Coluna do Correio

FRASE

“O Brasil chegou a um beco sem saída: “Ou vamos todos morrer pela pandemia, ou de fome”. (Comentários de botequim)

100 DIAS (I)

O prefeito Aladim (PDB), próximo de alcançar a marca de 100 dias de governo, é enfático ao dizer que a administração caminha dentro do que foi previsto, mesmo em meio a uma onda de pandemia ainda mais letal que a do ano passado. “Avançamos em muitos setores e estamos nos preparando para assumir o protagonismo na área da Saúde, assim que a vida voltar ao normal”, destacou. O prefeito se referiu ao Hospital Anjo Gabriel, que vai ser entregue a uma Organização Social de Saúde (OSS) para seguir funcionando. Aladim também destacou o empenho dos funcionários do setor no combate à Covid-19 e na campanha de vacinação.

100 DIAS (II)

Em geral, os governos ‘ganham’ 100 dias de uma espécie de trégua para mostrar serviço ou, ao menos, convencer as pessoas de que há soluções à vista. Os últimos que passaram pelo Palácio Tibiriçá falaram muito em pacotes de metas nos 100 primeiros dias, mas ficaram no discurso. A ansiedade dos prefeitos é grande e as expectativas também. No caso do atual prefeito, esse período tem sido produtivo e, se mais ainda não aconteceu, fica um pouco na conta da pandemia.

ISOLAMENTO?

Enquanto várias famílias enfrentam luto pela perda de parentes com Covid-19 e profissionais de saúde demonstram, cada vez mais, preocupação com a superlotação em hospitais públicos e privados que atendem pacientes com o novo coronavírus, o isolamento social na cidade está aquém do que se pode considerar ideal. Muita gente, muitos carros, comércios abertos, enfim, poucos dando nenhuma importância à pandemia.

RETORNO

Depois de vários dias cuidando da Covid-19, o presidente da Câmara, Ricardo Barbosa, retomou os trabalhos e presidiu na terça-feira os trabalhos legislativos. O horário das últimas duas sessões, às 10 horas, por força das recomendações sanitárias, foi bem visto por vários segmentos da sociedade e poderia ser adotado doravante.

AZEDOU

O caldo azedou entre o governador João Doria e o prefeito da capital Bruno Covas. O fato de Covas ter antecipado cinco feriados com intenção de frear aglomerações e proliferação do coronavírus, irritou Dória e o colocou na situação de “calça justa”, mais apertada do que aquelas que ele habitualmente usa. Covas usou o seu poder de prefeito para implementar medidas que julga necessárias para proteger a saúde da população paulistana. Doria achou que o prefeito deveria consultá-lo antes de tomar a decisão. Enquanto Doria se mostra confuso nas decisões, geralmente midiáticas, Covas cumpre seu mister.

Cada governante precisa assumir responsabilidades, cada um dentro das características de seu território e evolução do corona, e não se eximir da responsabilidade e ficar na dependência das decisões do governador.

SEM FREIO

A Covid-19 limitou a vida de muita gente e de setores importantes da Nação. Mas não o suficiente para frear a política e as articulações que avançam rumo a 2022. No cenário estadual, depois que Lula entrou no páreo para presidente, o governador João Dória, para sair do foco da sua possível candidatura a presidente, recuou rapidamente e insinuou que pode ser candidato à reeleição.

O seu estilo personalista de ser, associado a algumas ações no combate à pandemia, causou-lhe excessivo desgaste político.

NA MOITA

Muito na moita, silenciosamente, o ex-governador Geraldo Alckmin continua sua peregrinação virtual pelo interior paulista. Já teria apoio declarado de mais de 450 prefeitos. Mas se Doria for à reeleição pelo PSDB, Alckmin provavelmente deixe o partido. E um dos destinos pode ser o PSD.

‘DINHEIRINHO!’

Pelo que se viu, leu e assistiu até aqui, uma saída para Bolsonaro acabar de vez com os problemas no Brasil é separar um ‘dinheirinho’, coisa entre R$ 2 e R$ 3 bilhões. Extermina até com a pandemia do dia para noite. Basta dividir essa grana com o Grupo Globo, a Folha de S. Paulo, o Estado de S. Paulo, a revista Veja e outras mídias, que estará vivendo no paraíso. O que se vê, por enquanto, é uma guerra imunda entre a mídia, a esquerda e o governo, que tem todos os sintomas de ser mais letal que a própria pandemia.   

DOAÇÃO

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) rejeitou o veto e promulgou a lei que permite a doação de vidros blindados pela iniciativa privada ao governo do Estado para equipar as viaturas policiais. O projeto de lei prevê a instalação de blindagem nas viaturas das rondas ostensivas e de policiamento tático das polícias Civil e Militar do Estado de São Paulo. O projeto havia sido aprovado no final do ano passado, mas acabou não sancionado pelo governador João Doria (PSDB). O veto foi derrubado em plenário.

VERBORRAGIA

Se Bolsonaro e Lula já trocavam ‘amabilidades’ antes e durante a prisão do petista, com maior ênfase agora que ele ameaça se candidatar, a bola da vez é o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, que também é candidatíssimo à presidência da República no ano que vem. E pelo último discurso, seu alvo preferido é o ex-presidente. E a primeira frase que soltou, no último domingo, ecoou Brasil afora: “Eu não vou deixar o Lula ganhar essa na lambança”.

PARCIAL

O resultado do julgamento do juiz Sérgio Moro pela segunda turma do Supremo, era mais que esperado. Disseram que o juiz foi parcial quando julgou o ex-presidente Lula. Verdade seja dita: em um País de corruptos e ladrões, ganham os ricos e poderosos e perdem os ignorantes e pobres. Que ninguém se iluda, isso não vai mudar nunca. Começou lá atrás, com Pedro Álvares Cabral, e vai seguir por séculos. A coluna já sugeriu, por diversas vezes, que se mude o artigo 1º da Constituição, que passaria a ter a seguinte redação: “Todo brasileiro é corrupto, até prova em contrário”.