Coluna do Correio 12/1/2018

FRASE
“O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém.” (William Shakespeare, dramaturgo, poeta e escritor inglês)

ONDE ESTÃO?
O número de mairiporanenses que diariamente tece críticas ao prefeito Aiacyda é cada vez mais crescente. Facilmente encontrado nos quatro cantos da cidade. O curioso, nessa história, é que aqueles que tecem críticas bastante ácidas, quando perguntados em quem votaram, não falam o nome do alcaide. Onde estão aos 23 mil votos do ano passado?

SALÁRIOS
O servidor municipal quer saber se este ano a Prefeitura vai conceder o repasse inflacionário (míseros 2,95%) aos salários da categoria e se junto acompanha um aumento real, por menor que seja. Desde 2016 que o servidor vê os seus direitos irem para o ralo.
AVALIAÇÃO (I)
Assim como o Congresso Nacional, cuja avaliação nunca foi tão baixa (60% dos brasileiros desaprovam os 513 deputados e 81 senadores), a Câmara de Mairiporã padece desse mal. É a pior composição que já passou pelo Palácio Tibiriçá, segundo pessoas ouvidas informalmente pela coluna, em diferentes extratos da sociedade, ao longo do ano. Os vereadores tem estreita relação com o prefeito, nunca antes vista na história política da cidade. No governo anterior, dois ou três, mesmo que de forma tímida, se diziam oposição. Hoje, a configuração é de apoio total.
AVALIAÇÃO (II)
O valente Wilson Sorriso (PSC), que desde a posse se mostrava oposicionista, parece ter perdido o ‘punch’ inicial quando o assunto é criticar o Executivo. Ao aprovar autorização para que o Executivo empreste dinheiro (R$ 10 milhões) junto à CEF para a compra de máquinas e caminhões, pediu que algumas delas sirvam ao distrito de Terra Preta, sua base eleitoral. Pastor Cícero, desde que assumiu, entrou mudo e saiu calado das três sessões que participou. Também é do PSC.
REI MORTO… (I)
Os vereadores Valdeci América, Márcio Oliveira, Ricardo Ruiz, Nil Dantas, Gusto Forti e Alexandre Boava, todos eleitos pela chapa do ex-prefeito Márcio Pampuri, a quem teciam loas e eram frequentadores assíduos de seu gabinete, com direito a juras de amor eterno ao secretário de Governo, Marcelo Nega, decidiram fazer uso de um antigo ditado, que é a expressão: “Rei morto, Rei posto. O Rei morreu, viva o Rei!” Se Pampuri se foi, chegou Aiacyda.
REI MORTO… (II)
Todos os seis eleitos pela situação em 2016, que se valeram da construção do novo hospital em suas campanhas, agora se calam vergonhosamente diante da forma de agir danosa aos interesses do povo em relação ao Anjo Gabriel.
CORREIOS (I)
O ano novo chegou com direito à comemoração de mais um aniversário da promessa de reinstalação de um posto dos Correios em Terra Preta. São sete anos desde que foi fechado pela segunda gestão Aiacyda. O vereador Márcio Oliveira, do PSD, ao assumir a presidência da Câmara, em 2015, disse que traria a repartição de volta. Com as mudanças observadas agora na direção dos Correios, em Brasília, com a saída de seu presidente, que foi deputado e é amigo do vereador, agora é que a coisa não vai mesmo.
CORREIOS (II)
Na sessão de encerramento do ano, o vereador Ricardo Ruiz tocou no assunto e disse que a questão estava caminhando. A possibilidade agora é remota e pelo visto será mais uma das promessas não cumpridas pelo PSD.
NOVA PASTA
Os comentários apontam que o prefeito vai criar uma nova secretaria, com mais custos ao combalido cofre da Municipalidade, para acomodar Fernando Rachas Ribeiro (PMDB), que perdeu o cargo por decisão da Justiça Eleitoral, em ação sobre recontagem de votos. Na condição de suplente, Fernando deve voltar ao parlamento justamente através do arranjo com o prefeito, que vai ‘ofertar’ a nova secretaria ao vereador Alexandre Boava (PPS), eleito pela coligação do peemedebista. Economicidade passou longe da atual administração. Cofre público também é conhecido como “Mãe” da classe política.
NÃO GOSTOU
Um vereador, que comemorou com pompa e circunstância a queda do vereador Fernando, não gostou nada dessa história de volta ao Legislativo de seu concorrente direto em determinado extrato da cidade. Como diz o ditado, ‘não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe’.
EXPLOSIVA
O trânsito em Mairiporã está quase impraticável! O número de veículos aumenta rapidamente, e não é novidade. Em contrapartida, os serviços realizados pelo Departamento são poucos e ruins. Essa combinação é explosiva e vai tornar inviável a mobilidade dentro de pouco tempo.
QUE FIM LEVOU?
A Prefeitura publicou em sua Imprensa Oficial a realização de um processo licitatório para terceirizar a Zona Azul e modernizá-la de modo a acabar com os cartões de papel. Entraria na era digital. Isso foi em setembro, começo de outubro. Nunca mais se ouviu falar no assunto. Quem fim levou?
FRASE
O autor da frase que abre esta coluna certamente não se inspirou em um determinado político local, porque não o conheceu. A citação, no entanto, é perfeita a ele. Esse mesmo que você pensou!