Coluna do Correio

FRASE

“A política foi primeiro a arte de impedir as pessoas de se intrometerem naquilo que lhes diz respeito. Em época posterior, acrescentaram-lhe a arte de forçar as pessoas a decidir sobre o que não entendem.” (Paul Valéry, filósofo, escritor e poeta francês)

VONTADE

Quando existe vontade política tudo flui com naturalidade. Foi só o prefeito Aladim ser investido no cargo que a Sabesp se mexeu e iniciou as obras de implantação de 64 quilômetros de rede de esgoto, em 23 bairros. Um feito a se comemorar, depois de 46 anos sem a concessionária dar qualquer satisfação à cidade. A empresa vai devolver um pouquinho do muito, mas muito dinheiro que levou dos usuários mairiporanenses ao longo de 4 décadas. E fiscalizar a obra e a própria Sabesp é tarefa que se impõe aos nossos governantes, porque há empresas que só funcionam na base da pressão. A Sabesp é uma delas.

OPOSIÇÃO (I)

A oposição, que age nos porões e na calada das madrugadas, tentou esta semana jogar os moradores do Jardim Brilha contra o prefeito. Tentativa vã. Prefeitura, prefeito ou quem quer que seja não pode fazer nada contra a decisão judicial que determinou, agora de forma definitiva, a reintegração daquela área à sua proprietária.

OPOSIÇÃO (II)

Mal intencionados sopraram nos ouvidos dos moradores que a Prefeitura poderia fazer um decreto de desapropriação da área do Jardim Brilha, sob alegação de ‘interesse social’. Os ‘espertinhos’ só não disseram que o termo ‘interesse social’ é muito mais abrangente do que quiseram fazer parecer. A Prefeitura não pode intervir, não pode comprar uma área particular e destiná-la a moradores. O papel da Prefeitura não é construir nem doar loteamentos. Isso é exclusivo da iniciativa privada. Os opositores sabem disso, mas querem tumultuar o excelente início de gestão do prefeito.

OPOSIÇÃO (III)

A aposta de alguns oposicionistas, de que o novo prefeito não teria capacidade para administrar, fez água. O chefe do Executivo, mesmo que ainda em estágio inicial, sabe perfeitamente o que está fazendo e onde quer chegar. Os mesmos que se candidataram em 2020 e saíram derrotados das urnas. Erraram duas vezes: a primeira, quando escolheram o lado e o cargo que disputaram, e a segunda, acharam que o povo tinha parado no tempo.

TRANSPORTE

Que o governo municipal não se iluda. Os problemas relativos ao transporte urbano continuam firmes e fortes. Reclamações ocorrem por toda a cidade e é preciso agir com rapidez. Hora de mudar definitivamente essa situação caótica que penaliza o trabalhador.

GRAMÁTICA (I)

Definitivamente o ex-vereador Gusto Forti influenciou fortemente a gramática de seu conterrâneo de bairro. Depois de um SEJE, na sessão da semana passada, o edil não economizou na terça-feira desta semana e mandou, pelo menos umas cinco vezes, um MÚNICIPE. Note o amigo leitor onde é que o vereador colocou o acento como sílaba mais forte. O correto é MUNÍCIPE, com acento no primeiro ‘i’. Mas se o vereador quiser que seja MÚNICIPE, que assim SEJE.

GRAMÁTICA (II)

Os senhores ‘representantes’ do povo tem que melhorar a leitura e os improvisos. Nem um mês de nova Câmara e a língua pátria vem sendo assassinada semanalmente. Nossos intrépidos parlamentares deveriam se dedicar mais ao exercício sadio da leitura.

VOLTA AO PASSADO

Criatividade zero nas sessões do Legislativo. Uma prática de antanho, quando a função parlamentar era quase que um referendo às vontades do Executivo, voltou com força total. Os vereadores ressuscitaram ‘explicar’ as indicações que apresentam. Não contentes com a enxurrada de pedidos por escrito ao prefeito, usam o tempo em sessão para essa velha prática. Retrocesso!

HORAS À FIO

Essas explicações dos senhores edis é um dos ingredientes que tornam as sessões arrastadas, desinteressantes, sonolentas, repetitivas, sem discussões pertinentes aos interesses da coletividade. Muito blá blá blá. As sessões em fevereiro tiveram média de duração de 3 horas e apenas na de terça-feira desta semana houve Ordem do Dia.

MULTAS

Coincidência ou não, foi só mudar o prefeito que a ‘indústria de multa de trânsito” em Mairiporã viu sua receita cair de forma vertiginosa. Em janeiro de 2020 elas renderam mais de R$ 700 mil aos cofres da Prefeitura. Em janeiro agora, pouco mais de R$ 100 mil. Mudanças governamentais, pelo menos por um tempo, realizam milagres.

BOÊMIO

O governador João Dória, na quarta-feira, voltou a acionar o arco-íris do Estado, fazendo algumas regiões retrocederem para a cor vermelha. A determinação é paralisia total em todos os municípios no período das 23 horas até 5 da manhã. As redes sociais não perdoaram: “Dória descobriu, como bom cientista que é, que o vírus é boêmio, só ataca à noite, e também está na lista daqueles que engrossaram as estatísticas da evasão escolar”.