Coluna do Correio

FRASE

“A parte que ignoramos, é muito maior que tudo quanto sabemos.” (Platão, filósofo e matemático grego)

O VALENTE

Vereador Marcinho da Serra, em inflamado discurso na tribuna da Câmara nesta terça-feira, disse que loteamentos e construções clandestinas tem que ser destruídos, como vem fazendo o ‘intrépido’ secretário do Meio Ambiente. Esquece-se que há loteamentos aprovados pela Prefeitura e registrados em Cartório, que foram alvo da mesma Secretaria. De forma enfática, o vereador, travestido de paladino justiceiro, não mencionou nem explicou o porquê do Meio Ambiente não destruir o loteamento Jardim Brilha. Lá, tem sentença judicial definitiva.

LEGAIS

Há sim na cidade loteamentos legalizados e que pagam impostos, que foram colocados dentro do tal Parque do Itapetinga. Seja qual for o motivo para se fazer cumprir a lei, não se pode quebrar tudo sem determinação judicial, sem ao menos citar os proprietários. É o mínimo que se espera de integrantes de um governo civilizado.

 

ELEIÇÕES

Nomes começaram a ser ventilados esta semana, sobre candidaturas de políticos locais nas eleições do ano que vem. Uns dispostos a pavimentar o caminho que os levam à disputa municipal de 2024, e outros como experiência nessa empreitada. Há também alguns que vão trabalhar como ‘escada’ (conhecidos como cabos eleitorais) para aqueles que buscam a reeleição. Pelo que se ouve aqui e ali, dobradinhas com candidatos mairiporanenses, tanto a estadual, quanto a federal, não vão faltar.

QUE FIM LEVOU?

O que foi feito do tal consórcio dos municípios brasileiros para a compra de vacinas? Muito barulho no início e nenhuma nova informação desde que as prefeituras aprovaram leis municipais de adesão à iniciativa (Mairiporã no pacote). Falta vontade política, falta dinheiro, faltam vacinas ou as três alternativas anteriores?

MAIS UM (I)

Vereadores continuam pedindo que o prefeito execute obras de extensão de rede de água no município. Nesta semana o autor foi Gilberto Tadeu. O parlamentar sabe perfeitamente que o prefeito não tem autonomia sobre serviços de água e esgoto. Isso é exclusividade da Sabesp, que detém a concessão dos serviços de saneamento básico no município. E pedir à Sabesp que atenda o pedido, é algo que também está fora de propósito, pois a empresa tem seu cronograma de obras estabelecido desde quando renovou o contrato com a Municipalidade.

MAIS UM (II)

Esse tipo de solicitação dos nobres edis, também é conhecida como ‘me engana que eu gosto’. Até quando a cidade vai conviver com uma formação legislativa que repete à exaustão erros e vícios de antecessores? Cansativa essa prática. É por isso que o contribuinte, com razão, considera a Câmara uma instituição caríssima. São R$ 10 milhões só este ano.

COMISSÃO

Foi aprovado na terça-feira, projeto de resolução do vereador Doriedson de Freitas, que constituiu uma nova Comissão para Assuntos Relevantes com o propósito de estudar, acompanhar e propor sugestões à reforma da Previdência Municipal. O objetivo é pertinente. Mas o que se espera, desta vez, é que os resultados dessa comissão sejam dados a conhecimento público, na contramão de outras formadas no governo anterior, que ninguém sabe absolutamente nada sobre os resultados.

MÃO ÚNICA

Através de moção, o mesmo vereador Doriedson pediu que o prefeito viabilize junto ao departamento competente estudos para transformar em mão única o trecho da Rua Adriano Marrey Júnior, até a altura da bifurcação com as ruas Pedro Galrão do Nascimento e Ana Maria C. Camargo. Pedido novamente pertinente, mas fica a pergunta: que departamento competente? Toda vez que o Departamento de Trânsito de Mairiporã intervém, os resultados são aqueles que todos conhecem. A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana precisa de um engenheiro de tráfego para solucionar os problemas da cidade. Chega de improvisos e de palpites!

PAUTANDO

O nosso colaborador Ozório Mendes, pautou a Câmara. Os vereadores levaram anos para abordar o tema, mas finalmente discutiram na sessão desta terça-feira (20), o excesso de lombadas ao longo da Estrada da Roseira. Ozório cobra uma atitude da Prefeitura há mais de dez anos. Antes tarde do que nunca.

CALADO

O vereador Marcinho da Serra não disse uma palavra sobre o desempenho da nova empresa de ônibus que atua no município, depois de ter comemorado às largas a contratação em agosto do ano passado, inclusive em vídeo do qual foi locutor. O serviço dessa empresa é temerário e há sim que se responsabilizar o ex-prefeito e os vereadores que integravam a sua tropa de choque. Neste caso em particular, o silêncio é condenável.

BRIGA BOA

Servidores municipais de inúmeras cidades ameaçam recorrer à Justiça por reajuste salarial, na verdade pela reposição inflacionária. Os prefeitos, por sua vez, argumentam que estão impedidos de conceder qualquer reajuste, por conta da lei federal de enfrentamento à Covid-19 (Lei Complementar 173/2020), sob pena de terem as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas de São Paulo. Quando liberou recursos emergenciais aos municípios, o Governo Federal proibiu a concessão de aumentos salariais e a contratação de novos servidores. Briga boa!

PALANQUE

Ninguém tem dúvida que a abertura da CPI da Pandemia no Congresso se transformou em palanque, justamente em período pré-eleitoral. Também fica a quase certeza de que o pleito em 2022 será o mais emblemático da história deste País.

ESTILO BRASIL

Nada mais confuso que a discussão da volta às aulas presenciais em todas as redes de ensino, especialmente no Estado de São Paulo. Tem decisão para todos os gostos: decretos, leis, portarias, enfim, uma parafernália que ninguém entende, uns querem cumprir, outros não e, em meio a isso tudo, uma educação virtual distante do ideal e alunos cansados do isolamento. Por enquanto, até onde se tem conhecimento, segue a bagunça. Redes estadual e particular voltam, municipal não, aumenta um pouco a pandemia e tudo volta à estaca zero. Estilo Brasil de ser.