Coluna do Correio

FRASE

“O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele” (Friedrich Nietzsche, filósofo, poeta e compositor alemão)

REPETITIVOS

Os vereadores são exaustivamente repetitivos, mas não tomam atitude nenhuma para mudar esse comportamento, nem acionam que tem poder de punir. Anos à fio os temas e as cobranças são as mesmas: Sabesp, Elektro, Arteris Fernão Dias, Hospital e Maternidade Mairiporã e se limitam a raras CEIs (Comissão Especial de Inquérito), que paracem aquelas CPIs de Brasília, ou seja, não dão em nada, e formação de Comissão de Assuntos Relevantes. Sob a ótica parlamentar mairiporanense, todas essas empresas prestam serviços que deixam a desejar, mas a função fiscalizadora se resume a discursos acalorados e cobranças em tom de ameaça. Nada acontece! Rigorosamente nada. Isso vem de longa data. As composições legislativas em Mairiporã são uma repetição chatíssima de outras. Tempos depois, voltam os discursos, as cobranças, etc e tal. Esse comportamento e falta de resultados práticos colabora para desgastar o vereador e ampliar o péssimo conceito que gozam junto à sociedade. O eleitor até que tenta. Nas últimas eleições tem substituído entre 5 e 7 nomes, mas os novatos acabam contaminados em menos de uma semana.

FORÇA POLÍTICA (I)

Centenas de vezes a coluna já propôs que as forças políticas locais se unissem em torno de um projeto e de um nome que pudesse disputar as eleições parlamentares com um mínimo de chance de se eleger. Mas isso nunca nem sequer passou pela cabeça dos dirigentes partidários. Pela movimentação que se vê, isso também não vai ocorrer no pleito do ano que vem, quando serão eleitos, além de presidente da República e governadores, senadores e deputados (estaduais e federais). Não são poucos os nomes que começaram a ser ventilados nas últimas semanas, indicativo de que mais uma vez os votos da população serão pulverizados entre nomes conhecidos e desconhecidos.

FORÇA POLÍTICA (II)

A ausência de um deputado que de fato e de direito represente Mairiporã, tem sido a responsável pelas escassas verbas destinadas ao município. Alguns deputados encaminham recursos entre R$ 100 mil e R$ 500 mil, que na soma final representam muito pouco para aquilo que a população precisa para fazer frente aos problemas.

NOME FORTE

Ainda de acordo com os bastidores da política local, o ex-prefeito de Franco da Rocha, Kiko Celeguim, é o nome que tem conseguido cooptar os apoios de prefeitos e vereadores das cidades da região, e teve ativa participação ativa na escolha desses prefeitos em 2020. Petista de carteirinha, Kiko é filho do ex-prefeito Mário Maurici e neto do também ex-prefeito Ângelo Celeguim, todos da vizinha Franco da Rocha.

VIA SACRA

O gabinete do prefeito Aladim continua a ser visitado por muitos candidatos a deputado, uns neófitos e outros em busca da reeleição. Como não poderia deixar de ser, vereadores acompanham essas visitas. Pelo que se tem visto e pelo recrudescimento da pandemia, que reduz o contato entre candidatos e eleitores, as visitas devem aumentar a partir do segundo semestre. A busca pela manutenção da boquinha faz deputados empreender ‘via sacra’ atrás dos votos.

PODAS

Os anos passam, as décadas se vão e alguns vereadores seguem a viciada cartilha deixada por antecessores. Na sessão desta semana o vereador Fernando Rachas encaminhou moção de apelo ao prefeito para que ele estabeleça um cronograma destinado ao serviço de poda de árvores, para que seja feito periodicamente em todo o município. Inacreditável que o prefeito de uma cidade com mais de 100 mil habitantes tenha que se debruçar sobre podas de árvores. Não seria mais crível o vereador procurar a Secretaria do Meio Ambiente, ou até mesmo a de Obras e Serviços Urbanos? É por essas e outras que o Legislativo cai rapidamente no descrédito. Ao invés de discutir questões importantes para o desenvolvimento da cidade, gastam tempo e dinheiro do contribuinte com temas conhecidos como ‘perfumaria’. Poda de árvore, vereador?

RESGATE

Assim que as condições sanitárias permitirem, seria oportuno que o prefeito Aladim desse todas as condições para que o futebol amador da cidade fosse resgatado. Nos governos anteriores ele foi simplesmente abandonado, perto mesmo de ser dizimado, e há vários anos não se realizam campeonatos. Equipes, jogadores, dirigentes e torcedores esperam por uma sinalização do governo municipal.

TELETRABALHO

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, lidera a adoção de teletrabalho na Corte e diz que sua manutenção após a pandemia não distanciará a população da Justiça. Conforme ele, em 120 dias, 70% dos servidores do tribunal vão trabalhar remotamente. “Estendemos a medida para magistrados e servidores. Para estes, ele será de até 50%, pois não podemos deixar de atender fisicamente nos fóruns e no tribunal. Não podemos abrir mão do contato com o cidadão e com os advogados”, afirma.

O sistema terá caráter facultativo e há tentativa de promover mecanismos de motivação e comprometimento com metas. Uma delas é aumentar a produtividade do magistrado. “Não perder duas horas no trânsito indo e voltando para o fórum permitirá ter mais tempo para estudar as causas”, argumenta.

EMENDAS

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) oferece um guia prático sobre a execução de emendas individuais. O documento, destinado a parlamentares, assessores e gestores públicos, têm como objetivo auxiliar na elaboração e liberação de recursos do Orçamento. Ele foi organizado pelo oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Richard Braga de Oliveira Tonn. Ele atuou na captação e execução de emendas parlamentares destinadas à aquisição de equipamentos para as Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil do Estado de São Paulo. O guia está dividido em seis capítulos e hospedado no site da Alesp (https://www.al.sp.gov.br/).