Coluna do Correio

FRASE

“Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez consciente.” (Martin Luther King, pastor e ativista político norte-americano)

PÓLVORA

O presidente em exercício da Câmara, Doriedson de Freitas (REDE), contestou nota desta coluna, semana passada, sobre o fato de ser criticado por retirar de votação o projeto que altera a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores municipais. O projeto foi votado esta semana e o vereador, como se tivesse descoberto a ‘pólvora’, apresentou uma emenda elevando a contribuição de quem supera o limite máximo para aos benefícios do Regime Geral da Previdência Social, de 14% para 14,85%, mesmo percentual que já constava na proposta para o patronato. Perda de tempo e escancarada busca por holofotes.

EXPLICAÇÕES

Durante a sessão o presidente em exercício, com expressão de contrariedade, tentou explicar ao servidor que nem Executivo, nem Legislativo, são responsáveis pela mudança. Também essa parte da história todos já sabiam.

VACINAS

Por unanimidade, os vereadores aprovaram, na sessão de terça-feira, o projeto que autoriza Mairiporã no protocolo de intenções firmado entre municípios brasileiros, com a finalidade de adquirir vacinas para combate à pandemia do coronavírus: medicamentos, insumos e equipamentos na área da saúde. Na prática, permite à Prefeitura participar da compra de vacinas e insumos.

CLANDESTINAS

Finalmente a Prefeitura e o Ministério Público resolveram fiscalizar ‘in-loco’ as clínicas clandestinas na cidade, algumas com direito a receber auxílio financeiro público. Três foram fechadas. Na verdade, são todas de fachada. Escravizam os internos e mamam no dinheiro fácil. Alguns vereadores de gestões anteriores foram baluartes em conseguir recursos para essas instituições picaretas.

PREJUÍZO

Comerciantes se dizem assustados com a possibilidade do Governo do Estado ampliar as restrições por conta da pandemia. As perdas até o momento estão próximas de 10% e muitos podem ter que fechar as portas não para atender o isolamento social, mas de vez, o que significa demissão de funcionários.

MEIO AMBIENTE

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), bem conhecida dos mairiporanenses, foi eleita com dez votos, na sexta-feira (12), como presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados para um mandato de um ano. Seis deputados votaram em branco. Forte aliada do presidente Jair Bolsonaro, ela assume no lugar do deputado Rodrigo Agostinho (PSB), para quem é certo que dará continuidade ao trabalho do colegiado. Na reunião, diversos deputados pediram comprometimento de Zambelli em relação ao meio ambiente.

FRAUDEMIA

Se para as pessoas mais preparadas está difícil entender essa equação “+isolamento+vacina=+mortes”, imagine para aqueles que tem pouco conhecimento. Dória ampliou o isolamento social, está perto de decretar lockdown, ainda que lentamente a vacinação segue e o número de mortos em São Paulo cresce de forma vertiginosa. Como explicar? Há muitos segmentos da sociedade que começam a duvidar dos dados e a trocar ‘pandemia por fraudemia’, ou seja, dados fraudulentos para incendiar a política brasileira. A coluna já destacou, anteriormente, que no País não é mais possível acreditar em nenhuma de suas instituições. Não há nada de ‘republicano’ no Brasil destes tempos.

MAL INTENCIONADOS

Em se tratando da vacinação contra a Covid-19, os mais apressados, ou mal intencionados, insistem na ladainha de que o Brasil está atrasado com a vacina. Não está! O Brasil é o quinto país que mais vacinou no mundo, atrás apenas dos EUA, China, Índia e Reino Unido, todos esses com empresas produtoras de imunizantes. E se levarmos em conta a proporção de doses aplicadas por habitante, estamos na frente dos chineses e indianos.

DIMINUTIVOS

Crises neste País são tratadas com desdém por seus governantes, que tentam minimizar problemas que afetam toda a população. Foi assim com Lula, quando disse que a crise mundial, que quebrou inclusive o Brasil, era apenas uma “marolinha”, e com Bolsonaro, que disse ser a pandemia uma mera “gripezinha”. E ambos seguem firmes e fortes, um querendo a reeleição, e o outro voltar ao poder. Alguém ainda leva este País a sério?

DOGMA (I)

Diz a sabedoria popular que quem aguenta ‘pressão’ é só a panela. O Papa Francisco, depois de sinalizar uma mudança secular de comportamento, voltou atrás e o Vaticano decidiu que a Igreja Católica não pode abençoar casais homossexuais porque Deus “não pode abençoar o pecado.” Determinação nesse sentido respondeu a dúvidas e ações de algumas paróquias sobre a concessão de tais bênçãos como um gesto de acolhimento de católicos gays, já que a Igreja não permite o casamento homossexual. É por este e outros comportamentos que a Igreja Católica foi a que mais perdeu espaço e fiéis dentre todas as religiões.

DOGMA (II)

Ainda de acordo com o documento de duas páginas, o Vaticano assinala que os homossexuais devem ser tratados com dignidade e respeito, mas que o sexo homossexual é “intrinsecamente desordenado.” Os ensinamentos católicos indicam que o casamento entre um homem e uma mulher faz parte do plano divino e tem o propósito de criar uma nova vida. E se casais gays não fazem parte desse plano, eles não podem ser abençoados dentro da Igreja. Na prática, padres e outras ‘patentes’ na hierarquia católica não levam esse dogma muito a sério.