Coluna do Correio 13/10/2017

FRASE
“Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocamos nela corre por nossa conta.” (Chico Xavier, expoente do espiritismo brasileiro)

NEPOTISMO
O Judiciário de Mairiporã entendeu que não há nepotismo no governo municipal, diante das nomeações da esposa e filho do prefeito Aiacyda como secretários. De acordo com a decisão do juiz, a súmula vinculante do Supremo tem mais de uma interpretação e, uma delas, considera que agente político não é cargo administrativo, portanto as nomeações são legais. Importante destacar que mesmo com diferentes posicionamentos dos senhores ministros do Supremo, 98% dos parentes que foram premiados com cargos em Prefeituras por todo o País foram exonerados. Mairiporã entendeu diferente e o prefeito certamente comemora estar dentro daqueles 2% de municípios onde a parentada recebe polpudos salários. Pode ser legal, mas é imoral!

INTERPRETAÇÕES
Na mais alta Corte do País, diz-se com frequência, que o excesso de interpretações às leis é um dos entraves que precisam ser vencidos. Diariamente o Judiciário toma decisões que embaralham o arcabouço jurídico e confundem a cabeça do cidadão. Exemplos em tempos de lava-jato e outras operações não faltam: um juiz manda prender, outro manda soltar, depois prende de novo (que o diga o médico Roger Abdelmassih) e por aí vai. Como entender? Ou a lei é clara ou vamos viver de interpretações ao sabor do vento.
AS LEIS
Sobre esse tema, o ministro Gilmar Mendes disse, dentre tantas frases lapidares: “Essa lei foi tão mal feita, que parecia ter sido feita por bêbados. E depois os bêbados protestaram dizendo que não fazem leis tão ruins.”
TROCA-TROCA
Em nova decisão judicial, desta vez no Tribunal Superior Eleitoral, o vereador do PMDB, Nando Rachas Ribeiro, vai deixar o cargo. Esse imbróglio começou logo após a proclamação dos resultados, em outubro do ano passado. Assume a cadeira o segundo colocado do PSC, Pastor Cícero. Segundo informações oficiosas (o Acórdão ainda não foi publicado), os votos do candidato impugnado, professor Ianuzzi, foram validados para a legenda, o que mudou todo o coeficiente eleitoral.
NINGUÉM
Com a decisão, o PMDB, como ocorre quase sempre em sua história política na cidade, fica sem ninguém a representá-lo no parlamento municipal. E chega a ser um contrassenso, já que o partido tem o maior número de filiados na cidade e não consegue refletir isso nas urnas.
FALTOU
Na sessão da Câmara desta terça-feira o vereador Nando não compareceu. Segundo informações de bastidores estaria em Brasília tentando reverter a decisão do TSE. A perda da cadeira deixou o vereador transtornado.
DEPUTADO
Os muitos nomes que surgiram como possíveis candidatos a deputado em 2018, como representantes da cidade, sumiram do noticiário. Ao filho do prefeito, segundo informações de pessoas próximas, foi recomendado que não é hora de enfrentar o eleitorado. Seria suicídio, pois avaliam que ele seria julgado pelos primeiros doze meses de governo de seu pai, que não goza de bom conceito entre a população. Já o vereador Nil Dantas padece de estrutura, pois o PV, findo o governo Márcio Pampuri, se desfez no ar. O que parecia ser um projeto sólido na verdade tinha prazo de validade. E terminou.
OMISSÃO (I)
A Secretaria Municipal de Saúde segue omitindo dados referentes às campanhas de vacinação. Mal as divulga. E quando o faz, já estão próximas do fim. Uma vergonha!
OMISSÃO (II)
Onde estão os dados referentes à Multivacinação e a Febre Amarela do mês de setembro? E também sobre a antirrábica? Não se divulga nada. O prefeito Aiacyda precisa vir a público explicar quais os motivos que levam a Saúde a agir dessa forma. Esse tipo de comportamento não é de hoje. Vem de longe e os prefeitos parecem consentir nessa atitude deplorável. Em se tratando de vacina, quanto maior a divulgação, melhor. Onde estão os números, prefeito?
ESTREITA
Negar informações sobre campanhas de vacinação não é privilégio da área da Saúde. A Secretaria de Desenvolvimento Social também não informa (e isso vem desde 2005) o total de doações feitas nas campanhas do agasalho. A visão do prefeito, nos dois casos, é inaceitavelmente estreita.
FOLCLORE
Desalento – Reza a lenda que um desalentado prefeito de Mairiporã, logo em seu primeiro mandato, estava de mal com a vida, quando decidiu se aconselhar com um amigo próximo para reclamar da equipe de governo que não funcionava. “O que o senhor acha dos seus assessores?” – indagou o amigo. E o prefeito: “A metade não é capaz de nada e a outra metade é capaz de tudo”. Nem o amigo encontrou solução.