Coluna do Correio

FRASE
“Não existe opinião pública, existe opinião publicada.” (Winston Churchill, estadista inglês)

SEM SUPRESAS
A eleição para presidência da Câmara de Mairiporã ocorreu sem grandes surpresas de última hora, com a vitória de Ricardo Barbosa (PSDB) para presidir a Casa nos próximos dois anos. Entre a noite de sábado e a de terça-feira a oposição fez várias investidas para reverter o resultado, sem sucesso. Os grandes perdedores foram os vereadores do PSD, Chinão Ruiz (que disputou a presidência) e Marcinho da Serra, que também é presidente do partido na cidade.

COBRAR O DISCURSO
O novo presidente, Ricardo Messias Barbosa, em discurso após atropelar seus oponentes, e em tom professoral, disse que pretende imprimir um ritmo diferente na condução da Casa de Leis a partir de janeiro de 2019 e que ela será mais independente do Executivo, como quer e cobra a população. Ou seja, o andar de baixo do Palácio Tibiriçá não vai ter vida fácil. É ver e cobrar o cumprimento da promessa.

LITURGIA DO CARGO
O termo “liturgia do cargo” expressa o comportamento que se espera de ocupantes de altos postos, em especial na função pública. Assim como a ética, deve ser um conceito natural, perceptível e de entendimento tranquilo ao representar ou conduzir seus pares, os demais cidadãos. É o que a sociedade espera do novo presidente da Câmara, diferentemente do seu antecessor, de um servilismo abominável.

INTERESSE PÚBLICO
Mesmo sendo do partido do prefeito, que de seu gabinete deu as cartas e jogou de mão em relação aos vereadores, o que se espera do novo presidente é uma independência maior e uma mudança, juntamente com seus pares, no conteúdo daquilo que é proposto e discutido. O povo não aguenta mais o mi-mi-mi de décadas. O custo-benefício, nesse compasso, é lesivo aos interesses da sociedade, que cobra nova postura.
O RACHA
O assunto eleição começou a movimentar a Câmara no meio do ano, mas ganhou corpo no último mês, com assuntos polêmicos ocorrendo em sequência. A negativa da maioria, em aprovar um projeto do Executivo que propunha a troca de imóveis no centro da cidade, fez o clima pesar e evidenciou o racha na base do prefeito. O que parecia estar sob controle, desandou no segundo semestre.
ARTICULAÇÕES
A semana que antecedeu a eleição presidencial foi de intensa articulação entre os dois postulantes. Só que o bom senso extrapolou e uma reportagem apócrifa, tão em moda nos anos 1990 e 2000 nas eleições municipais, deu o ar da graça como forma de atacar um dos candidatos. Recurso apelativo e que demonstrou desespero. E não adiantou.
NOVO ANO
A partir de 1ª de janeiro de 2019 o ambiente político em Mairiporã começará a esquentar. Por se tratar de ano pré-eleitoral, os pretendentes aos poderes Executivo e Legislativo sairão da toca e virão para as ruas. Vai ser emocionante, principalmente porque os dois primeiros anos da atual legislatura seguem sendo alvo de muitas críticas.