Coluna do Correio

FRASE

“Quem faz uma vez, não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze.” (Charles Chaplin, cineasta, ator e diretor inglês)

TRANSPORTE COLETIVO

Depois de mais de 30 anos de bons serviços prestados à cidade, a ETM (Empresa de Transportes Mairiporã) foi substituída por politicagem do ex-prefeito Aiacyda e do grupo de vereadores que lhe dava apoio na Câmara (2017/2020). Tinha também alguns oposicionistas que comungavam da mesma decisão. A empresa VEM (Viação Eduardo Medeiros), que assumiu em agosto do ano passado, poucos meses antes das eleições municipais, acumula reclamações da população e usuários, causa transtornos, sem falar nos próprios funcionários. É certo que a economia no País não vai bem, mas culpar a pandemia para justificar a incompetência em servir o usuário é reafirmar o que todos já sabem: a empresa não tinha e não tem condições de atuar no transporte público local.

INTERVENÇÃO

Na semana passada o prefeito Aladim resolveu intervir na empresa e com isso garantir o transporte de passageiros e o pagamento de salários aos trabalhadores da VEM. Certamente não voltará mais a prestar o serviço, pois já se sabe que uma nova empresa está a caminho. A que ponto chegou a lambança perpetrada pelo ex-prefeito e vereadores, alguns deles reeleitos. Uma vergonha! Todos aqueles que patrocinaram a troca de empresa deveriam ser obrigados a andar nos ônibus da VEM.

VAZIO

Mairiporã vive momento de vazio político partidário. O grupo liderado pelo prefeito Aladim é, ao que demonstra, ser o único organizado e atuante. Os derrotados em 2020 desapareceram, alguns nem pensam mais em se aventurar no processo eleitoral e alguns dos partidos que tem representação na Câmara viraram aliados. Boa parte das legendas com maior número de filiados vive período sabático, outras seguem batendo lata e nanicos estão acomodados feito párias. Em Mairiporã a política partidária respira forte pelo PSDB, partido do prefeito.

ATÉ MARÇO

Até março de 2022 a política partidária deverá ficar adormecida. Só que a política eleitoral não descansa nunca. Com a maioria dos diretórios ou executivas provisórias ‘dormindo’, o PSDB naturalmente ocupa os espaços, obviamente favorecido com a figura do prefeito, por força do cargo que ocupa. Em março as legendas devem sair da toca, até porque aquela enxurrada de paraquedistas (deputados em busca de reeleição e novos postulantes) irá invadir a cidade atrás de cabos eleitorais, também conhecidos como vereadores.

ÂNIMO

Algumas figuras da política local, que após as eleições de 2020 se mostravam interessados em disputar uma vaga ou na Assembleia Legislativa, ou na Câmara Federal, parecem ter puxado o freio de mão. Candidaturas a deputado é uma aventura e não tem nada de parecido com a eleição de vereador. Como em qualquer pleito tudo pode acontecer, é plausível dizer que dois ou três nomes possam ser lançados para dobradinha com aqueles que buscam a reeleição.

RECESSO

Suas excelências, os vereadores, vão entrar em período de férias, também conhecido como recesso parlamentar, a partir de 1º de julho. Não há nenhuma informação, até agora, que isso vá mudar.

CAUSA PRÓPRIA

Vereadores e ex-vereadores de vários municípios paulistas estão ingressando na Justiça para requerer o pagamento de 13º salário e férias proporcionais. É um escândalo! Vergonhoso! Na verdade, são políticos que, a vida inteira, legislaram em causa própria. Inimaginável sustentar políticos além dos polpudos salários que já recebem.

PINTURA

Pessoal da Secretaria de Mobilidade Urbana precisa se mexer. As faixas de pedestres e outras sinalizações de solo por todo o município precisam de novas pinturas. Algumas desapareceram por completo. Mãos à obra!

SEM FESTA

Escolas, entidades sociais e filantrópicas e igrejas vão ficar mais este ano sem organizar festas juninas. Com a pandemia do jeito que está, nem os três santos reverenciados no mês, Antônio, Pedro e João, conseguiram mudar a situação que já perdura mais de um ano no País e, consequentemente, em Mairiporã. Quem sabe em 2022? Para algumas entidades, faz falta o dinheiro arrecadado nessas festividades.

O DEM

Com a expulsão do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, confirmada na segunda-feira (14), o Democratas (DEM) perdeu o terceiro nome de expressão nacional. Anteriormente saíram o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Isso tudo em ano pré-eleitoral.

DESPRESTÍGIO

No chamado ‘país do futebol’, nunca se imaginou que a seleção brasileira fosse algo que despertasse o desinteresse do torcedor. Mas chegou lá. O desprestígio é tamanho, que as audiências na TV, aberta ou fechada, são pífias, muito longe de agradar os anunciantes. Nem mesmo Copa do Mundo tem mexido com o imaginário da torcida. Até no futebol estamos em tempos esquisitos.

RECURSOS

A destinação de emendas impositivas para a área da saúde das prefeituras, feita pelos deputados e deputadas da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) neste ano, é a maior desde 2018, quando passou a valer a mudança na Constituição estadual que prevê, obrigatoriamente, metade dos recursos para a Saúde. O valor pago aos municípios saltou de R$ 43 milhões em 2019 para R$ 155,6 milhões em 2021 – aumento de 260%. O número de emendas impositivas também cresceu: foi de 230, em 2019, para 894 neste ano, alta de 289%. Em comparação ao ano passado, também houve aumento de 25% no recurso e de 12,3% no número de emendas.