEI (II)

Ulysses Guimarães, um dos maiores políticos deste País, usando o linguajar político, disse certa vez: “Sabe-se que a maioria das CPIs desgastam os poderes, consomem recursos, geram conflitos e à vezes até negócios nada republicamos – e acabam em pizza”. Igualzinho as CEIs de Mairiporã.

 

A REUNIÃO

Secretários municipais e vereadores estiveram reunidos, por solicitação dos senhores edis, para falar sobre os planos do governo para os próximos 100 dias. Quem solicitou o encontro, acredite o leitor, não deu as caras, assim como outros dois parlamentares. Essa prática não é nova em Mairiporã, como também não é aquela em que o candidato disputa a eleição por uma determinada coligação e, uma vez eleito, vira oposição. O importante é que todas as informações e explicações foram dadas, o que não chega a ser garantia de que comentários descabidos e cobranças indevidas não serão feitas da tribuna da Câmara.

UNIÃO BRASIL

Com a fusão dos partidos DEM e PSL, o novo União Brasil tem garantida uma cadeira em Mairiporã. Ela pertence ao atual secretário de Turismo, Fernando Brandão. O PSL não tem representante no Legislativo.

ELEIÇÕES (I)

As viúvas do ex-prefeito Aiacyda já ensaiam sair do ostracismo em que se encontram, para participar das eleições deste ano. Bom lembrar que a oposição em Mairiporã derreteu em 2020. A busca por espaço se dará através de candidatos a deputado, que pretendem enfiar goela abaixo do eleitorado local.

ELEIÇÕES (II)

Os estrategistas que pretendem apoiar nomes que ajudam e ajudaram Mairiporã, através do envio de verbas de emendas parlamentares, precisam estudar as eleições em todas as suas nuances, pois o prenúncio é de uma ausência (abstenção) maçiça de eleitores. Especilistas chegam mesmo a dizer que, no caso de Mairiporã, a perda de votos (abstenções + brancos + nulos) pode chegar a 50% do colégio eleitoral. Outra questão importante: os 63.775 aptos a votar em 2020, viraram 53.769. Ou seja, mais de 10 mil títulos foram suspensos ou cancelados.

ELEIÇÕES (III)

O Brasil está vivendo um momento de incertezas. Ao mesmo tempo em que afunda com a inflação alta, juros exorbitantes, se complica no combate a pandemia e os pré-candidatos a presidente sapateiam na desgraça do povo que a cada dia está mais desempregado e com fome.

ELEIÇÕES (IV)

A movimentação política mirando as eleições de outubro já é intensa em todo o País. Para todos os cargos (de presidente a deputado estadual) a correria já começou. A tal campanha antecipada, proibida pela Lei Eleitoral, está na rua desde o ano passado, quando os institutos de pesquisa começaram a avaliar as possíveis candidaturas para presidente, governador e senador. Rádios e TVs começaram a entrevistar pré-candidatos, o que não deixa de ser uma publicidade antecipada deles e das propostas. Na esteira dessa movimentação, as forças opositoras de candidaturas começam a produzir material que possa sugerir ataques e destruir a imagem de candidatos. É importante o eleitor ficar atento às notícias que envolvem nomes de candidatos a eleição ou reeleição, para não cair na enganação e na hora do voto cometer injustiça e trair sua própria vontade.

POLITICA (I)

A crise política já era anunciada no início do governo Bolsonaro. Ele mesmo profetizou que as esquerdas não lhe dariam sossego. A esquerda está no seu papel político. Não fosse tanta trapalhada política dos Bolsonaros, do Congresso Nacional e até do Judiciário, talvez a situação não estivesse tão grave. O Congresso Nacional aprovou R$ 5,7 bilhões para os partidos distribuírem entre si e gastar nas eleições deste ano. Dinheiro público que despreza a miséria e a fome de milhões de famílias, criadas e alimentadas pelo desgoverno e indiferença dos Três Poderes.

POLÍTICA (II)

Os partidos buscam candidatos e alianças, não preocupados com o Brasil mas, em primeira instância, preocupados com a maior fatia do Fundo Partidário. O desemprego, a fome, a pandemia e a inflação fazem parte do cardápio de discurso de todos os candidatos. E essa ladainha vai encher o saco dos brasileiros, mais ainda quando começar o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV.

POLÍTICA (III)

E para fechar esse teatro de horrores, podemos ter na disputa para presidência da República um candidato condenado e preso por corrupção e depois anistiado pelo Supremo, contra o mesmo juiz que o interrogou, julgou e o condenou. O povo brasileiro merece isso?